7 coisas a saber antes de se casar com uma pessoa divorciada e com filhos

Aqui vão 7 pontos importantes para ponderar antes de decidir pedir a mão ou aceitar um pedido de casamento de uma pessoa divorciada e com filhos.

Erika Strassburger

Se você deseja formar uma família com uma pessoa que já foi casada e teve filhos desse casamento, você precisa ter em mente o seguinte:

1 – Sobre a relação dela com o ex-cônjuge

Precisa compreender quão importante é para ela manter contato e se relacionar bem com o ex-cônjuge para o bem dos filhos. Se você tentar limitar esses contatos ou impor condições que acabem prejudicando a relação com os filhos e com o ex-cônjuge, vocês terão muitos problemas em sua relação. Não há espaço para o egoísmo e ciúmes em uma relação dessa natureza.

2 – Sobre pensão alimentícia

O pagamento de pensão alimentícia aos filhos normalmente é aceito prontamente. O problema maior é quando o ex-cônjuge precisa ser assistido por um tempo, até que consiga se estabilizar financeiramente. Nesse ínterim poderão surgir desentendimentos entre vocês, principalmente se você contribui igualmente para as despesas da casa.

Caso vocês enfrentem reveses financeiros, ainda que a assistência ao ex tenha findado, a questão “pensão alimentícia” poderá entrar em pauta, acabando em desentendimento e cobranças em relação à quantia paga ou sobre a forma como o dinheiro está sendo utilizado.

Você precisa não somente compreender, mas apoiar seu futuro marido ou esposa no cumprimento de suas obrigações financeiras para com seus filhos e/ou o ex-cônjuge. É algo de que você precisa estar ciente antes mesmo que o namoro fique sério.

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3 – Sobre sua relação com os filhos dele

É sua obrigação não só estimular o relacionamento dele com os filhos, como esforçar-se para ter o melhor relacionamento possível com eles.

Muitas vezes, a reação das crianças em relação ao novo casamento do pai ou da mãe pode ser muito negativa. Por isso, é imperativo que você exerça paciência e se esforce para compreender e amar essas crianças. E, se vier a ter seus próprios filhos neste casamento, cuidar para não colocá-los à frente dos meios-irmãos no relacionamento com o pai ou a mãe deles.

4 – Sobre a rotina, o espaço e as regras da família

É importante que você empregue todos os esforços a fim de se adaptar à rotina daquele lar, não importa se seu pretendente tem a guarda dos filhos ou se eles vêm de vez em quando. Uma mudança dessa natureza mexe muito com o emocional das crianças. Elas precisam sentir-se seguras em relação à escolha da mãe ou do pai. Precisam ter certeza de que não perderão espaço, não só espaço físico, mas espaço na vida do progenitor.

Outra questão importante diz respeito às regras da família. Certa vez, ouvi um homem, que namorava uma mulher com filhos, dizer que quando se casasse com ela muitas coisas iriam mudar naquela casa. Tal atitude traria problemas para o seu relacionamento com as crianças e com o futuro cônjuge. Poderia, ainda, gerar conflitos com o ex-cônjuge da parceira.

Para a harmonia da nova família, o ideal é conversar a respeito das mudanças que se fazem necessárias, em vez de simplesmente impô-las. Sempre que necessário, você e seu novo marido/mulher podem e devem fazer jus à sua autoridade como pais, determinando o que precisa ser feito ou mudado, principalmente quando for algo importante para a saúde, segurança ou crescimento das crianças.

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5 – Sobre ter ou não mais filhos

É uma questão importantíssima a ser tratada, em minha opinião, antes mesmo de se iniciar um namoro. Muitas pessoas que tiveram filhos de outro casamento, por questões de saúde ou outras questões, não podem ou não querem ter mais filhos. É algo que precisa ser esclarecido desde o início para não haver frustração e desentendimento futuro.

6 – Sobre a necessidade que ele terá de lhe conhecer muito bem

Aí está algo que acontece muito. Uma pessoa que já foi casada, principalmente se teve desilusões no casamento anterior, desejará conhecer muito bem seu pretendente antes de trocar alianças. Por essa razão, ela pode demorar um pouco para aceitar o pedido de casamento e pode fazer algo não tão agradável: investigar a vida do seu pretendente.

Quem namora uma pessoa divorciada, principalmente se também for divorciado, deve estar preparado para ter sua vida investigada. Se isso acontecer com você, acredito que, se não tiver nada a esconder, você não vai se ofender.

7 – Sobre usar o ex-cônjuge como parâmetro

Querendo ou não, o ex-cônjuge será sempre usado como parâmetro para determinar o que é aceitável ou não no futuro parceiro. Não que ele ou ela esteja buscando em você atributos que gostava no ex. Geralmente é o contrário. Ele(a) tenderá a rejeitar características ou atitudes similares às do ex, quando elas motivaram brigas e desentendimentos. É uma atitude natural, pois é uma forma de evitar que os erros se repitam e acabem novamente em divórcio.

Como dá para perceber, entrar na vida de uma pessoa divorciada e com filhos não é tão fácil quanto se pensa. Certamente haverá obstáculos. A maioria deles, porém, é galgável.

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Cabe a você, primeiramente, analisar se é isso mesmo que quer para a sua vida. Caso seja, dar sua contribuição para que o novo lar seja um lugar de paz, equilíbrio e compreensão. E trabalhar com afinco conquistar um espaço merecido no coração de cada membro da família. O amor opera milagres.

Para mais conselhos:

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.