Divórcio com filhos: 10 dicas para ensinar seus filhos quando a mãe não dá um bom exemplo

Há muitos filhos sem pai onde a mãe assume os papéis dos dois. Mas há filhos sem uma boa mãe, e quando a situação é esta, veja o que fazer se você é o pai.

C. A. Ayres

A maioria dos casais que se divorciam divide a responsabilidade financeira e parental em relação aos filhos. Mas temos uma situação que é bem conhecida: Conhecemos amigas e familiares, mães heroínas que criam seus filhos sozinhas, muitas mesmo sem ajuda alguma do pai de seus filhos. Parece estar virando uma epidemia, o fato de que alguns homens não se responsabilizam pelos filhos que colocam no mundo e acabam sempre atrás da próxima conquista, deixando para a mulher cuidar sozinha das crianças, independente se a relação deu certo ou não.

Mas, mesmo sendo minoria, também existem aqueles homens que, com ou sem a guarda das crianças, são presentes e cuidam de seus filhos enquanto a mãe deixa a desejar.

Alguns casos a serem avaliados:

  • Um pai tem a guarda das crianças, a mãe e a irmã o ajudam a cuidar delas enquanto ele trabalha. A mãe sumiu, mudou, nem sequer liga para os filhos.

  • Outro pai não tem a guarda ainda, mas está lutando por ela, e passa 3 dias da semana com os 3 filhos e é uma luta para educá-los de forma equilibrada e mostrar a eles que o estilo perigoso de vida da mãe e a falta de cuidado com o bem-estar espiritual, físico e psicológico dos filhos não é o que eles merecem.

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  • Um homem casado, que tem uma boa esposa, mas ela age muitas vezes como se preferisse um filho a outro, mimando-o e sendo mais carinhosa com ele. Ao mesmo tempo, trata o outro filho bem diferente, com ciúme e até certo desprezo. Ela é uma boa mãe, mas o filho que recebe menos atenção já começou a apresentar problemas de autoestima.

  • Há muitas mães que cuidam dos filhos, divorciadas, sozinhas ou ciumentas, que jogam-lhes contra os pais, ao invés de colocarem os filhos fora de seus problemas no casamento ou com o ex e criar adultos melhores.

Em todos esses casos e em muitos outros, vemos que a dificuldade está em como agir quando a mãe não é um bom exemplo para os filhos.

O que fazer então? Algumas dicas que servem para ensinar as crianças, que servem quanto aos pais também, mas vamos focar nas mães:

  1. Ensine as crianças a respeitarem a mãe, apesar de todos os pesares.

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  2. Ensine-as a perdoarem. Um adulto complicado muitas vezes é fruto de sua própria criação, e sem saber como agir, acaba repetindo os erros que viveu.

  3. Ajude as crianças a verem que são únicas, que não é culpa delas o que a mãe faz ou deixa de fazer, mas um problema da própria mãe.

  4. Dê-lhes atenção. Ame-as pelo que são. Abrace-as, diga como elas lhes são importantes. Demonstre por ações que as ama. Ouça. Converse.

  5. Se você é casado e não gosta como sua esposa trata os filhos, ou alguns deles, tenha uma conversa séria com ela e verifique se os problemas do casamento não estão interferindo no meio da questão. Será que ela tem ciúmes de você com aqueles filhos que ela despreza e consciente ou inconscientemente tenta pagar na mesma moeda porque acha que você faz o mesmo? Coloque-se no lugar dela.

  6. Se a mãe é abusiva ou negligente, irresponsável ou está causando danos aos filhos, é hora de dar um basta, coletar provas e lutar pela guarda dos filhos, se necessário, no caso de você ser divorciado, ou ter uma conversa franca e até sugerir a terapia, se for casado. Não admita violência. Deixar as crianças com uma mãe assim por, sendo homem, não poder ou não saber como se virar para cuidar das crianças ou intervir para protegê-las, só fará a situação piorar, além de ser egoísta e omisso.

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  7. Se você é divorciado, e a mãe dos seus filhos dá mais valor ao namorado atual do que a eles, é hora de ter uma conversa com a mãe. Principalmente se o namorado não é lá muito bom exemplo também. Eles dirão que é ciúme? Não importa! Há filhos de pais divorciados que levam uma vida normal, entre a casa da mãe e do pai, ambos refazem suas vidas mais tarde e os filhos crescem bem com as mudanças e se adaptam. Mas, há outros casos que os filhos ficam largados porque a mãe acha que são um estorvo para sua nova vida e que ela pode fazer tanto ou mais que o próprio ex faz.

  8. Mães (e pais) egoístas e egocêntricos acham que estão fazendo um favor aos filhos de cuidar apenas das necessidades básicas deles e não conseguem perceber que estão falhando em muitos pontos. Ninguém é perfeito, mas uma mãe ou pai deve se preocupar com filhos de forma completa. Algumas dizem que estão fazendo o melhor que podem. Será que estão mesmo?

  9. Aí temos também as supermães. Aquelas que talvez sofreram por sua causa ou não, ou por qualquer outra instância, transferem suas carências para os filhos, superprotegendo-os, reprimindo-os muitas vezes sob a desculpa de ser uma boa mãe e estar cuidando. Isso causa outros problemas e deve ser observado, conversado e tratado, se necessário.

  10. Mães que infiltram culpas nos filhos fazendo-os sentir responsáveis pelos problemas que elas têm, sejam de saúde, financeiros, mentais, depressão, baixa autoestima, e outros. Isso pode ser até uma sogra que exige que o filho ou filha façam por ela o que é dever de acompanhante, familiares, marido ou médicos.

Felizmente, a grande maioria das mulheres são boas mães, e, mesmo que ajam de qualquer forma acima, logo se tocam, tentam recuperar o tempo perdido e percebem que os filhos são o melhor presente que ganharam na vida. Infelizmente, isso é mais difícil de acontecer com os homens. Mas, se você é homem e lida com esposas, mães ou ex-esposas que não são bons exemplos para os filhos, observe, e ajude os filhos. Tente ajudar também a mãe deles, dando o exemplo a eles, tratando-a bem. Se os filhos chegarem a reclamar, com certeza querem ver a situação resolvida, não causar mais problemas.

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As mulheres em geral, com raríssimas exceções, não têm interesse algum em serem más mães. Elas não planejam serem maus exemplos para os filhos quando os geram. Elas talvez apenas perderam a conexão com as crianças devido aos problemas que a vida lhes trouxe, mas podem reavê-los se forem auxiliadas da forma correta. 

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.