5 características que casais adoráveis de velhinhos têm em comum

O que os casais que envelhecem juntos têm para nos contar? Ouvi-los pode nos ajudar a melhorar nossas relações

Stael Ferreira Pedrosa

Amo idosos e bebês! Não tem um porquê. Talvez, seja mais por suas semelhanças que por suas diferenças. Ambos estão naquele ponto onde quase se pode tocar o céu. Os recém-chegados e os prestes a partir carregam em seus passos incertos a mesma fragilidade que comove o coração.

É triste ver um idoso solitário ou crianças abandonadas. Lembram pássaros na chuva. Encolhidos, sem alegria, não há vozes dos amados e nem a alegria de um lar. Resta nos pequenos o desejo de encontrar uma família e ter um futuro e nos idosos a lembrança dos ausentes, da mesa cheia e dos sons de risadas, que insistem em se pendurar nas orelhas como elos formando uma corrente com o passado.

Quando em casal, os velhinhos são adoráveis. As mãos enrugadas que se dão ou se apoiam mutuamente, trazem histórias, experiências e sabedoria que a juventude jamais conhecerá. É preciso tempo, é preciso despir-se da juventude para conhecê-las. Não é qualquer um que tem tantas histórias para contar. Já dizia Millôr Fernandes: “Qualquer idiota pode ser jovem. É preciso muito talento para envelhecer.”

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Geralmente aqueles que envelhecem juntos venceram a si mesmos, sacrificaram seus egos, suas vaidades pelo bem do outro e aprenderam a sofrer, lutar, trabalhar e rir juntos. Conhecem o verdadeiro amor. Além disso, têm em si 5 características que os tornam ainda mais adoráveis:

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1. Paciência

Tem casamentos que no segundo ano de existência, já se percebe um “não aguento mais” por parte de um ou ambos os cônjuges. Imaginem quantos “não aguento mais” eles já disseram quando chegam aos 50, 60 anos de casamento? Mas, exerceram a paciência e seguiram em frente. Todos enfrentam problemas. O que faz o casamento chegar a essa idade é a capacidade de deixar ir as mágoas e continuar a amar.

2. Constância

Irmã da paciência, a constância permanece amando apesar de todos os embates. É o renovar do “até que a morte nos separe” todos os dias. É ter a maturidade de cumprir promessas. É não fugir da luta e nem desistir um do outro.

3. Gratidão

Não basta ficarem juntos a vida inteira, tem que ser com amor, tem que ser com alegria. Os casais velhinhos trazem consigo esse amor e alegria, embora eles mesmos às vezes nem se deem conta. Eles não veem muitas dificuldades em sua história, fixam-se nos momentos felizes e são gratos por terem um ao outro.

4. Respeito

Eles não chegaram a ser um casal de velhinhos sem terem se respeitado ou aprendido a respeitar. Eles sabem que brigas e desentendimentos são parte de toda relação saudável, mas que isso pode uni-los ainda mais se brigarem com respeito, sem ofensas e sem invocar os cavaleiros do apocalipse para suas brigas.

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5. Compreensão

Ninguém é perfeito, e todos sabem disso, mesmo assim queremos às vezes cobrar perfeição daqueles que nos rodeiam. No casamento a compreensão é essencial. Casais que chegaram juntos à velhice sabem que temos que amar nossos cônjuges mesmo quando eles não merecem ser amados. Quando eles erram, quando falham conosco. Isso sempre pode acontecer e geralmente acontece. Os casais idosos têm uma cumplicidade que basta um olhar para um saber o que o outro está pensando ou sentindo. Não ligam muito para as palavras, focam nos atos e aprenderam a perdoar.

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Dizem que para chegar a envelhecer juntos, um casal precisa aprender a ouvir mais e falar menos. Eu já penso que os velhinhos enxergam pouco e ouvem mal porque ao longo da vida aprenderam a deixar de ver e ouvir o que não vale a pena.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.