8 passos para superar o vício em comida
Vícios são populares quando se fala de fumo, álcool, drogas ilícitas e outras. E a comida? Veja aqui dicas para superar este que também é um vício.
Erika Strassburger
Os alimentos podem ser viciantes, sim. Tudo depende do quanto e com que frequência você os ingere.
Vício em comida ou Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica é, segundo a Wikipédia, “caracterizado pela ingestão de grande quantidade de alimentos em um período de tempo delimitado (até duas horas), acompanhado da sensação de perda de controle sobre o quê ou o quanto se come. Para caracterizar o diagnóstico, esses episódios devem ocorrer pelo menos dois dias por semana nos últimos seis meses, associados a algumas características de perda de controle e não acompanhados de comportamentos compensatórios extremos para a perda de peso como vômito e laxantes (pois nesse caso se classifica como bulimia).”
O transtorno pode ocasionar muitos prejuízos para o organismo, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, distúrbios psicológicos, problemas gástricos, etc. Os viciados em comida têm crises de abstinência e sofrem mudanças químicas no cérebro assim como os viciados em substâncias nocivas.
As pessoas com esse transtorno apresentam os seguintes comportamentos:
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Comem longe da vista dos outros.
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Sua forma de se alimentar na frente dos outros é diferente da forma de comer quando estão sozinhos.
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Comem sem estar com fome.
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Comem quando estão ansiosos e deprimidos.
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Comem, em pouco tempo, uma quantidade excessiva de alimento.
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Sentem-se culpados depois de comer.
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Comem rápido demais e não saboreiam o alimento.
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Comem alimentos que lhes são prejudiciais.
Muitas coisas podem ser feitas para superar esse vício. Veja algumas:
1. Identifique os alimentos em que você é viciado
Os alimentos mais viciantes são os ricos em açúcares, gordura, farináceos e sódio. Sem contar os alimentos com cafeína como café, refrigerantes e chocolate.
2. Faça uma substituição saudável
Quando bater a vontade de satisfazer o seu vício, coma outro alimento mais saudável. Quando os níveis de açúcar caem, a fome bate. Em vez de consumir açúcar, coma proteína saudável a cada 3 ou 4 horas, como castanha de caju ou do Pará. Elimine refrigerantes (mesmo os dietéticos) e sucos industrializados (que têm alta concentração de açúcar). Em lugar deles, tome água e sucos naturais não adoçados. Alguns sucos, como o de laranja, são bastante calóricos. Prefira comer a fruta com bagaço.
Não se esqueça do desjejum. É a refeição mais importante do dia. Ele deve conter frutas, cereais e proteína. Quando não tomamos o desjejum, o desejo de comer o alimento pelo qual somos viciados pode ser incontrolável.
3. Beba, em vez de comer
Um copo de água pode ser a solução para o que você pensa ser fome, mas que, na verdade, é sede.
4. Ocupe seu tempo e sua mente
Evite ficar sem fazer nada quando você não está trabalhando ou estudando. Quanto mais coisas você tiver para fazer, menos tempo sobrará para pensar em comida.
5. Pratique exercícios físicos
Comer algo que gostamos muito produz sensação de prazer. Os exercícios físicos também provocam sensações assim. A diferença é que depois dos exercícios físicos você sentirá satisfação e estará de bom humor, enquanto que, ao comer demais, você se sentirá triste e culpado. Exercitar eleva a autoestima e comer demais afeta completamente a autoestima.
6. Compre alimentos saudáveis
Na hora das compras no supermercado, evite passar pelos corredores das guloseimas, especialmente se seu objeto de perdição estiver naquele corredor. Faça uma lista com produtos bom para sua saúde e siga-a durante as compras.
7. Aprenda ou reaprenda a mastigar
Mastigue devagar e bastante. A mastigação correta produz saciedade e boa digestão. O estômago envia uma mensagem de saciedade para o cérebro após 20 minutos a partir do início da refeição. Quanto mais você mastigar, mais tempo levará para comer. Você ficará saciado com bem menos do que imagina. Sendo assim, é fundamental que você reserve cerca de 30 minutos para fazer suas refeições principais.
8. Busque a orientação de especialistas
A compulsão alimentar é uma doença, por esta razão precisa ser tratada adequadamente. Sem o acompanhamento de psicólogo, nutricionista e de outros especialistas, você terá dificuldade para levar o tratamento até o fim. As recaídas podem ser sucessivas, o que pode ser motivo para desânimo e desistência.
Se você não tem como pagar pelos serviços médicos e psicológicos, procure a secretaria da saúde do seu município e informe-se se o serviço de reeducação alimentar é oferecido na sua região. No site de nutrição do Governo Federal, encontramos muitas informações sobre as políticas de apoio à população relativas à alimentação e nutrição.