Como ajudar um adolescente com depressão

Quase todo mundo concorda que a adolescência é uma fase difícil, e muitos pais tratam o adolescente com severidade, confundindo uma depressão severa com rebeldia ou desobediência proposital.

Marcia Denardi

A adolescência é uma das fases mais conturbadas da vida, já que é um período de transição social, biológica e psicológica muito acelerado. Por conta de tantas transformações, é comum a incidência de depressão na adolescência, uma fase de muitas mudanças e cobranças. Quem nunca se deparou com um adolescente cheio de manias ou com personalidade difícil? É comum encontrar jovens com idades entre 12 e 19 anos que são anti-sociais, antipáticos ou explosivos. Tudo isso pode fazer parte dessa fase de transição e da busca pela identidade.

A depressão na adolescência

Algumas atitudes “chatas” são normais e fazem parte dessas transformações. Mas a depressão é muito mais severa e não pode jamais ser considerada normal, embora seja cada vez mais comum.

Conforme explica a autora deste artigo, “no decorrer do desenvolvimento da adolescência, os jovens se deparam com grandes mudanças e pressões sociais, ocasionando o desenvolvimento de mudanças de humor e até de seu próprio comportamento, sendo que os mais sensíveis e sentimentais desenvolvem quadros com sintomas mais fracos e sintomas de descontentamento, confusão, solidão, incompreensão e atitudes de rebeldia. Nesta fase, pode-se diagnosticar a depressão, mesmo que o sintoma de tristeza não seja tão aparente”.

Alguns dos sintomas mais comuns de depressão na adolescência, segundo a mesma autora, são:

  • O adolescente se envolve em situações perigosas e arriscadas.

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  • Geralmente tem dificuldade em se relacionar e mostrar seus sentimentos.

  • Também pode demonstrar muita ansiedade.

  • Muitos adolescentes passam pela fase de rebeldia, e alguns sentem desejo de fazer uso de drogas, ficam violentos e até mesmo fogem de casa.

A reação dos adultos

É comum que os adultos não compreendam as confusões da adolescência, porque já se esqueceram dos sentimentos que eles próprios tiveram nessa fase. Por isso, tendem a repreender e cobrar atitudes adultas dos jovens. Embora a maioria dos adolescentes realmente tenha atitudes desagradáveis, é de extrema importância que os pais e todas as outras pessoas procurem respeitar as transições dos jovens, e principalmente, fiquem informados sobre os sintomas da depressão na adolescência, que muitas vezes não se mostra tão clara quanto em outras fases da vida. Muitos sintomas podem ser confundidos com desejo proposital de desobediência e rebeldia.

Ajudando o adolescente com depressão

O primeiro passo para a cura da depressão é buscar um diagnóstico completo para descobrir se o adolescente está mesmo com depressão, ou se suas atitudes são derivadas de outros problemas, culminando com comportamentos naturais da adolescência.

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Se diagnosticada a doença, é necessária muita compreensão, especialmente dos pais, que devem evitar cobranças e severidade. Este artigo, que foi a principal fonte para a realização deste texto, explica que o tratamento da depressão, com profissionais da saúde, ou seja, médicos e psicólogos, deve ser feito de forma profunda e completa para que a doença não retorne, e muito menos se agrave. É importante que um tratamento de manutenção seja feito depois que o adolescente já se tornou adulto.

Esta apresentação aponta que a depressão não tratada é um dos principais fatores que levam ao suicídio, especialmente na adolescência. Por isso, é essencial que os pais fiquem atentos e procurem dar atenção aos filhos, e façam atividades recreativas, além de manter muito diálogo com eles.

Como quase todas as doenças, a depressão tem cura, mas é preciso que o doente e os acompanhantes tenham muita força de vontade e façam de forma correta e rigorosa os tratamentos indicados.

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Marcia Denardi

Márcia Denardi é jornalista, musicista e uma mãe e esposa loucamente apaixonada pelos filhos e pelo marido. Tem como objetivo profissional usar a informação para fortalecer as famílias. Curta a fan page www.facebook.com/blogmarciadenardi.