Dor crônica: O que é e o que fazer
O alívio da dor é um direito humano e não deve ser negado por nenhum médico.
Pamela Dayane Alves Silva
A dor faz parte das nossas vidas, ela é um sinal que algo não está bem com o nosso corpo e isso é natural, mas em alguns casos ela passa a ser crônica (quando existem dores por lugares específicos ou generalizados pelo corpo e que duram meses). Nesse estágio ainda é de causa desconhecida, porém, quem sofre com esse mal passa a deixar de viver para, simplesmente, sobreviver às crises de intensa dor levando a pessoa ao isolamento e a abandonar tudo o que gosta, o trabalho, diversão e, inclusive, deixar de se alimentar.
O que se sabe é que essa dor crônica está associada, em muitos casos, a traumas do passado ou atuais, como artrite, câncer e doenças relacionadas ao trabalho. Quem sofre diariamente com as dores tem maior probabilidade de desenvolver depressão.
É fácil diagnosticar?
Não. Infelizmente, muitas pessoas, ao relatarem aos médicos sobre as dores, são ignoradas por não apresentarem alterações em exames clínicos e, principalmente, pelo desconhecimento de muitos médicos sobre o assunto. Mas boas mudanças vêm ocorrendo nesse sentido, segundo a Dra. Inês Melo(SBED) “
Hoje, muitos médicos já tratam a dor antes do diagnóstico. Isso é importante para evitar a criação de uma memória da dor”, explica. “O alívio da dor é um direito humano e não deve ser negado por nenhum médico.”
Existe cura?
Infelizmente, não. Mas existem tratamentos disponíveis e que trazem grandes ganhos para a melhora da qualidade de vida dessas pessoas. Durante anos, temos as mesmas posturas erradas e mesmo quando estamos com dores mantemo-nas. E aprender a reeducar movimentos e ações do dia a dia é fundamental para que ações terapêuticas deem resultados.
Tem tratamento?
Sim, com algumas mudanças no estilo de vida de cada paciente. Segundo a terapeuta ocupacional Dra. Renata de Moraes do hospital Albert Einstein, “Resgatamos as possibilidades de o paciente repensar suas atividades e aprender a lidar com a dor. Ele percebe que pode realizar sua rotina diária, ainda que com algumas limitações. Mas ele é capaz de elaborar novamente os processos, recriar as oportunidades, apesar de estar com dor, a
partir daí, a pessoa deixa de ser conduzida pela dor e começa a conduzi-la”.
Quais medidas adotar?
O primeiro passo a ser tomado é começar a notar no seu dia a dia em quais atividades essas dores aumentam, por exemplo: calçar sapatos, escovar os dentes, pentear os cabelos etc. Descoberto isso, poderão ser tomadas medidas para lhe proporcionar mais conforto nas atividades cotidianas, como aumentar o cabo da escova para se ter um ângulo melhor e diminuir a dor. Essa medida é para um melhor relaxamento das estruturas acometidas e facilitar o dia a dia, e deve ser aplicada no que for necessário para sua própria qualidade de vida.
É preciso tomar medicamentos?
Sim. No ano passado, em 10/2012, foi apresentado mais um medicamento no combate às dores crônicas que é o Gabapentina que passa a fazer parte de um rol de medicamentos, também citado no link e disponível no SUS, para combater as dores crônicas. Se por acaso, você ainda não faz uso, pergunte ao seu médico sobre esse medicamento, somente ele lhe dirá se é indicado para o seu caso.
Nunca desista de lutar.