5 passos para perder a mania de ver indiretas em tudo

Importante observar manias que podem passar despercebidas como a de achar que tudo é indireta, a fim de sair desse círculo vicioso antes que se torne patológico.

Suely Buriasco

A chamada “indireta” é uma forma de comunicação muito usada, embora comprovadamente prejudicial aos relacionamentos. Infelizmente, muitas pessoas preferem evitar dizer abertamente seus pensamentos e usam de indiretas. O grande problema é que além de irritar muito quem as recebe, quem usa desses artifícios também abre possibilidades para interpretações errôneas. Assim, nada há de positivo nessa comunicação truncada.

Mania de perseguição

O outro lado dessa questão é a pessoa que vê indireta em tudo. Qualquer comentário parece ter sido feito para ela, também irrita porque as pessoas ficam constrangidas por ter que pensar o tempo todo para falar e acabam se afastando. Se você acha que as pessoas estão sempre falando para você indiretamente e isso tem prejudicado seus relacionamentos, melhor avaliar um pouco mais o que está acontecendo. Isso pode ser mania de perseguição e vale a pena procurar saber mais sobre o assunto. Segundo a matéria: “A intensidade com que a mania de perseguição acontece varia de indivíduo para indivíduo, mas sempre causa angústia e mal-estar”.

Livre-se da perseguição

Não trato aqui da doença propriamente dita, limito-me a refletir sobre a perseguição em relação ao comportamento de se sentir sempre atingido por indiretas. Nesse caso vale pensar nas seguintes ações:

1- Pare de se sentir vítima

É muito prejudicial para você mesmo se sentir perseguido por pessoas que usam do artifício da indireta para criticá-lo, acusá-lo ou qualquer coisa do gênero. O problema maior não é se fazer de vítima para os outros e sim para si mesmo; nada mais desolador que ter pena de quem você é. O papel de vítima é, no mínimo, desolador. Abandone a mentalidade de vítima atacando os pensamentos negativos, depreciativos e sentimentos de fracasso. Observe algumas reflexões sobre isso no artigo: Como parar de se fazer de vítima.

2- Saia do foco

Importante compreender que você não é o centro da atenção do mundo e não é o assunto principal das pessoas, assim, deixe de achar que tudo o que falam diz respeito a você. O mundo não está contra você, as pessoas não estão lhe acusando, você não está sendo vigiada e criticada o tempo todo. Compreenda isso e saia do seu próprio foco; as pessoas podem estar falando de outra pessoa ou mesmo estarem simplesmente falando de forma geral.

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3- Melhore a sua autoestima

Ao assumir a responsabilidade por suas escolhas e deixar de colocar a sua vida no ombro dos outros, naturalmente você se sentirá bem com você mesmo. Cuide da pessoa que você vê no espelho, tome atitudes que a façam ser admirada e respeitada por você principalmente. Boas reflexões sobre o tema você encontra no artigo 4 Maneiras de como aumentar sua autoestima.

4- Desenvolva a autossegurança

Como consequência da boa autoestima você sentirá mais segurança em seus próprios atos, assim, releve o que não é importante e deixe de buscar coisas ou recados nas entrelinhas. Busque conversas diretas, educadas e assertivas, não se deixando levar por conclusões que, quase sempre, não representam a verdade. Observe algumas sugestões no artigo 12 ideias para vencer a insegurança.

5- Procure um especialista

Mas caso você não esteja conseguindo ver a vida desse novo ângulo e sempre cai na armadilha de ver indiretas em tudo, o melhor a fazer é buscar um psicólogo que ajude você a entender qual a razão disso. O autoconhecimento favorecido pelas terapias irá indicar qual a melhor saída para que você desenvolva bons sentimentos e melhore os seus relacionamentos.

Enfrentar a vida é assumi-la de forma direta, objetiva e positiva.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.