Bem-me-quer, malmequer: Sorte no amor ou trabalho conjunto?

Reflexões que podem facilitar o trabalho da construção de um relacionamento sadio e duradouro.

Suely Buriasco

A busca desenfreada por relacionamentos felizes parece estar provocando sérios equívocos na mente de algumas pessoas e isso se tem refletido em muitas separações que acontecem de forma antecipada e mal resolvida. Claro que a busca da satisfação íntima é muito importante, no entanto, a forma de alcançá-la não parece estar sendo levada em conta nesses casos. Satisfação tem a ver com dever cumprido, com consciência tranquila e emoções em harmonia.

Sorte no amor

Importante observar que relacionamentos felizes não estão ligados à sorte, tipo, você encontra ou não; dá certo ou não. Relacionamentos não são descartáveis, afinal muitos sentimentos estão envolvidos. Relacionamentos são construídos ao longo do tempo e, portanto, devem ser trabalhados no sentido de sobrepujar os desafios, crescer e transformar-se em um espaço de amadurecimento e superação. Algo de tamanha importância não pode ser relegado a sorte e muito menos a um simples jogo de “bem-me-quer; malmequer”.

Cada casal tem sua própria dinâmica, mas algumas dicas podem facilitar o trabalho dos que desejam realmente construir um relacionamento durável e feliz. Vamos a elas:

1- Não tome decisões em momentos críticos

Boas decisões exigem equilíbrio e muita análise, assim, jamais se decida em momentos de ira, mágoa ou intemperança. Quase sempre decisões tomadas no torvelino das emoções acabam causando arrependimento e maior sofrimento.

2- Não se deixe mover pela mágoa

O ser humano quando magoado perde o discernimento de seus próprios desejos, agindo de forma contrária a seus reais interesses. Assim, não discuta, sequer converse; procure isolar-se até colocar a mente em equilíbrio.

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3- Admita a ausência da perfeição humana

É de suma importância compreender que ninguém é perfeito, assim como você também não o é. Então o caminho é buscar compreender as dificuldades do cônjuge, isso facilita o estabelecimento de um pacto de tolerância mútua.

4- Faça menos exigências e mais acordos

Faça opção de conversar e negociar os desacertos; acostume-se a falar e demonstrar os seus sentimentos e, também, de ouvir os sentimentos do cônjuge. O diálogo é a melhor ferramenta para o entendimento, mas precisa ser bem utilizado permitindo a manifestação de ambos de forma pacífica e construtiva. Exigir do outro causa conflitos, enquanto negociar provoca harmonia.

5- Faça a sua parte

Não espere sempre que as soluções partam do seu cônjuge, lembre-se da importância de fazer a sua parte para que a harmonia se estabeleça. Muitas pessoas tendem a exigir muito dos relacionamentos e pouco de si mesmo, mas a vida a dois exige que ambos se empenhem. É uma via de mão dupla entre duas pessoas comprometidas entre si.

A vida a dois é fator predominante na satisfação tanto de homens, como mulheres, merece, pois, toda atenção. Não se pode acreditar que os relacionamentos possam ser tratamos como algo que se substitui ou invalida. Lidar com sentimentos exige grande empenho e cuidado, nada existe de descartável em relação a isso. Assim, pense muito bem antes de entregar a sua vida à sorte; não se permita jogar com os sentimentos. Faça acontecer e isso lhe trará, incondicionalmente, razões para sentir a satisfação que almeja.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.