5 atitudes que ajudam o casal a evitar viverem como irmãos

O desejo sumiu e agora? Ser feliz no casamento não acontece simplesmente. É necessário amor, trabalho, esforço, dedicação, paciência e muita fé.

Stael Ferreira Pedrosa

Alguns casais depois de algum tempo já não sentem o mesmo ardor do início. Isso é normal. A paixão é um sentimento avassalador e o corpo não suporta isso por muito tempo. Porém ainda que o relacionamento fique mais tranquilo, não pode esfriar e nem cair na rotina. Há casais inclusive que deixam de ter relacionamento sexual e vivem como irmãos. Esse é um problema grave no casamento e pode levar a infidelidades, insatisfações e até o fim do casamento. A insatisfação no relacionamento emocional traz o distanciamento no relacionamento físico e este por sua vez traz uma série de outros problemas, tornando o casamento um caos. O casamento envolve outros fatores como o contato espiritual e emocional, além do físico, e se um ou mais destes fatores estiver em desarmonia a relação sofre globalmente.

Muitos fatores podem influir para o esfriamento da relação:

  • Desentendimentos: Na maioria das vezes são brigas, mal entendidos, desconfiança, orgulho, falta de diálogo, comunicação deficiente, comportamentos naturalmente diferentes, choques culturais, religiosos e problemas financeiros.

  • Dificuldades em lidar com problemas: O casamento traz consigo toda uma gama de novas responsabilidades e problemas. O casal tem que estar preparado para lidar com estes e preservar o amor. Dificuldades financeiras, criação de filhos, cansaço, sentir-se sobrecarregado, são fatores que podem interferir na relação.

  • Problemas físicos: A perda do desejo pode ter origem física. Alguns fatores como estresse, cansaço, depressão, anemia, disfunções hormonais, tabagismo, alcoolismo, hipertensão arterial, Diabetes, Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo, Disfunção Erétil, medicamentos, drogas e envelhecimento podem ser os responsáveis.

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  • Problemas emocionais: Educação recebida e cultura familiar, maus tratos, falta de diálogo, dependência de drogas, falta de prazer na relação, medo, ressentimentos, rancores, frustração, baixa autoestima, pouca afetividade, entre outros.

Caso você ou seu cônjuge estejam enfrentando esses problemas é necessário buscar ajuda médica e psicológica. São problemas que podem ser tratados. Não é regra geral, mas é mais comum as mulheres serem mais afetadas pelos fatores emocionais, por serem mais emotivas, e os homens pelos fatores físicos, pois eles tendem a ser menos atenciosos à própria saúde.

O que pode ajudar?

Nem tudo está perdido. Se o casal deseja permanecer unido os problemas podem ser tratados e amenizados. Não há fórmulas mágicas, mas alguns passos ajudam.

1. Diálogo franco

O isolamento silencioso não ajuda. Fugir dos problemas só tende a piorá-los. Abra-se e converse francamente com seu cônjuge expondo seus sentimentos sem acusações e sem fazer-se de vítima. Tentem conversar e ouvir um ao outro, sem interrupções e sem acusações ou raiva. Escolha o melhor momento para isso. O uso do “eu” é fundamental. Diga: “Eu me sinto assim”, “eu penso que…”, “o que eu posso fazer para…?”

2. Momento oportuno

Como já disse antes, deve-se escolher o momento mais adequado para conversar. Não deve ser quando um dos cônjuges está cansado ou enfrentando um problema pessoal. Marquem um horário tranquilo, sem crianças gritando e pulando sobre vocês. Não discutam sobre problemas financeiros na hora de ir dormir. Não discutam os problemas de relacionamentos quando estão fazendo o orçamento ou verificando as contas. Tenham uma data para o casal, pelo menos uma vez por semana, para conversar a sós, sair junto, divertir-se e ter mais intimidade. Isso fortalece o relacionamento e favorece a intimidade sexual.

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3. Discutam um problema de cada vez

Não adianta enumerar tudo de ruim que está acontecendo, e despejar em cima do outro. Isso só fará com que o casal pense que a situação está fora de controle e que talvez não haja mais saída. Se necessário, faça uma lista começando pelo problema maior e discutam primeiro as prioridades. Estabeleçam metas juntos para tratarem os problemas. Caso seja necessário, procurem um médico e um terapeuta.

4. Intimidade

A intimidade começa antes da relação sexual. Gestos de carinho como bilhetinhos, trazer uma flor, preparar a comida favorita do seu cônjuge, ter um sorriso no rosto ao se encontrarem, beijos e abraços nunca são demais e criam um clima propício para o desejo se manifestar. Deixem o computador ou a TV mais cedo para terem algum tempo a sós, crianças não devem dormir com os pais e devem ir para a cama delas na hora certa. Usem esse tempo para compartilharem carinho e amor. Não é momento para discutir problemas do dia a dia ou de dinheiro.

5. Casamento a três

Sim, o casamento a dois costuma ser problemático. Inclua uma terceira pessoa e as coisas melhorarão. Essa pessoa é Deus. A fé é vital ao se enfrentar problemas. Deus sabe como resolver e aliviar nossas cargas. Para isso temos que buscá-lo e incluí-lo no casamento. Determine-se a cuidar do seu amor e fazê-lo feliz.

Ser feliz no casamento não acontece simplesmente. É necessário amor, trabalho, esforço, dedicação, paciência e muita fé. O casamento é um mandamento e, como todo mandamento, existem bênçãos preparadas para aqueles que o cumprem e que zelam da sua relação como o Senhor espera. Seu lar será abençoado com paz, amor, alegria e união gratificante por muitos e muitos anos.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.