9 passos para estabelecer um plano de emergência para você e sua família
Todos os anos somos surpreendidos pelas mesmas catástrofes, geralmente na mesma época do ano e da mesma maneira. Vamos falar aqui de noções mais práticas da preparação para essas situações.
Márcio Patelli
Embora exista um número imenso de detalhes e variáveis a serem consideradas em um plano de emergência, não precisamos ter medo ou receio de iniciar um plano. O plano inicial não contemplará todas as possibilidades, haverá muito o que incluir depois, mas o segredo está em começar e depois fazer os ajustes necessários. Lembre-se sempre, um pequeno plano de emergência é melhor do que não ter plano nenhum.
Jonathan Castellano diz sobre preparar-se: Não se prepare para dias chuvosos, para sofrimento e dor, faça da preparação uma diversão. Acampe no quintal de casa e aprenda a cozinhar ao ar livre. Aproveite e olhe para o céu e reconheça o quanto sua vida é maravilhosa. Aprenda novas receitas e novas formas de preparar as receitas que já conhece. Saiba como cozinhar com lenha ou carvão e improvisar um fogão ou forno e divirta-se com sua família e amigos em piqueniques no quintal de casa para treinamento de suas novas habilidades.
1. Pesquisar e planejar.
Alguns passos e conceitos básicos, os quais comentarei a seguir, devem ser considerados ao organizar um Plano de Emergência pessoal e familiar:
1) Lembre-se de que as emergências virão sem aviso prévio, mas seguramente virão.
2) Mantenha o plano simples, o mais simples possível.
3) Revise o plano regularmente e mantenha-o atualizado.
4) Adquira os equipamentos, alimentos, materiais e outros elementos necessários aos seus planos.
5) Treine, pratique com os envolvidos as ações estabelecidas no plano pelo menos duas vezes ao ano. Trabalhando passo a passo cuidadosamente esses conceitos, a família ou indivíduo estará em melhores condições de enfrentar as emergências que poderão advir.
Os passos para organizar um plano precisam incluir:
2. Identificar os desastres, acidentes e outras ocorrências mais prováveis.
Verifique na região onde vive quais os acidentes ou catástrofes mais prováveis de ocorrer: enchentes, desmoronamentos, incêndios, etc._
3. Estabelecer as ações adequadas para cada tipo de acidente.
Coloque na coluna ao lado de cada um dos acidentes ou catástrofes que você identificou, estabeleça e registre as ações para cada caso. Por exemplo, se o imóvel for danificado por um desmoronamento, será necessário um abrigo temporário; se não for possível o acesso a um supermercado, por causa de uma enchente, será necessário alimentos e itens de higiene e limpeza e talvez um kit de sobrevivência (podemos falar disso em outra ocasião).
4. Conseguir informações essenciais.
Prepare uma lista com os contatos dos vizinhos, parentes e amigos, uma lista de pessoas que vivem próximo e têm habilidades especiais (ex. médicos, enfermeiros, eletricistas, bombeiros, etc.), uma lista dos serviços de emergência, polícia, bombeiros, ambulâncias e uma lista de organizações da comunidade (ex. Cruz Vermelha, igrejas, escolas, etc)
5. Definir responsabilidades e procedimentos.
Combine com seus familiares quem vai fazer o quê. Identifique quem vai adquirir ou comprar os itens necessários para a preparação, quem vai guardá-los, quem vai mantê-los em ordem e atualizados (ver a validade de medicamentos e alimentos de emergência guardados, pilhas carregadas, mochilas de emergência prontas), é necessário que alguém prepare os treinamentos. Quem vai cuidar de quem, estabeleça um sistema de duplas em que um vai cuidar do outro e saber sempre onde encontrá-lo e como ele está.
6. Identificar métodos de comunicação de emergência.
Pense em meios de comunicação alternativos, pois as linhas telefônicas podem ser danificadas, caso as estradas e acessos estejam interrompidos ou as linhas de telefones celulares estejam sobrecarregadas. Estes meios podem incluir: Apitos, lanternas, sinalizadores, rádio amador, mensagem de texto de celular (este serviço pode operar mesmo quando o serviço de voz estiver indisponível), contato pessoal a pé ou de bicicleta.
7. Estabelecer um ponto de encontro.
Em muitas vezes uma catástrofe natural pode alterar a geografia local ou ainda impedir o acesso ao local de residência, estabeleça com a família a primeira, segunda e terceira opções de local de encontro. Quando todos estiverem em segurança, devem dirigir-se, o mais rapidamente possível, ao primeiro ponto de encontro; caso este esteja indisponível por qualquer motivo, devem dirigir-se ao próximo ponto, e assim por diante, e devem permanecer no primeiro ponto de encontro disponível, até que todos estejam reunidos.
8. Verificar a condição de cada pessoa e os recursos disponíveis.
Checar as condições de saúde e ferimentos de cada pessoa e tomar, imediatamente, as ações necessárias para resolver a questão. Faça um inventário dos recursos disponíveis e administre-os para que consigam suportar, se possível, até 72 horas (tempo médio de chegada de auxílio externo).
9. Motivar os envolvidos a prepararem-se.
Periodicamente reúna-se com sua família e, eventualmente, com amigos, parentes e vizinhos e conversem sobre o assunto, estudem materiais que possam ajudá-los a prepararem-se. Incentive todos para que adquiram os equipamentos, os alimentos, mochilas e outras coisas necessárias, treine regularmente (pelo menos duas vezes ao ano) a rota de fuga. Vão ao ponto de encontro. Mantenham-se motivados e alertas.
Não é possível exagerar na importância da preparação. Siga esses passos e fique muito mais tranquilo. Certifique-se e ajude as crianças pequenas a prepararem-se também, estabeleça um padrão de companheiros no qual um deve cuidar e sempre saber do outro.
Aquele que não planeja ou se prepara, planeja falhar!