Como prevenir doenças na infância

Aqui vamos falar sobre a prevenção das doenças em uma das fases mais importante: A infância. Como fazer um bom acompanhamento das vacinas e os tipos de alimentos recomendados.

Fernanda Ferraz

Na infância as crianças podem desenvolver vários tipos de enfermidades, dependendo do auxílio que os pais dão a seus filhos. Nessa fase o sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) das crianças é mais frágil, e nem sempre consegue lutar sozinho contra as doenças que aparecem. Então faz-se necessário os tratamentos medicamentosos para auxiliar na recuperação em prol da saúde dos pequenos. Com tanta exposição a vírus, bactérias e demais doenças é preciso alguns cuidados dos pais.

Os pais, logicamente, desejam que seus filhos cresçam, se desenvolvam e tenham saúde durante a jornada da vida, mas para evitar complicações na saúde ou surgimento de doenças é necessário o controle da vacinação infantil, uma boa alimentação e alguns cuidados de higiene.

A princípio um dos aspectos mais importantes é a alimentação fornecida, a qualidade e quantidade de alimento, os minerais e vitaminas. Uma alimentação balanceada só tem a beneficiar os rebentos, juntamente com as vacinas.

1- Proteção alimentar

Os bons hábitos alimentares devem ser criados na infância, pois assim, têm maiores chances de perdurar por toda a vida. Procure sempre diminuir o excesso de alimentos com elevado teor energético, ou estipular valores diários ou semanais para cada tipo de alimento. Cuidado com o excesso de biscoitos recheados, doces, frituras, esses alimentos podem desenvolver risco à saúde das crianças e adolescentes que podem desenvolver Diabetes Infanto-juvenil (tipo I), níveis de triglicerídeos (são moléculas de gordura, vindas principalmente das massas, que têm como principal função a produção de energia para o funcionamento do organismo) e colesterol LDL (derivado de gorduras saturadas e gordura trans) de níveis acima do normal e hipertensão infantil.

Os Pais devem sempre introduzir frutas e verduras no cardápio dos filhos, ainda que não gostem e resistam a alguns alimentos. Existem algumas formas criativas para fazer com que os pequenos interessem-se por eles. Por exemplo, os pais podem fazer um arroz colorido com cenoura ralada decorando, como se fosse os cabelos do rosto de um boneco; usar uvas-passas para enfeitar os olhos e nariz; pode colocar uma batata inglesa cozida num formato pequeno; e a boca fazer com tomate; pode-se usar as folhas e talos de várias formas, e além disso os pais podem contar histórias enquanto o filho come o bonequinho feito com a salada e verduras e devem sempre parabenizar a criança após concluir a refeição.

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Alimentos recomendados

  • Leite desnatado, ricota, queijo fresco.

  • Iogurte ou coalhada desnatados.

  • Carnes magras (coxão duro, patinho).

  • Peito de frango.

  • Filé de peixe.

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  • Óleo de girassol ou canola.

  • Cereais (arroz, trigo, centeio, cevada).

  • Macarrão sem ovos de preferência integrais.

  • Feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha seca.

  • Frutas, gelatina dietética.

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  • Verduras e legumes.

  • Margarina light.

  • Requeijão light.

  • Pães: quantidade moderada.

As frutas e verduras são tão essenciais para a saúde que comprovadamente previnem contra alguns tipos de câncer, especialmente aqueles que atingem o tubo digestivo (boca, esôfago, estômago, intestino, e reto). Já as carnes também são importantes, mas as carnes brancas como o peixe, são bem melhores pois possuem menos gordura, e a digestão é mais rápida, ajudando a não sobrecarregar o organismo. O consumo de ovos deve ser de no máximo 2-3 ovos por semana, pois a gema contém grande taxa de gordura que ao passar do tempo seu consumo torna-se prejudicial para o colesterol. O indicado é que apenas crianças acima de 3 anos consumam as gemas.

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Algumas doenças são tão prejudiciais nessa fase que podem causar a morte, mas com um bom acompanhamento e intervenção não há motivos para desesperar-se. Vamos falar sobre algumas doenças e épocas mais propícias para seu surgimento, e tratamentos possíveis.

No verão

No verão são frequentes as gastroenterites, que causam sintomas como diarreia e vômito. Então hidratar bem com água e sucos naturais é excelente, principalmente nos períodos mais quentes em que as crianças transpiram mais e perdem energia mais rápido.

No inverno

Há maior incidência de doenças infecciosas e respiratórias, como rinite e pneumonia, sarampo, catapora, caxumba e a chamada tosse comprida. Evite fazer uso do ventilador muito próximo a cabeça da criança, limpe-o pelo menos uma vez ao mês para que não acumule poeira e os pequenos acabem inalando esses resíduos. Já com o ar-condicionado procure manter numa temperatura equilibrada para não causar ou prejudicar as doenças infectocontagiosas como viroses, tuberculose, inflamação na garganta, entre outras.

