3 meios de saber se seu casamento irá durar

O momento certo para subir ao altar só diz respeito a vocês dois, certos de que querem ser felizes juntos no amor.

Fernanda Ferrari Trida

A moda entre as meninas de dois, três, quatro aninhos é a Barbie. Na nossa época isso já era febre, mas sua dimensão tomou um vulto maior do que sequer imaginávamos. Além das nossas conhecidas e saudosas bonecas, agora existe uma gama tão grande de produtos que chega a me surpreender. Mas uma coisa nunca muda: a Barbie, invariavelmente, vive “feliz para sempre” com seu príncipe.

Essa ideia de príncipe encantado é martelada na cabeça das mulheres desde que começam a falar “gugu-dada”. Era assim quando ainda não tínhamos direitos civis (só deveres maritais) e permanece do mesmo modo ainda hoje. Minha filha de três anos já tem o príncipe dela, assim como a Barbie. Pode? Parece que sim.

Desta forma, crescemos nos preparando para encontrar nosso príncipe. E quando achamos que o fizemos, tentamos levá-lo ao altar (às vezes, desesperadamente!). Mas sempre bate aquela dúvida sobre estarmos preparadas e ser a hora certa. Mas, rapidamente, a nuvenzinha preta que havia se formado sobre nossas cabeças se dissipa e já corremos para organizar os preparativos. Afinal, anda difícil casar hoje em dia, né?

Casar é algo sério e deve acontecer naturalmente

Essa dificuldade não é sentida somente pelas mulheres. Quando se apaixonam, os homens se entregam rapidamente também e podem até pedir a mão da amada depois de apenas meses de relacionamento. Mas essa pressa toda pode ser ruim.

Casamento impensado = divórcio

Em 2011, a taxa de divórcios no Brasil bateu recorde, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Quando o órgão começou a medição, em 1984, ocorria apenas 0,46 divórcio por mil habitantes. Em 2011, essa taxa chegou a 2,6 divórcios por mil habitantes. Isso significa um crescimento de mais de 500% e se deve, principalmente, à facilidade que se tem hoje para realizar os trâmites legais do processo. Em 2011, o país também teve aumento nos casamentos – de 6,7 (em 2006) para 7 (em 2011) por mil habitantes, o que, para o IBGE, está ligado ao crescimento das separações.

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Ainda em 2011, segundo a pesquisa, 20,8% dos divórcios ocorreu em casamentos com cinco a nove anos de duração e 19% em uniões com um a quatro anos. Isso significa redução de três anos no tempo médio entre as datas do casamento e da sentença do divórcio e queda das idades médias dos divorciados, de 43 para 42 anos entre os homens, e 40 para 39 entre as mulheres, comparando-se dados de 2006 e 2011.

Casar pelo motivo certo, com a pessoa certa e na hora certa

Estamos no século XXI. Uniões e separações não são mais tabus. Mas será que esse vai-e-vem deixa alguém verdadeiramente feliz? Segundo as pesquisas do IBGE, apenas uma minoria daqueles que se divorciam voltam a se casar. Mas, creio que é comum a todas essas pessoas o fato de não terem se casado na hora certa na primeira vez – com, certeza, há outros fatores que levaram cada uma delas a se divorciar, só não cabe discuti-los neste artigo.

O momento certo para casar não tem a ver com idade, com situação financeira, com gravidez, com pressões da família. Tem a ver com sentimentos que só dizem respeito a nós mesmos e ao outro que está diretamente envolvido no processo. Se ambos compartilham o amor, a paixão e a vontade de fazer um relacionamento dar certo, mesmo que a duras penas, sabem que é a hora certa para casarem.

Se você acredita, de verdade, que encontrou a pessoa que vai fazer a sua vida mais feliz e a recíproca for verdadeira, tente. Mas tente sabendo que casamento exige dedicação, trabalho e muito amor. Jamais entre num relacionamento acreditando que o divórcio é a única solução dos problemas. Ele é a última solução e pode ser muito doloroso para a família toda.

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Fernanda Ferrari Trida

Fernanda Trida é jornalista, médica veterinária, dona de casa, esposa, mãe de Marcela, com três anos, e de João, com um ano de idade.