Como resolver problemas familiares

Algumas dicas importantes para dissolver conflitos e manter um bom convívio familiar.

Suely Buriasco

Somos seres sociais e é na família que ensaiamos os primeiros atos da vida em sociedade. Desde cedo somos levados a entender que para esse convívio ser pacífico é preciso que abramos mão de coisas que se mostram relevantes, pelas quais nos sentimos lesados. É preciso aprender a dividir, a respeitar, a entender, a perdoar… Quando nos rebelamos surgem os conflitos familiares.

Brigas, discussões, discórdias e intrigas infelizmente acontecem em toda relação familiar. Mas se essa incidência for contínua poderá se transformar em rupturas de consequências nefastas para todos, pois, é muito difícil que uma pessoa tenha uma vida satisfatória sem harmonizar-se com seus familiares. Assim, se esse tipo de problema tem tirado a sua paz, melhor buscar reverter essa situação o quanto antes.

Algumas dicas poderão ajudá-lo nessa missão pacificadora:

  • Num primeiro momento você precisa entender o motivo real que impulsiona essa situação conflituosa. Para conseguir isso você terá que ser mais racional do que emocional, além de muito sincero com você mesmo, afinal, o motivo pode ser uma ação sua e é preciso uma atitude madura para reconhecer isso.

  • Se você chegar à conclusão de que foi o provocador do conflito, não adianta se culpar, mas será preciso agir de maneira a redimir-se. Talvez seja necessário chamar as pessoas envolvidas para uma conversa e desculpar-se com elas; talvez o melhor seja simplesmente mudar de atitude e ter paciência de esperar que as pessoas entendam. Você terá que decidir qual a melhor ação para cada caso; o importante é que consiga desmanchar os nós desse emaranhado.

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  • Mas se o provocador foi outro membro da família não vai ajudar em nada culpá-lo e, muito menos, acusá-lo disso. Uma atitude interessante é expor em palavras e/ou ações que você gostaria de ver essa situação se findar, ou seja, não aceite mais jogar esse jogo. Conflitos são construídos a partir de uma ação que gera outras bilateralmente; ninguém briga sozinho.

  • Talvez a briga não seja sua, mas certamente conflitos familiares atingirão a todos cedo ou tarde, assim uma boa medida pode ser mediar essa situação com as pessoas envolvidas. Nesse caso tenha muito cuidado em ser imparcial, procurando entender as razões de cada um sem julgamentos. O caminho é facilitar a compreensão das razões de um para o outro e vice-versa. Evite dar conselhos; dê preferência às reflexões. Assim eles poderão entender por si mesmos que solucionar é sempre mais simples, porque viver sem problemas é melhor.

  • Quando os problemas têm razões em situações adversas; como separações, doenças, vícios, violência doméstica e tantos outros que abalam famílias no mundo todo, sua postura deve ser de equilibrar as próprias emoções e facilitar o equilíbrio no grupo. Caso os problemas familiares não possam ser resolvidos, não se culpe, nem sempre esse poder estará em suas mãos. Siga buscando fazer sempre o que lhe compete pela harmonia familiar e simplesmente compreenda os que ainda não possuem essa consciência.

  • Diante de qualquer conflito lance mão do diálogo franco e honesto. Pode ser difícil no começo, mas com o tempo você se acostumará a usar dessa ferramenta para expor seus sentimentos, emoções e opiniões sobre os acontecimentos familiares. Procure chamar as pessoas envolvidas e organize para que cada uma se expresse sem interrupções, a fim de que consigam também expressar o que estão sentindo e como acreditam que o problema pode ser solucionado.

Problemas familiares pertencem ao grupo, assim, é importante que procurem chegar a um acordo juntos. Comece você mesmo a criar esse mecanismo de dissolução dos conflitos na sua família, por mais que seja difícil, tenha a certeza de que será muito recompensador!

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.