Por que as brigas são ótimas para seu casamento
Um casal que briga está a um passo do divórcio. Será que isso é verdade? Leia o texto e se surpreenda.
Stael Ferreira Pedrosa
É esperado que os casais não briguem e que vivam em paz e aos beijos todo o tempo, certo? Segundo o terapeuta de casamentos Aaron Anderson, a resposta é: Não!
Segundo ele, com a complexidade cerebral que o ser humano tem é impossível as emoções permanecerem estáticas e previsíveis. Experimentamos as mais inusitadas emoções possíveis a um ser vivo e isso vai transparecer no casamento e em qualquer outro nicho de relacionamentos.
Há momentos em que vamos estar calmos e afáveis, em outros podemos ter um ataque de fúria, ou uma tristeza profunda ainda que não queiramos. Quando restringimos excessivamente nossas emoções e as impedimos de fluir, estamos tentando ser alguém que não somos e isso não se manterá por muito tempo.
Como um casal se reconcilia é mais importante do que como brigam
Há uma frase interessante que diz que “sentimentos enterrados vivos, nunca morrem.” Isso é verdade e pode ser trazido para as relações afetivas. Muitos casais após uma briga, se fecham, ficam “emburrados” por algum tempo e depois voltam aos poucos a conversar. Porém o motivo da briga não foi resolvido. Sequer foi discutido. Não querem falar sobre o assunto e seguem em frente. Isso vai apenas adiar uma outra briga ainda pior sobre o mesmo assunto em um futuro próximo.
As brigas criam oportunidades de discutir e resolver problemas
A comunicação é fundamental no casamento e as brigas criam oportunidade de abordar um assunto que precisa e deve ser resolvido. Claro que existem maneiras melhores de se discutir um problema, mas se ele surge em uma briga, deve-se aproveitar essa abordagem para tratar a questão. O aspecto positivo da briga nesse caso é que devido à raiva, a pessoa vai mostrar exatamente o que sente, sem rodeios, e com a exata intensidade em que o problema está incomodando.
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Abordar e resolver os problemas traz a reconciliação
Sabemos que uma briga é desagradável e não queremos que aconteça. Mas, infelizmente, elas vão acontecer. Dois seres pensantes, normais, cheios de hormônios e diferenças, não permanecerão muito tempo próximos sem apresentar algum resultado conflituoso do ajuste de temperamentos. Assim, a briga ajuda no conhecimento íntimo do outro e cria a oportunidade da reconciliação que só será possível (e verdadeira) se o conflito for resolvido.
O papel da briga justa
Claro que a briga a que o terapeuta se refere não envolve abuso físico ou psicológico. É a discussão que ocorre após uma emoção inflamada. Evitar os problemas ou fingir que eles não existem em nome da paz pode ser o caminho mais rápido para o divórcio. Para a psicóloga Luiza Ricotta, “Quando você perde a comunicação com o parceiro, perde a conexão. Resgatar a comunicação é fundamental para revitalizar o relacionamento”
Dicas para brigar de maneira justa:
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Não tente resolver o problema que originou a briga no momento da briga. Mas, tome nota mentalmente e aborde-o depois.
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Não faça rodeios. Vá direto ao ponto. Ficar dando pistas não funciona.
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Não reclame, peça. Ao invés de “você não lava o que suja”, peça: “você poderia ajudar a manter a casa limpa e lavar o que sujou?”
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Não manipule a situação para chegar à conclusão de que você está certo.
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Não culpem um ao outro por erros passados.
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Não faça greve de nada, seja de conversa, serviço caseiro ou sexo. Isso é infantil e é manipulação. Se não se sente disposto(a) a fazer apenas diga: “Não quero nesse momento”.
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Cheguem a um acordo. Sempre.
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