Convidar outras pessoas a fazerem o bem
Há muitas maneiras de motivar as pessoas a fazerem coisas boas. A maioria não é saudável. Algumas são boas. Mas a melhor maneira é através de convite.
Becky Rickman
Há todo um leque de maneiras diferentes para conseguir que as pessoas sejam boas e façam o bem. Culpa, vergonha, humilhação, manipulação, coerção, medo, crítica, depreciação. Embora possam ser eficazes, são emocionalmente prejudiciais e, em longo prazo, não produzirão bons resultados. No mínimo, nos afastarão daqueles a quem amamos. Esses meios também não ensinam princípios corretos. Devemos querer que os outros façam o bem porque é a coisa certa a fazer, não por medo ou alguma outra emoção negativa. É onde a boa, aberta e honesta comunicação funciona bem.
A melhor maneira de levar os outros a se comportarem bem e a fazer o bem é por convite.
Como fazemos isso?
Ser um exemplo é um método eficaz. Comporte-se do modo que você gostaria de ver as pessoas se comportarem. Você está feliz. Elas querem ser felizes. Eventualmente, elas darão a si mesmas a oportunidade e tentarão o comportamento do bem. Funciona para elas. Elas se tornam felizes. Então adotarão a mudança de maneira permanente. Isto, no entanto, é uma solução que se verá em longo prazo.
Em curto prazo, aqui algumas sugestões para influenciá-las à mudança:
Declarações que começam com “Eu”
Deixe-as saber como você se sente sobre o seu mau comportamento usando afirmações começadas com “Eu”. É um método direto de incluí-las. “Eu me sinto triste quando você fala comigo desse jeito.” “Eu não me sinto bem com a realização desta tarefa. Não me parece a melhor maneira de lidar com a situação.” “Eu realmente estou sentindo-me cansado de tentar fazê-lo feliz.”
Dê-lhes algum tempo
Depois de ter estabelecido como você se sente usando as afirmações “Eu”, dê-lhes algum tempo para processar o que você disse. Deixe claro que você quer voltar a esse assunto em breve.
Faça sugestões
Geralmente, há mais de uma maneira de se fazer algo. Uma vez que você deu-lhes algum tempo e espaço, envolva-os em uma conversa e ofereça algumas sugestões sobre formas de resolver a situação. Pergunte-lhes se eles têm alguma ideia.
Em seguida, convide
Agora que você já teve um diálogo eficaz livre de acusações duras e manipulação, expressou seus sentimentos e ofereceu soluções possíveis, convide-os a tentar uma delas.
Finalize com mais declarações “Eu”
“Eu me sentirei melhor lidando com as coisas desta maneira.” “Vou sentir-me muito mais à vontade quando não houver tanta gritaria por aqui.” “Eu gosto da forma como trabalhamos com isso.”
Reforce o bom comportamento
Usar elogios genuínos como recompensa por um bom comportamento é importante para reforçar. Fazer as coisas de forma diferente pode ser difícil. É bom perceber isso e ter empatia e compaixão. As pessoas que você convidou, estão tentando algo que pode ser muito estranho para elas. Dê feedbacks positivos muitas vezes.
Quer se trate de crianças malcomportadas, um chefe fora de controle, um intrometido incorrigível ou um cônjuge que precisa de um pouco de refinamento nos modos, estas sugestões devem provar-se eficientes e úteis.
Ao aplicar as sugestões, lembre-se:
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Converse com a pessoa em ambiente privado e livre de distrações.
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Olhe nos olhos.
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Fale com uma voz suave.
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Trabalhe em um comportamento de cada vez, de modo a não sobrecarregar ou causar insegurança.
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Esta não é uma solução com 100 por cento de garantia, mas é um bom começo.
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Ore a cada passo do caminho, convidando o espírito para tocar os corações de ambos, com paciência e amor.
Vendo em longo prazo todos os nossos relacionamentos, vale a pena o esforço de melhorá-los e manter todas as partes felizes. Convidar outras pessoas para participarem da corrente do bem é uma boa maneira de começar algo positivo que permanecerá.
Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original Inviting others to do good, de Rebecca Rickman.