2- Vacinação

Todo pai e mãe devem estar atentos a carteira de vacinação de seus filhos, datas de revacinação e idade para cada vacina. Manter a carteira de vacinação em dia e guardá-la em um local de fácil acesso, como um documento de identidade, é o primeiro passo para a prevenção de doenças em crianças.

Vacina BCG.

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Vacina hepatite B.

vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis e Haemophilus influenzae b (conjugada).

Vacina poliomielite 1, 2 e 3.

Vacina oral rotavírus humano G1P1 8.

Vacina pneumocócica 10 (conjugada).

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vacina meningocócica C (conjugada).

Vacina febre amarela (atenuada).

Vacina sarampo, caxumba e rubéola.

O calendário básico de vacinação estabelece três vacinas: contra pneumonia, em quatro doses; contra meningite, em quatro doses; e contra catapora, em dose única até os 13 anos. Além dessas, algumas outras vacinas mais modernas, que ainda não estão incluídas no calendário de vacinação pública, também começaram a ser indicadas recentemente: as últimas versões contra meningite e pneumonia e a vacina contra o vírus HPV.

3- Atividades físicas

Todo mundo sabe que os exercícios físicos fazem bem ao corpo, desde pequenas as crianças devem aprender a gostar de atividades físicas, natação, futebol, dança, artes marciais, podem fazer parte da rotina desde bem jovens. Isso será fundamental para que no futuro não se torne um adulto sedentário e com problemas sérios de saúde devido a falta de exercícios que estimulem músculos, órgãos, tecidos e células.

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4- Doenças parasitárias

Uma das patologias de maior incidência na população infantil é a parasitose. Os parasitas são vermes ou protozoários que se alojam no organismo, se alimentam de sangue ou do conteúdo intestinal e causam uma série de prejuízos. Essas doenças são decorrentes de má higiene tanto com os alimentos, como nas mãos dos infantes.

5- Como prevenir

A prevenção é fácil e simples, sempre esterilizar recipientes de uso das crianças como mamadeiras, entre essas também limpar bem os alimentos, lavar bem frutas, verduras e legumes inclusive cascas. Você pode utilizar para essa limpeza uma pequena solução de água sanitária (duas gotas para cada litro de água, inclusive no tratamento de água para beber, ou algumas gotas de vinagre mantendo o alimento submerso diluído em água límpida e pura por alguns minutos, depois é só lavar em água corrente e servir a gosto.

6- Os hábitos de higiene

Hábitos de higiene são fundamentais para evitar a contaminação e a infestação parasitária pelo mecanismo fecal-oral. Ensinar, habituar e insistir para que a criança lave as mãos após ir ao banheiro e antes das refeições é a melhor maneira de evitar que os minúsculos ovos e cistos de parasitas alojados nas mãos e unhas sejam ingeridos, fechando o ciclo vicioso ou disseminando a doença para outras pessoas. Manter as unhas sempre bem aparadas evita o acúmulo de sujeira e a contaminação subsequente.

7- Cuidados com os animais domésticos

A maioria dos animais domésticos é potencialmente capaz de transmitir algum tipo de doença infecciosa ou parasitária para o homem. Cães e gatos podem transmitir doenças de pele, como a escabiose (sarna), vários tipos de verminoses ou doenças fatais, como a raiva. Pássaros podem transmitir doenças infecciosas, como a psitacose. Até as inocentes pombas são disseminadoras de doenças graves, como a toxoplasmose, que podem causar vários tipos de malformações fetais graves, quando acometem as gestantes. Procure não manter animais desnecessariamente em casa e, quando os tiver, leve-os periodicamente ao veterinário para exame, prevenção e tratamento das doenças com risco de contaminação.

8- Acompanhamento pediátrico

Mesmo que a criança goze de boa saúde, não deixe de levá-la periodicamente ao médico ou ao posto de saúde, para que ela seja medida e pesada e para que eventuais problemas sejam descobertos a tempo.

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9- Acompanhamento odontológico

Uma dentição de leite estragada pode comprometer a saúde dos futuros dentes permanentes. Leve seu filho ao dentista ao menos duas vezes por ano, mesmo que ele não tenha cáries.

O principal é que assim que constatado pelos pais alguma mudança sintomática, deve-se prestar assistência médica para que a criança o mais breve possível volte a saúde para seu bem-estar natural.

Para mais informações ligue para a ouvidoria geral do SUS- 136, ou no endereço: Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios Bloco G, Brasília-DF / CEP: 70058-900.

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Fernanda Ferraz

Graduada em RH, acredito que nossa vida têm verdadeiro propósito, sou SUD, sei que toda dor e aflição é uma fonte de virtude e força espiritual, que nos molda e purifica.