Manual da boa sogra

7 reflexões sobre atitudes que toda boa sogra exerce para aproximar e harmonizar sua relação com a família do filho.

Suely Buriasco

Problemas com a sogra são tão comuns que há muito tempo inspiram todo tipo de piada, mas a verdade é que a sogra não é sempre um elemento perturbador da família, muito pelo contrário, muitas são as sogras que cooperam pela harmonia familiar e são muito queridas por seus genros e noras.

O manual

Saber o que fazem essas mulheres que desafiam o estereótipo depreciativo das sogras é um bom começo para refletir sobre as próprias atitudes e mudar o que for necessário. Afinal, toda mãe deseja o bem de seus filhos e a boa convivência com a família deles é primordial. Claro que não existe um modelo único a ser seguido, até porque os relacionamentos são muito complexos para serem modulados todos da mesma forma. Mas é possível seguir alguns exemplos de forma geral e refletir como colocá-los em prática na própria vida. Nesse sentido pensei em um manual sem, contudo, ter a pretensão de simplificar as relações e gerar modelos prontos; a ideia é provocar reflexões.

A boa sogra

1- Não conhece rivalidade

Genros e noras são novos filhos e chegam para acrescentar no convívio familiar. Dessa forma, não são rivais e não representam perigo e não há porque competir com eles por nada, nem mesmo pelo amor ou pela presença dos filhos.

2- Reconhece a nova família do filho

Entende que assim como um dia ela casou com o filho de alguém, agora é seu filho ou filha que sai de casa para formar uma nova família. Compreende a necessidade de eles terem a própria vida e formar, a seu modo, as suas rotinas.

3- Respeita as diferenças

Considera que genros e noras tiveram educações diferentes e, muitas vezes, terão atitudes inesperadas e até mesmo espantosas, mas respeita a maneira de ser e agir deles. Agindo dessa forma não aceita provocações e também inspira o respeito de todos.

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4- Conhece o seu papel na nova família

Sabe que a atitude da sogra é a mesma da mãe de filhos adultos; orienta quando é chamada para isso, respeita as decisões tomadas e mantém o ombro disponível para quando necessário. Isso equivale dizer que não se intromete onde não é chamada e não impõe suas ideias.

5- Não alimenta conflitos

Entende como natural os conflitos entre os filhos e seus cônjuges e jamais colabora para que eles se expandam. Sendo procurada como conselheira é sempre o elemento pacificador e amigo, mantendo-se o mais imparcial possível. Não joga “lenha na fogueira” e mesmo não concordando com a atitude do cônjuge do filho ou filha busca sempre direcioná-los para o caminho da compreensão e do diálogo.

6- Não critica

Não tenta “abrir o olho” dos filhos evidenciando defeitos de seus cônjuges, nem mesmo com a intenção de ajudar. Jamais critica genros e noras ou fomenta a discórdia deles com os filhos.

7- Tem vida própria

Adora o convívio familiar, mas busca outros interesses para jamais cair no erro de querer viver a vida dos filhos. Desenvolve atividades de seu interesse e mantém a própria vida de forma próxima, mas totalmente independente da vida dos filhos. Isso vale inclusive e principalmente quando, por alguma razão, mora na mesma casa do filho ou filha.

O que se pode concluir é que a boa sogra não entende o casamento dos filhos como perda, e sim como acréscimo familiar. Preocupa-se em cultivar autoestima e se sente segura em relação ao amor dos filhos; essa autoconfiança a afasta do ciúme e sentimento de posse. É assim que uma sogra se torna querida e respeitada no âmbito familiar.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.