Aprendendo a amar ao invés de julgar

Reflexões acerca da citação sobre a incompatibilidade entre o amor e o julgamento que reflete a incompreensão e intolerância em relação aos outros.

Suely Buriasco

O título desse artigo é uma importante citação de Madre Teresa de Calcutá: “Se você julgar as pessoas não terá tempo para amá-las”. Isso nos lembra dos mandamentos de Cristo: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” e “Não julgueis para não seres julgados”. Na verdade julgar é muito fácil, basta reprovarmos ou aceitarmos esse ou aquele comportamento do outro; isso não exige qualquer tipo de esforço e, infelizmente, para muitos parece ser um grande prazer.

Julgamento

Qualquer que seja a razão que se possa ter é sempre recomendável evitar julgar os outros, primeiro porque não podemos conhecer todas as circunstâncias que envolvem o caso e segundo que não temos como saber qual seria a nossa reação estando no lugar do outro. O consultor e escritor Cesar Romão trata do assunto no artigo “Evite Julgar as Pessoas” publicado no site que leva o seu nome. Segundo ele: “Defeitos são parte integrante das pessoas, o que é defeito aos olhos de um, pode não ser defeito aos olhos do outro; o que é veneno para um, pode ser remédio para outro. Julgar é tirar os olhos de nós mesmos, esquecer daquilo que realmente somos e também dos erros que inserimos em nossas vidas“.

Maledicência

O dicionário Michaelis traz como significado de maledicência: “Ato ou efeito de dizer mal; murmuração“. Entende-se que não se trata de dizer a verdade ou não, ou seja, o simples fato de falar mal de alguém, mesmo que seja verdade, é maledicência. Segundo escreve a psicóloga Bárbara Ribeiro de Sousa no artigo “A Maledicência e o Adoecimento Psíquico” publicado no blog Psicologia e Saber: “A Maledicência faz mal a saúde mental daquele que a pratica! E isto não tem relações com práticas de moralidade, e sim, com a manutenção de uma vida saudável. Pois, a prática da maledicência acarreta um distanciamento psíquico do indivíduo em relação a si mesmo…”.

Incompreensão

Quando julgamos alguém usamos da prepotência ao acreditar que somos capazes de definir erros e acertos, o que é, no mínimo, lamentável. O grande problema dos relacionamentos é a incompreensão para com o outro, a falta de entendimento que pode chegar mesmo ao cúmulo da intolerância. A ausência de respeito para com os outros é falta de compaixão; do sentimento piedoso que nos faz mais humanos e gentis para com o nosso próximo. Quando não compreendemos e escolhemos julgar as pessoas que nos cercam nos tornamos incapazes de acolhê-las e as condenamos ao desamparo.

Amor e caridade

Madre Teresa foi um grande exemplo de amor extremo aos seus semelhantes, pois viveu a sua frase que faz o título desse artigo. Não teve tempo de julgar ninguém porque esteve durante toda a sua vida ocupada em amar todos que a rodeavam. Você pode estar pensando que isso é muito para pessoas comuns, mas é na vida dos missionários que encontramos os ensinamentos que necessitamos para viver melhor e de forma mais digna. Se você acredita que não consegue amar assim, então faça um esforço para ser mais caridoso e não sentenciar as atitudes alheias.

Advertisement

Cesar Romão recomenda ainda: “Não julgue, ajude, você vai sentir-se melhor ajudando do que julgando“.

Toma un momento para compartir ...

Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.