10 atividades para ensinar seus filhos a importância de sua herança familiar

A importância de ensinar os filhos a conhecerem a si mesmos a partir da herança histórica que trazemos de nossa família.

C. A. Ayres

Entender a história de nossa família é entender nossa própria história. Há um tema em Psicologia e/ou História que chamamos de consciência histórica, que consiste em conhecermos nossa história, entendermos o porquê da evolução de nossa nação estar onde está, e os acontecimentos que nos levaram a desenvolver certos atributos como povo. Isso também pode ser aplicado em nossa história pessoal. Entender a história da família em que viemos tanto quanto a cultura que compartilhamos. Fazendo isso, entenderemos e conheceremos mais a nós mesmos, e assim respeitaremos nossos antepassados e admiraremos mais nossa própria cultura, que influencia e forma nossa personalidade.

Algumas dicas de como ensinar nossos filhos a buscarem essa herança familiar:

1. Contato com parentes

Desde os avós aos tios que moram longe, primos distantes, de 2ª ou 10ª geração. Quanto mais pessoas tivermos contato, melhor, para conhecer suas histórias, onde elas se localizam na nossa própria.

2. Fazer a história da família

Montar uma árvore genealógica, conhecer as pessoas, estabelecer um parentesco mais que apenas consequencial.

3. Fotografar e preservar memórias

Quem é que não gosta de ver uma foto de quando um avô ou avó era mais jovem? Preservar essas memórias nos ajudam a entender que tipo de vida eles tinham quando da nossa idade.

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4. Conhecer a história de gerações

Entrelaçar o conhecimento de gerações consiste em tornar disponíveis as chances de conhecermos mais sobre como nossos antepassados viveram sua vida, resolveram situações, criaram a família. Nossas vidas são diretamente afetadas pela história do mundo, e nossa obrigação em transmitir esse conhecimento, e explicar a nossos filhos como somos da forma que somos, e agimos como agimos em determinadas situações os ajudará a ver que cada um de nós carrega uma bagagem de experiência que pode ser útil para sua própria geração.

5. Escrever um diário

Se alguns de nossos ancestrais mantiveram diários, podemos saber tanto sobre eles! Imagine quanto ensinamento um tataravô que viveu na virada do século de 1899-1900 pode nos dar. Da mesma forma, se quisermos manter vivos os ensinamentos através de experiências para as futuras gerações, nossos filhos, netos e bisnetos, devemos escrever um diário, e mantê-lo sempre que pudermos, para que nossas experiências possam ajudar alguém no futuro.

6. Preservar a saúde

Conhecendo nossos antepassados também saberemos quais problemas de saúde são repetitivos em nossa família. Entenderemos assim nossa herança genética, as possíveis doenças que poderemos desenvolver através do DNA herdado, e nos precavermos com o conhecimento da ciência em progresso constante.

7. Conhecer nossas raízes e ramos de nossa família

Há pouco tempo atrás, procurando ascendentes e descendentes interligados à minha árvore genealógica, encontrei parentes em alguns outros países que não tinha conhecimento. Conhecer essas pessoas tem sido uma alegria para todos em nossa casa, principalmente quando recebo e-mails com fotos de meus ancestrais enquanto pequenos, jovens, e suas histórias e tantos exemplos. Faz-me sentir feliz de fazer parte da família a que pertenço.

8. Documentação útil

Seja para provar uma cidadania, seja para descobrir e documentar situações e histórias de pessoas que possuem seus pertences, documentos desorganizados. Fazer isso facilita muitas tarefas que dependem de benefícios e outros. Entre os documentos que você pode procurar e catalogar, estão:

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  • Registro de nascimento.

  • Batismo e outros registros religiosos.

  • Negócios de família, contratos.

  • Certidões de óbito.

  • Certidões de casamento e divórcio.

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  • Jornais, papéis com notícias.

  • Registros militares.

  • Registros públicos, cartórios, declarações de imposto de renda.

  • Testamentos, diários, agendas, calendários.

9. Biografias

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer, e tenho feito isso desde que era adolescente, é escrever a biografia das pessoas de minha família. Começar pelos mais velhos, que naturalmente terão menos tempo que os mais jovens, e passar um tempo com eles ouvindo e registrando sua história é como ter um tesouro, com tantos exemplos de vida. Leia o artigo Como fazer uma biografia para aprender isso.

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10. Reuniões de família

Fazer reuniões anuais ou bianuais e convidar todos os parentes, descendentes, aqueles que se casaram e se tornaram parte da família, que tragam seus filhos, netos, todos juntos é um centro de informação incrível. Quando tiver essas reuniões, ou mesmo confraternizações de final de ano, tenha certeza de ter um livro onde todos possam assinar, e que possam escrever quem são os pais, os avós, datas de nascimento, casamento, datas e nomes dos filhos e tudo mais.

Os valores que temos é fruto dessa consciência histórica, que inclui o progresso de pensamento através dos séculos. Para estarmos aqui, tivemos pais, e seus pais, e os pais destes, que viveram em épocas diferentes e aprenderam, no seu tempo e do seu jeito, a criar suas famílias e viver da melhor forma que podiam e conseguiram. Nós herdamos tudo isso através de nossa linhagem familiar. Conhecer nossa herança familiar deve ser de tal importância para mantermos e dignificarmos nosso próprio nome. É dar o direito e felicidade aos filhos de atingirem o autoconhecimento, elevarem a autoestima, desenvolverem tolerância e terem orgulho da família a que pertencem.

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.