Como neutralizar os efeitos dos jogos de videogame sobre as crianças

Como neutralizar os efeitos dos jogos de videogame sobre as crianças.

Carla Pinheiro Alves

Os jogos eletrônicos estão cada vez mais presentes nos lares brasileiros e do mundo inteiro. Cada vez mais elaborados estão conquistando grupos nunca atingidos. Não se limitam mais aos adolescentes, mas chegam com força na vida das crianças.

Nos dias atuais, com toda a tecnologia existente, as mídias sociais e a velocidade da informação, os jogos eletrônicos se propagam rapidamente. Podemos jogar no computador, no celular, no tablet e no videogame. Está cada vez mais fácil e acessível, a interatividade está presente nos jogos. Tudo isso, se usado com sabedoria e limitação, é muito proveitoso, educativo e até mesmo saudável como nos jogos de interatividade física com os consoles que tem sensores de movimento como o kinect do Xbox. Tenho um em casa e posso afirmar que é muito divertido, engraçado e que todos podem jogar.

O perigo do vício

Como a maioria dos jogos, há efeito negativo, e no de videogame não é diferente. A meu ver, o maior perigo nos jogos de videogame é o vício (assim como citado em uma reportagem deste site), a vontade muitas vezes dominante nas crianças e nos adolescentes de jogar cada vez mais, deixando de estudar, de cumprir com as tarefas e até mesmo de viver as coisas boas da infância e adolescência. Eles até deixam de dormir e comer, querem apenas o videogame, deixam o convívio familiar e social por causa dos jogos.

Jogos fora da classificação

Todo jogo, assim como programas de televisão, tem sua classificação indicativa, porém, até mais explícito. Por isso os pais devem prestar atenção nessa classificação, pois como o acesso é muito fácil e existem diversas formas de videogame, pode parecer polêmico, mas é muito mais comum do que se imagina crianças de seis, sete e oito anos jogando jogos de violência, morte e muitas vezes com cenas obscenas e sexuais. Jogos são bons, desde que seja respeitada a classificação para cada idade, além de outros cuidados.

Neutralizando os efeitos colaterais

Acredito que os jogos não são ofensivos quando seu filho se beneficia deles, não apenas na diversão, mas nos efeitos salutares, como atividade física, estímulo de raciocínio, estratégias, estímulo à educação e cultura. Listamos algumas ideias simples de como neutralizar os efeitos negativos dos jogos.

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  • Crie limites para jogar, como horários e dias específicos.

  • Jogos sob classificação; nunca use jogos de violência, morte e com cenas obscenas.

  • Nada de pular as refeições ou comer jogando.

  • Nunca deixar de frequentar a escola; as crianças e adolescente inventam as mais criativas ideias para faltar e ficar jogando, até doentes eles dizem que estão. Digo ao meu filho: “Se está doente precisa ir ao médico, geralmente doente leva uma injeção!”,

  • Então ele sempre resolve ir à escola.

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  • Não pode jogar até tarde da noite.

Jogar num ambiente onde todos possam ver, isso é muito importante, principalmente hoje com os jogos on-line, é muito difícil saber quem está do outro lado. Se ficarem num ambiente trancafiado, por certo, conversas levianas e insinuações entrarão na sua casa. Pode parecer sensacionalismo, mas é a pura realidade, levando até mesmo para pornografia e outras atitudes que podem trazer tristeza e dor.

 Permitir e incentivar jogos sociais (com acompanhamento), educacionais e com cultura.

Estejam por perto, jogem juntos num determinado tempo, se importem com quais os jogos que estão jogando.

 Façam outras atividades em família e com cada filho individualmente, como ir ao cinema, zoológico, parque de diversão, ir a uma sorveteria ou praticar algum esporte.

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Estejam juntos e demonstre amor. Não significa que a criança, por estar jogando, está sem fazer bagunça, deixando assim que trabalhemos, essa atitude pode dar muito mais trabalho num futuro muito próximo.

É importante que os pais não incentivem o uso excessivo dos jogos, mesmo que a criança use para se divertir é importante que ela saiba que existe um mundo interessante a sua volta e é dever dos pais orientá-la para esse caminho. Embora existam muitas formas boas de neutralizar os males dos jogos eletrônicos, a meu ver, a forma mais eficaz é o amor sincero pelo filho, como diz a compositora Joanne Bushman Doxey em sua canção:

“Onde há amor, também há Deus, onde há amor eu quero estar.”

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Carla Pinheiro Alves

Gosto da boa literatura, dos mais diversos assuntos principalmente quando são relacionados à família e seu desenvolvimento. Sempre procuro ler e escrever, amo estar com minha família e dedicar tempo ao meu marido e a cada um de meus filhos.