O casamento enquanto parceria: A identidade da mulher

Devemos ser cautelosos com as mudanças da sociedade e buscar discernimento para saber se será algo positivo ou negativo.

Taís Bonilha da Silva

A sociedade, no decorrer dos anos, tem sofrido inúmeras mudanças, tais mudanças acarretam outras mudanças e assim sucessivamente, de modo que, a única certeza que temos é que tudo irá mudar.

Algumas mudanças são muito positivas, outras nem tanto, porém, nós temos de nos adaptar, mas existe um perigo com essas adaptações, devemos ser cautelosos com as mudanças e buscar discernimento para saber se será algo positivo ou negativo. Após essa primeira avaliação, poderemos então planejar nossa adaptação.

Um exemplo: A mulher no decorrer do tempo teve seu espaço na sociedade alterado. Antes as mulheres se preocupavam em prepara-se o melhor possível para serem esposas, donas de casa e mães, de fato muitas nem aprendiam a ler e escrever, mas eram exímias bordadeiras e cozinheiras. A mulher então conquistou um espaço importante, começou a se interessar por outros assuntos, foi buscar outros conhecimentos. Dotada de habilidades novas passou a ser útil no mundo do trabalho, e degrau por degrau a mulher foi conquistando seu espaço cada vez mais e se inserindo no mercado de trabalho, concorrendo com os homens.

Homem e mulher: Papéis que se complementam, não que competem

Tais mudanças foram positivas até certo ponto. Uma vez que a identidade da mulher enquanto submissa, ignorante e passiva já não existe, contudo, precisamos ter cuidado quanto a alguns ideais feministas que buscam igualdade de papéis entre os sexos; pois cada um, homem ou mulher, devem desempenhar papéis distintos, porém que se complementam.

Pensar que uma mulher não precisa de um homem ou que um homem não precisa de uma mulher é um equívoco. Deturpa a real identidade da mulher acreditar que por desempenhar um papel antes feito por homens a tornava inferior. Cada um possui seu papel que se for desempenhado de maneira excelente se complementará e resultará em um todo perfeito.

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Família: Plano de Deus

Deus é perfeito e criou-nos à Sua imagem e semelhança – homem e mulher – cada qual com suas peculiaridades, características e utilidades bem como necessidades específicas. Não podemos querer que homem e mulher sejam iguais, porque, já não o são desde sua criação. É a sociedade e a mídia que pregam que se a mulher não tiver o mesmo espaço que o homem, ela é inferior a ele, e isso não é verdade.

O resultado disso tudo é que a mulher não está ocupando o mesmo espaço que o homem, ela está ocupando “o” espaço do homem por um salário inferior, e o seu espaço na criação dos filhos e na influência no lar está sendo delegado a terceiros. A obrigação de educar os filhos também não é somente da mulher, e o homem como pai deve ter a mesma responsabilidade, mas, com nenhum dos dois no lar e com essa responsabilidade delegada a terceiros, a criação dos filhos e seu bem-estar está confinado a segundo plano.

A longo prazo, teremos filhos que cresceram com todo o conforto, mas sem a presença e influência da mãe (ou pai); mulheres que se culpam e se cobram por não dar conta da pesada jornada de trabalho de ser mãe, dona de casa, esposa e ainda trabalhar fora.

A solução para isso é cada um compreender que suas particularidades os diferenciam sim, mas não os menosprezam. Que suas funções, embora diferentes, possuem a mesma importância e que a família deve ser o objetivo maior e homem e mulher devem trabalham juntos para o sucesso familiar, cada qual cumprindo sua função.

Camilla Eyring Kimball disse: “Uma boa educação será de grande ajuda para uma mulher desempenhar os mais importantes papéis de sua vida como esposa e mãe.”

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A mulher deve buscar estudar e a grande maioria precisa trabalhar para ajudar no orçamento doméstico ou mesmo porque é a única que o traz.

Homens e mulheres: Responsabilidades conjuntas

Quando um casal se une baseado em princípios e valores familiares e juntos formam conscientemente uma família, ambos lutarão para o fortalecimento do casamento e o bem-estar dos filhos, e decidirão, altruisticamente, como realizarão esses ideais.

Eu mesma preciso trabalhar e amo estudar e aprender, mas acima disso está minha família, portanto, eu e meu marido decidimos juntos que eu iria trabalhar no período em que as crianças estivessem na escola ou trabalhar em casa. Quanto aos meus estudos, ele me apoia muito e me incentiva, pois acreditamos que o conhecimento liberta e a ignorância escraviza, mas nossa família é nossa maior prioridade.

Estabelecer prioridades

Nem todas as famílias possuem esse privilégio de poder escolher se a mãe pode ficar em casa para cuidar dos filhos enquanto o marido trabalha. Nem todas as mães possuem um marido em casa e muitas precisam assumir os dois papéis. Mas, para os casais que podem buscar esse privilégio, é importante levar em consideração se a mulher precisa realmente trabalhar ou se vale a pena fazer um sacrifício para criar filhos mais autoconfiantes, seguros e preparados para formarem sua própria família um dia baseando-se nos valores e princípios da família que o Senhor nos ensinou.

Ou seja, voltando ao início do texto, precisamos avaliar as mudanças que ocorrem no mundo e adaptar-nos, mas sem perder nossos princípios e valores de vista, em prol do bem-estar duradouro de nossa família.

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Taís Bonilha da Silva

Taís Bonilha da Silva, estudante de Psicologia, atua na área da Saúde Mental. Participa do Programa de Monitoria na Universidade na disciplina de Análise do Comportamento. Esposa e mãe de 2 filhos.