5 formas de desenvolver mais tolerância em relação aos familiares

A mediadora de conflitos Suely Buriasco explica neste vídeo como melhorar a harmonia familiar no lar.

Suely Buriasco

Importante compreender que tolerância não pode ser confundida com “aguentar” ou “suportar” essa ou aquela pessoa. Tolerância é muito mais do que isso, significa aceitar as diferenças de comportamento, crenças e ideias alheias. A tolerância com os familiares compreende o entendimento de que é possível conviver com as divergências com respeito e consideração.

Adquirir tolerância junto aos familiares é assegurar a harmonia nos relacionamentos, sendo que esse é um elemento fundamental para a satisfação íntima. Dessa forma, pensemos em como ser mais tolerantes:

1- Aceite opiniões contrárias

Somente quem é intolerante não aceita que as pessoas tenham a própria maneira de pensar e se manifestar. Mesmo que você mantenha a sua opinião, precisa aceitar outras possibilidades e você pode aprender muito com elas.

2- Cultive o respeito

A despeito de qualquer situação, mesmo que de alguma forma você venha a se sentir ofendido, mantenha o respeito em relação ao familiar. Jamais o desconsidere, ridicularize ou humilhe. Lembre-se que todos possuem direitos e nada justifica o desrespeito. No entanto, respeitar não é aceitar a ofensa, muito pelo contrário, é não deixar que ela nos abale emocionalmente.

3- Influencie pelo exemplo

Não queira impor sua vontade, tampouco colonizar a mente dos familiares. Quando achar necessário influenciá-los analise muito bem se é realmente para o bem deles e só se empenhe nisso na medida de seus direitos. Demonstre por palavras afetuosas e, principalmente, pelo exemplo que as coisas podem ser melhores se vistas de outra forma. A linguagem da afetividade e da pacificação são capazes de grandes transformações.

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4- Não se deixe manipular

Ser tolerante não é ser bobo, muito menos não ter opinião formada sobre as coisas. A tolerância aceita ideias diferentes, mas não muda as próprias, a não ser que se considere em erro. O tolerante jamais se cala diante da injustiça, age sempre de forma a preservar o direito de cada um de agir conforme a sua consciência, desde que isso não signifique qualquer tipo de opressão ou exclusão. No artigo a psicóloga Profa. Dra. Edna Paciência Vietta escreve que: “É preciso avaliar com inteligência quando uma situação pede intervenção imediata e firmeza ou quando uma situação pode ser resolvida de maneira mais serena e tranquila”.

5- Promova entendimentos

Seja o elemento pacificador no ambiente familiar; não provoque discórdia, não levante a voz e aja sempre de forma a cultivar a harmonia. Escute as pessoas com atenção e busque compreendê-las em seus sentimentos e facilite o entendimento dos outros também. Eleve as qualidades das pessoas e não o que desgosta aos familiares. Diante de um comentário negativo, demonstre fraternalmente o lado positivo das pessoas e situações, sempre de forma sincera e verdadeira.

Entendo o tolerante assim como descrito por Paulo no Hino ao Amor da 1ª carta aos Coríntios (13, 4-7): “(…) é paciente e prestativo, não é invejoso nem ostenta, não se incha de orgulho e nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita nem guarda rancor. Não se alegra com a injustiça e se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

A vida em família é de extrema importância para toda pessoa, assim como narro no vídeo anexo a esse artigo, o lar deve ser construído como um oásis em pleno deserto, pois é na família que devemos encontrar as forças necessárias para enfrentar as dificuldades do mundo. Sendo tolerantes somamos amor e disposição para manter a unidade familiar e os maiores beneficiados seremos, certamente, nós mesmos.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.