Como um sapo me ensinou que bom humor traz bons resultados
Pois bem, e como ser chamada a atenção não é legal e ninguém gosta, e minha mãe sabendo disso, tratou logo de fazer o sapo dizer o que eu precisava aprender.
Daise Lima
Chego em casa do trabalho, minha mãe e meu pai estão sentados na sala, me olhando com cara de suspense… Olho para eles. Eles olham para mim. Então, me preparo pra receber a notícia ruim!
A minha mãe falou:
Você viu quem estava no portão hoje cedo?
Não! – eu respondi, já que na hora que eu saí não tinha ninguém na rua.
Você não viu mesmo? – ela insistiu.
Não, mãe. Quem estava no portão?
Como não viu? Ele ainda falou: (aqui ela fez uma voz bem grossa) Cadê a Daíse? Eu vim aqui porque ela precisa arrumar a bagunça dela!
Mãe, quem era? – eu disse, sem achar graça.
E foi nessa hora, que ela me deu a pior notícia do mundo:
Um SAPO!!!! Um sapo cururu!!!!!
O meu pai contou que a minha mãe tentou empurrar o sapo para o outro lado da rua. Mas a minha mãe falou que quanto mais água ela jogava no sapo, mas ele pulava para perto dela. Ela ficou com medo e começou a gritar. Chamou a minha irmã para ajudar, mas a minha irmã ficou com medo. Minha vizinha apareceu quando ouviu os gritos e ficou com medo também!
O meu pai acha que o sapo ficou irritado com tanta gritaria e resolveu ir embora sozinho!
Agora, eu estava aqui pensando: se eu tivesse visto o sapo e ele tivesse falado comigo com a voz que a minha mãe imitou: eu teria infartado!
Sapo já é feio, falando grosso então…
Mas, depois de darmos muitas risadas com essa história, no meio dela minha mãe abordou um assunto chato: a minha desorganização! Não tem jeito, não tenho a habilidade, nem o dom que ela tem de conseguir deixar tudo no lugar, em seu devido lugar. E detalhe: sem etiquetas! E ela lembra exatamente onde é o lugar de cada coisa! É muito talento, que eu preciso desenvolver!
Pois bem, e como ser chamada a atenção não é legal e ninguém gosta, e minha mãe sabendo disso, tratou logo de vir com uma piada para acalmar os ânimos e dar uma bela lição, sem me magoar ou chatear.
Tanto é que depois do puxãozinho de orelha, tratei logo de fazer uma faxina nas minhas coisas, enquanto eu ria sozinha, toda vez que eu me lembrava da minha mãe fazendo a voz do sapo.
Essa é a dica: para tratar de assuntos chatos, inicie a conversa com bom humor. Sempre!