10 mitos a se livrar para ser feliz no casamento

Muitas pessoas só não encontram felicidade no casamento porque têm uma visão deturpada e, às vezes, até mesmo infantil do que é relacionamento.

Erika Strassburger

Um famoso psicólogo americano, Dr. Phil McGraw, consultor de comportamento e relações humanas, abordou sobre coisas que têm sido pedras de tropeço em muitos casamentos. Ele relacionou 10 mitos comuns dos quais os casais precisam se livrar para serem felizes.

Abaixo estão listados esses mitos com alguns pontos que considero mais relevantes da abordagem do Dr. Phil e minhas próprias considerações:

Mito 1: Um ótimo relacionamento depende de um grande encontro de mentes

O casamento é uma viagem em que o casal precisa dar as mãos e seguir em frente. Nessa jornada, no entanto, não é necessário que o casal pense exatamente da mesma maneira sobre tudo. É muito saudável que haja diferenças, afinal, ambos têm diferenças genéticas, psicológicas, fisiológicas e uma história de vida individual. É saudável que mantenham sua individualidade. Deve-se querer alguém que enriqueça a vida e não que seja um simples reflexo.

Isso não se aplica a perspectivas e objetivos de vida. Não há como rebater, é difícil que um relacionamento resista por muito tempo quando duas pessoas estão trabalhando arduamente para chegar a lugares opostos ou completamente distintos.

Mito 2: Um ótimo relacionamento exige um grande romance

É importante saber que os sentimentos vão se modificando com o tempo. O período intenso e perturbador da paixão dura somente algum tempo. Quando a paixão acaba não significa que algo deu errado, mas que o primeiro estágio passou.

A saída não é iniciar um novo relacionamento para poder vivenciar novamente aquela emoção, mas aprender a desfrutar as próximas fases. É nelas que o amor é solidificado. Cada etapa oferece experiências únicas e cada vez mais ricas.

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Mito 3: Um ótimo relacionamento exige solução de todos os conflitos

A verdade é que sempre haverá um conflito ou outro sem solução no casamento. O mito 1 pode ser recordado aqui. Vocês são duas pessoas diferentes e vão sempre ter diferenças. O ideal é aceitar os pontos de vista um do outro em vez de se desgastar em tentar resolver todas as diferenças.

Mito 4: Um ótimo relacionamento exige que ambos participem de todas as atividades juntos

Um casal pode ter um ótimo relacionamento e, ainda assim, ter interesses em atividades diferentes. Se você exigir que o outro participe daquilo que só você gosta, os resultados serão desastrosos. Não crie motivos para o estresse ou a tensão se instalar.

O ideal é o casal identificar algo que tem em comum e investir algum tempo semanal nisso. E em vez de rejeitar completamente a preferência do outro, tomar a iniciativa de participar algumas vezes dessas atividades. É bem possível que ele ou ela mude de ideia.

Mito 5: Em um ótimo relacionamento não pode haver discussão

Não há problema algum em discussões sadias sobre determinados assuntos, desde que o casal argumente de forma respeitosa. Um dos maiores erros em uma discussão é deixar de focar no assunto e passar a focar no outro. Por exemplo, dizer que um livro é ruim é bem diferente de afirmar que o outro é um idiota por estar lendo aquele livro. Aprenda a discutir ideias sem colocar em cheque o valor do seu parceiro.

Mito 6: Um ótimo relacionamento lhe dá a liberdade para desabafar todos os seus sentimentos

Muitas coisas pesadas podem ser ditas durante uma discussão acalorada, coisas que não representam exatamente os sentimentos ou pontos de vista da pessoa, mas ela simplesmente despejou para se sentir “melhor”. Despejar a raiva sobre o parceiro pode gerar mágoas e minar a relação.

Mito 7: Um ótimo relacionamento nada tem a ver com sexo

O sexo é vital para o casamento. E para que fortaleça o relacionamento precisa ser satisfatório para ambos. Andar de mãos dadas, tocar, acariciar são complementos, pois fornecem um conforto físico, podendo ser visto como parte de uma vida sexual satisfatória.

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Mito 8: Um ótimo relacionamento não pode sobreviver a um parceiro falho

Se fosse assim, não haveria relacionamentos de sucesso, pois todas as pessoas falham de alguma forma. Exceto se o parceiro comete algum tipo de abuso ou tem problemas destrutivos, é preciso relevar suas peculiaridades. O melhor a fazer é tirar o foco daquilo que lhe desagrada e concentrar-se nas suas qualidades. Tentar se lembrar daquilo que lhe atraiu nele ou nela no começo pode ser um ótimo exercício.

Mito 9: Há um jeito certo e um jeito errado de se fazer um grande relacionamento

Não existe um padrão único de se relacionar, de ser um bom marido ou mulher, um bom pai ou mãe, ou de lidar com os desafios do casamento. As pessoas são diferentes, demonstram seu amor de forma diferente, reagem de forma diferente aos desafios. O importante é o casal encontrar algo que funcione para os dois e para a família.

Mito 10: Seu relacionamento só será ótimo se você conseguir colocar o parceiro na linha

Quem acha que conseguirá consertar o parceiro depois do casamento terá uma grande decepção. O momento de avaliar se o comportamento da pessoa com quem se pretende passar a vida é aceitável ou não, é antes do casamento. Depois disso, ou você o aceita como ele é, ou alimentará uma frustração permanente. Mudá-lo? Perca suas esperanças! A verdadeira mudança vem de uma conscientização e não de uma pressão externa.

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Como se pode ver, na maioria das vezes são as próprias pessoas, e não os parceiros, que colocam barreiras para sua felicidade – lembrando que ser feliz depende mais do que cada pessoa faz da própria vida do que da influência do outro.

O Dr. Phil adverte: “Você precisa assumir a responsabilidade por sua própria felicidade. Se sua relação está angustiada, a pessoa mais importante para ser mudada pode ser você mesmo. Depois de identificar compensações que você está buscando inconscientemente com o comportamento destrutivo, você pode optar por removê-lo de sua vida”.

Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.