5 ações que podem desviar jovens do suicídio

Importantes sinais de que o jovem tem tendência ao suicídio, bem como ações que podem afastar esse tipo terrível de inclinação.

Suely Buriasco

Conforme a matéria: “No Brasil, essa é a terceira causa de morte entre jovens (atrás apenas de acidentes e violência), segundo a psiquiatra Alexandrina Meleiro, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo)”. Esse é um dado alarmante que não pode simplesmente ser alvo de indignação; é urgente que nos coloquemos a buscar soluções precisas para mudar essa realidade.

Sinais

Estudos e pesquisas comprovam que muitos dos jovens que se suicidaram deixaram inúmeras evidências que não podem ser ignoradas, tais como:

1. Condutas autodestrutivas

É comum que jovens com tendências suicidas mencionem a uma ou mais pessoas que eles ou os outros estariam “melhor se estivessem mortos”. Comentários que demonstram alto teor de derrotismo, pessimismo, desânimo e tristeza deve ser sempre motivo de muita atenção. Condutas autodestrutivas demonstram depressão e precisam ser diagnosticadas e tratadas por profissionais.

2. Entusiasmo súbito

Também é preciso estar atento com um jovem que há algum tempo tem estado muito triste, reservado e, de repente e sem razão aparente, passa a esbanjar felicidade e despreocupação. Especialistas apontam que entusiasmo súbito pode ocorrer pelo alívio que sentem diante da decisão de se matar.

3. Mudança de comportamento

Em suma, qualquer mudança repentina e radical no comportamento do jovem deve ser levada em consideração, principalmente quando ele enfrenta algum motivo forte como depressão, abusos sexuais, drogas, separação dos pais e outros problemas.

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Apontei no artigo Suicídio – Jovens em perigo algumas ações capazes de mudar essa estatística que acredito sejam elementos interessantes de serem mais bem desenvolvidos:

1. Apoio incondicional nos momentos de crise

Diante das dificuldades da vida, sejam elas quais forem, os jovens precisam sentir-se seguros e o apoio dos pais é fundamental. Também é importante a amizade, assim um bom amigo pode ajudar muito nessas horas.

2. Espiritualização

Jovens criados em lares que possuem a preocupação com a espiritualização, independente de segmento religioso, são menos tendenciosos a uma ação radical contra a vida. A educação espiritual promove aceitação, fé e espírito de luta, sendo assim de grande relevância para afastar os jovens desse perigo.

3. Diálogo como fonte de entendimento

Para saber o que se passa com o jovem, o que ele pensa e se apresenta sinais de que precisa de ajuda é preciso estar próximo e o meio disso é o diálogo. Ouvir com a intenção de compreender, abster-se de julgamentos e compartilhar sentimentos é a melhor maneira de estar junto.

4. Demonstração de amor

Jovens com inclinações negativas, depressivas e autodestrutivas têm baixa autoestima, não se sentem amados, valorizados e, muitas vezes, acreditam ser um estorvo na vida de todos. Os pais podem proteger os filhos dessas ideias deixando bem claro o quanto eles são importantes. Quando o adolescente se sente seguro e valorizado está mais protegido de inclinações contra a própria existência.

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5. Busca de ajuda profissional

Não se podem relevar inclinações autodestruidoras, não acredite simplesmente que “isso passa” ou “é coisa da idade” ou pior que “adolescentes são mesmo “. Quem está apto a diagnosticar a necessidade de tratamento é um profissional habilitado, como um psicólogo, psicoterapeuta e psiquiatra.

Ouvir dizer que o índice de suicídio tem aumentado entre os jovens não pode apenas causar indignação, muito menos podemos ignorar isso acreditando que só acontece na família dos outros. Somos responsáveis por nossos jovens e temos o dever de mudar drasticamente essa situação.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.