Educação e trabalho árduo: As chaves para o sucesso profissional

Como obter sucesso? Sorte ou trabalho árduo? Veja o que este estudo revela.

Karin Cristina Guedes de Oliveira

Um estudo recente realizado em 44 países concluiu que, nos países mais ricos a população não acredita que as próximas gerações terão um futuro econômico melhor, ao contrário de países emergentes e em desenvolvimento, onde a maioria das pessoas afirma acreditar que as crianças terão, sim, mais dinheiro. Esse otimismo se dá devido ao crescimento recente. Países que obtiveram crescimento maior nos últimos anos tendem a desenvolver uma fé maior no que está por vir, e acreditam que o trabalho duro e a educação é o caminho para progredir e propagar ainda mais o crescimento nacional. Ainda assim, também acreditam que o sucesso pode estar atrelado a fatores fora do nosso controle, como uma família rica ou até mesmo à sorte.

O trabalho árduo purifica o caráter

Em média, 38% da população de cada país entrevistado acredita que o sucesso pode estar atrelado a esses fatores que fogem ao nosso controle. Porém, os americanos, em sua maioria, discordam dessa afirmação, 57% deles não acredita que o sucesso seja conquistado por qualquer outra forma que não seja o trabalho árduo, e 73% acha que se deve trabalhar duro para alcançar o sucesso. Enquanto apenas 50% da população dos demais países acredita apenas no trabalho e na educação como trilha da prosperidade.

Sorte: o encontro da preparação com a oportunidade

Anthony Robbins, escritor norte-americano, afirma: “O encontro da preparação com a oportunidade gera o rebento a que chamamos sorte”. Essa frase é muito usada por professores e palestrantes em cursos preparatórios para concursos públicos no Brasil, onde a carreira no funcionalismo público é muito cobiçada e requer o devido preparo para que, ao encontrar com a oportunidade, a sorte de fato aconteça.

A busca pela educação de qualidade e o empenho no trabalho são fatores reveladores do que uma nação espera do futuro. No Brasil, o Censo de 2012 revelou que em dez anos a população com ensino superior aumentou quatro vezes, “a população com graduação completa foi de 5,5 milhões para 25 milhões”. É o povo aproveitando a oportunidade e se preparando para ir ao encontro da sorte, ou melhor, da chance de um bom emprego. Esse crescimento se deu devido a programas de incentivo como o Sistema de Seleção Unificada (SISU) e o Programa Universidade Para Todos (PROuni). O trabalho árduo prova estar atrelado à educação ao analisarmos mais um dado do Brasil, onde a taxa de desemprego caiu pela metade, também nos últimos 10 anos segundo mostra o IBGE. Em 2003, 12,4% dos brasileiros estava desempregado, em 2013 esse número caiu para apenas 5,4% da população. Isso faz com que o poder de compra aumente, e os empregos informais também.

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Educação: a chave para o desenvolvimento

Apesar de 60% da população mundial, ainda segundo oPew Research Center, afirmar que a educação é o caminho para vencer na vida, há quem diga que não é necessário estudar para se fazer um bom salário. De fato, existem casos em que não se tem formação e se exerce uma determinada profissão informal, na qual o salário pode ser mais atrativo. Porém, referindo-se ao crescimento nacional de uma nação, podemos concluir que a educação é o carro chefe para a estrada do sucesso profissional, até mesmo para quem não estuda. Explico por quê: uma população qualificada e bem empregada aumenta seu poder de compra, passa a gastar mais, a exigir mais qualidade e variedade, o que leva o mercado a oferecer diversos tipos de produtos e serviços, aumentando assim a demanda dos profissionais informais. Profissionais esses que estão cada vez mais buscando conhecimento, qualificando-se para atender seus clientes cada vez mais exigentes. Profissões que anteriormente não exigiam formação específica, hoje já se encontram em um número significativo de escolas profissionalizantes, na quais se oferecem cursos para os interessados em áreas como construção civil, doceiras, cozinheiros, e até vendedores.

O crescimento de um país pode ser considerado um sistema que funciona em ciclos, começando pelo acesso à educação e à formação qualificada, passando para um emprego de qualidade, que gera poder de compra. O poder de compra aumenta o mercado, esse oferece mais serviços e consequentemente mais empregos, os empregadores exigem profissionais mais qualificados, e esses por sua vez voltam aos estudos e se preparam ainda mais, iniciando o ciclo novamente. A educação é o que de fato pode gerar a mudança econômica de um país e fazê-lo se desenvolver, combatendo a pobreza e a desigualdade. Dentre os 44 países entrevistados, 60% da população dos países emergentes e em desenvolvimento afirma que a distância entre ricos e pobres ainda é muito grande. Nos países com a economia mais avançada, 56% afirma também que é grande a desigualdade.

20 ideias de trabalho em casa

É preciso copiar os bons exemplos de erradicação da pobreza, investir na educação e no trabalho. Afinal, já sabemos qual a chave para o sucesso: conhecimento e trabalho duro. Tanto ricos ou pobres, trabalhadores ou empregadores, todos reconhecem por onde o sucesso vem. As exceções são apenas exceções, raramente acontecem. Você, seus filhos, sua cidade, seu estado e seu país terão maiores chances de ganhar a vida se qualificando e trabalhando arduamente.

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Karin Cristina Guedes de Oliveira

Karin Cristina é pedagoga, mãe e esposa. Apaixonada pelo ser humano, acredita que o conhecimento é capaz de mudar a humanidade e a leitura é o caminho.