Como a tristeza do arrependimento pode se tornar a alegria de uma vida limpa
Veja como a tristeza pode levar ao arrependimento sincero, que tornará a nossa vida limpa e mais feliz.
Erika Strassburger
Para começar, gostaria de diferenciar a tristeza do ponto de vista mundano da tristeza que leva ao arrependimento. Perceba as diferenças nos seguintes relatos fictícios:
1º relato
Uma mulher tinha por hábito furtar mercadorias em supermercados, farmácias e lojas. Certo dia, ela abriu sua bolsa dentro do supermercado e colocou um creme hidratante. Como já estava acostumada a furtar sem ser pega, ela surpreendeu-se quando foi abordada pelo segurança enquanto passava as outras mercadorias no caixa.
Na frente de todos, ele pediu que ela abrisse a bolsa. Ela relutou, mas acabou abrindo. Lá estava a prova. A mulher começou a se sentir muito mal, muito triste, mas os motivos para a sua tristeza eram:
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Vergonha por ter sido pega furtando.
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Vergonha por tantas pessoas terem presenciado o ocorrido.
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Medo que seus familiares e amigos fiquem sabendo.
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Decepção por não poder mais frequentar aquele mercado sem ser reconhecida e por não poder mais furtar tranquilamente.
Outros desapontamentos talvez tenham invadido a mente daquela mulher. E ela estava longe de demonstrar verdadeiro arrependimento. Entenda o porquê, observando o próximo exemplo.
2º relato
Um homem estava andando na rua e avistou uma mulher bem vestida, logo à frente, prestes a entrar no seu carrão. Ela abriu a bolsa e encaixou sua carteira, mas não percebeu que a encaixara mal, e a carteira acabou caindo no chão.
Sem que ninguém percebesse, o homem recolheu a carteira do chão e foi para um canto, onde a abriu. Ele ficou extasiado com a quantia de dinheiro que encontrou. “É a solução para os meus problemas!”, pensou.
Ele colocou a carteira na mochila que estava levando, e começou a racionalizar: “Ela não vai precisar desse dinheiro, é uma mulher rica!”; “Preciso pagar a conta da luz que está atrasada!”; “Aposto que a mulher usaria esse dinheiro para comprar roupas novas, enquanto vou usá-lo para alimentar minha família!”.
Logo o homem caiu em si, e começou a se sentir triste pelos seguintes motivos:
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Sabia que era errado apropriar-se de algo que não era seu.
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Estava violando suas próprias convicções morais.
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Colocou-se no lugar da mulher e imaginou como ela estava se sentindo.
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Pensou no impacto que sua atitude teria sobre o que ensinava aos filhos, visto que considerava essencial ensinar pelo exemplo.
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Sabia que estava magoando o Salvador, com quem se comprometeu a levar uma vida digna.
Creio que tenha ficado claro qual das duas pessoas está mais apta a limpar a sua vida através de um arrependimento sincero. Enquanto a tristeza segundo Deus opera para o arrependimento, a tristeza segundo os homens é egoísta e ocorre mais por causa do ego ferido ou da imagem maculada.
Há diversos outros pecados que as pessoas cometem em segredo ou à vista de outros para os quais é exigido o devido arrependimento:
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Mentir.
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Caluniar.
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Provocar ira.
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Irritar-se facilmente.
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Suspeitar mal de pessoas inocentes.
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Invejar.
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Sentir ciúmes.
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Cobiçar,
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Tomar o nome do Senhor em vão,
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Adulterar.
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Cometer abusos etc.
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Há algo muito importante e deve ser ressaltado: o Senhor vê as fraquezas de seus filhos diferentemente de como Ele vê a rebeldia. Muitas pessoas justas têm certas dificuldades ou fraquezas e lutam constantemente contra elas em busca do aperfeiçoamento. O Senhor conhece suas lutas e Se compadece de seu sofrimento, pois sabe o tipo de sentimento que preenche o seu coração.
Os rebeldes, entretanto, não se importam com as consequências de suas ações nem buscam saber se estão ou não violando qualquer mandamento. Ainda assim, são considerados com muito amor pelo Senhor. “Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. Lucas 15:7
O engenheiro nuclear e líder religioso, Richard G. Scott, afirmou: “Na vida de cada um de nós, há momentos em que fazemos escolhas erradas. Todos necessitamos desesperadamente do poder redentor da Expiação de Jesus Cristo. Todos nós precisamos nos arrepender de todo tipo de rebelião.
Muitos de nós permitiram que fraquezas se desenvolvessem em nosso caráter. Por meio da Expiação de Jesus Cristo (…) podemos edificar fortificações espirituais entre nós e quaisquer erros passados que Satanás tente explorar.
Mas como edificamos essas fortificações eternas? O primeiro passo deve ser o arrependimento sincero, total e completo. (…) Lembrem-se, o arrependimento não é um castigo. É o caminho cheio de esperanças para um futuro mais glorioso.”
Muitos de nós já sentimos o que é carregar os fardos pesados das más escolhas. Tantos outros puderam experimentar a alegria proveniente do perdão divino. Não podemos desperdiçar essa dádiva maravilhosa. Cristo convidou-nos: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”
Que possamos aceitar o convite do salvador, corrigindo a nossa vida através do arrependimento sincero, da obediência aos mandamentos de Deus e das boas obras. Ao fazermos isso, poderemos gozar da verdadeira alegria e nos preparar adequadamente para o nosso encontro com Deus.
Erika Strassburger
Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.
