Como lidar com um cônjuge viciado em pornografia

Maneiras de entender e como lidar quando o cônjuge é viciado em pornografia.

C. A. Ayres

A situação bateu à porta e entrou. Sem pedir licença ou permissão. A verdade nua e crua é: você tem um cônjuge viciado em pornografia. Como você descobriu ou como ele deixou pistas, não importa. Agora é encarar a situação e lidar com o problema. Antes de entrar em desespero, tente agir com a razão.

1. Leia sinais, mesmo antes de se casar

Há sinais que falaremos em outro artigo sobre como perceber que seu namorado e futuro cônjuge tem problemas com pornografia. Assuma que não existe um limite saudável. Não há como ver pornografia de vez em quando e achar que não vai fazer mal. Assim como não há como beber socialmente e garantir que nunca terá problemas alcoólicos, ou fumar de vez em quando e nunca terá um câncer de pulmão. A melhor medida é não entrar nessa, não aceitar, e estar precavido se acontecer. Uma vez que o cônjuge já admitiu o problema, já é um grande passo.

2. Encare o problema de frente e não o ignore

No Brasil é comum casais irem à motéis e assistirem filmes pornográficos enquanto passam o tempo juntos. Isso traz uma sensação de permissividade e legalidade às relações que não incluem valores ou bem-estar de famílias de forma alguma. Pergunte a si mesmo se vale a pena frequentar tais lugares, e se realmente assistir a um filme pornográfico é a melhor forma de aprender sobre sexo. Será? Em sua grande maioria, mulheres são tratadas apenas como objetos sexuais. E homens são definidos por suas aptidões sexuais. Pense em sua futura ou atual família. É este o tipo de ensinamentos que quer passar para os seus filhos? É este o tipo de relação que quer basear o seu casamento, ou seja, quando houver a impossibilidade de agir desta forma, como sobrepujarão os problemas da vida? A fidelidade estará ameaçada? Pense bem em todos os detalhes.

3. Não se culpe

Não é por sua causa que seu cônjuge vê pornografia. Não tem nada a ver com a quantidade ou qualidade do sexo entre o casal. Não é porque você não é bonita ou você é viril o suficiente. Claro que se você negar ter sexo com seu marido ou esposa, ele ou ela poderá procurar pornografia porque se sente frustrado, embora isso também é escolha dele e não seja a melhor forma de resolver o problema. Mas isso é a minoria. A grande maioria é porque algo está fora de controle dentro da pessoa. Então não precisa competir pela atenção dele ou tentar apimentar a relação aceitando fazer coisas que ele gosta de ver. Transfira sua aversão à indústria pornográfica, não ao seu cônjuge.

4. A cura precisa do perdão

Quem admite o problema quer se livrar dele, e precisa de apoio e perdão. Geralmente quando o cônjuge descobre o vício em pornografia do outro, acusa-o de adultério, que nem sempre está presente. Outros confundem pornografia com adultério, o que não deixa de ser um tipo de quebra de convênios e promessas feitos nos votos do casamento, mas não constituem o ato em si. Se as brigas escalarem e a ideia de divórcio aparecer, precisa-se de ajuda profissional para vencer o problema.

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Seu cônjuge precisa de sua ajuda para se tornar o homem ou a mulher que possam ser. Aí é que o amor entra em campo. Pornografia é egoísmo e é óbvio que machuca a outra parte. Leva tempo para curar todos os sentimentos feridos. Mas antes de desistir, principalmente se houver filhos no casamento, pense que podem ultrapassar esse problema e saírem ainda mais fortes disso tudo.

Acredite, existe ajuda e você não está sozinho.

Para ler mais sobre o assunto e sobre o tipo de sexo ideal e saudável que um casal merece conquistar, seja você cristão ou não, leia o artigo Casamento Cristão: O tipo de sexo que Deus quer para um homem e uma mulher.

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.