6 passos para iniciar a tradição de jantar em família

Descubra formas simples de iniciar na sua casa a tradição de partilhar refeições em família.

Pedro Santos

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Com certeza você já se deparou com a seguinte situação: Você liga a televisão e lá está a família perfeita – todos sentadinhos à mesa, sorrindo, conversando e partilhando uma bela refeição. Ou seja, comercial de margarina típico.

E é claro que na vida real, nas refeições da sua casa, as coisas são exatamente iguais aos comerciais da TV, não são? Não?! Bom, se você quiser criar uma tradição familiar destas (de ter todos juntinhos à mesa de jantar, por exemplo), então este artigo foi feito para você.

Nada como ter a família reunida em torno da mesa de jantar para partilhar uma refeição. Esse momento especial, sem a intervenção do barulho intimidador do aparelho de televisão ou das tarefas do dia a dia, pode ser um dos melhores momentos para se acompanhar a vida de nossa família e também para desfrutarmos da agradável companhia uns dos outros.

Iniciar essa tradição, entretanto, pode ser um grande desafio se não for conduzida da maneira correta.

Mais uma vez, o família.com.br se adianta e te dá algumas dicas para vencer o desafio:

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1 – Os pais devem ser o exemplo

Antes mesmo de sugerir que os filhos o façam, os pais precisam se comprometer em sentarem-se à mesa. Muitas famílias possuem o péssimo costume de comer em locais separados. A mesinha do escritório se torna a mesa de jantar para o pai, o sofá se transforma na cadeira de jantar dos filhos e a almofada vira uma prática mesinha (mas não sem a necessidade de um grande exercício de equilíbrio, seja dito de passagem), e a mãe… humm… ninguém nunca a viu jantando, então como poderíamos saber onde ela come?

A tradição não vai surgir do nada, alguém precisa dar o primeiro passo, tomar a iniciativa, e nada melhor para isso do que ensinar pelo exemplo. Os pais precisam criar o hábito de sentarem-se à mesa juntos e em um horário fixo. Em muitos casos, seguir essa simplesrotina (essa é a palavra-chave do sucesso) por algumas semanas já bastará para que os filhos percebam onde devem estar.

2 – Comece cedo

Um sábio provérbio bíblico nos ensina: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22:6). Quanto mais jovens seus filhos forem, mais fácil para eles será adaptarem-se à rotina que vocês criarem.

3 – Ensine, não imponha

Certa vez, perguntaram a um dos maiores líderes religiosos de todos os tempos, Joseph Smith, como ele conseguia governar tantas pessoas e manter uma ordem tão perfeita; o Sr. Smith respondeu-lhes simplesmente: “Ensino-lhes princípios corretos e eles governam-se a si mesmos”.

Desde o começo dos tempos, existe um padrão seguido pelos servos de Deus para ensinar o povo. Quem estuda as sagradas escrituras conhece esse padrão muito bem; ele consiste em se ensinar os princípios verdadeiros, utilizando todos os meios para criar um ambiente propício para que o Santo Espírito testifique deles; e então convidar as pessoas a adequarem-se a esses princípios. Em nosso lar, esse padrão celestial deve ser mantido.

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Uma boa forma de fazê-lo é utilizando reuniões familiares. Nelas você e seu cônjuge podem, reunidos com suas famílias, expressar seu desejo de usufruir de algum tempo diário juntos.

Para tanto, você pode se basear em uma mensagem de Rosemary M. Wixom. Depois de demonstrar seu desejo justo, pergunte aos seus filhos se eles aceitariam criar a meta de partilharem juntos da mesa de jantar. Peça o apoio deles um por um, e deixe que expressem seus pensamentos sobre o assunto. Se algum deles não concordar com a ideia, não discuta com ele na frente dos demais, mas mostre aos outros o quanto você está feliz por terem aceitado o desafio. Mais tarde, converse em particular com o filho que se recusou (não com tom de reprovação, mas de preocupação), dê a ele a oportunidade de expressar o que sente. Seja paciente e amoroso. Cedo ou tarde ele adotará a nova medida.

4 – Torne a hora da refeição um momento agradável

Depois que tiverem conseguido reunir todos pela primeira vez, você precisa fazer com que esta experiência seja memorável. Se possível, cozinhe algo especial nos primeiros dias. Durante o jantar, compartilhe com sua família os fatos relevantes sobre o seu dia, conte acontecimentos engraçados; depois demonstre interesse sincero em saber do dia dos seus filhos (seja amoroso com eles). Eles estarão mais aptos a se abrirem depois que vocês o fizerem.

5 – Nunca use o jantar como um momento para cobranças ou críticas

Isso seria desastroso, especialmente se estas forem feitas de forma grosseira. Aos poucos os filhos passariam a temer a nova “hora da punição”. Se algum deles comentar sobre algo em sua vida pessoal que lhe pareça errado, você pode adverti-los de que o comportamento em questão não é certo, entretanto sem entrar no mérito da discussão. Mais tarde, depois do jantar ou antes de irem para cama, você pode conversar com esse filho em particular ou mesmo abordar o comportamento em uma noite familiar.

6 – Adapte-se a disponibilidade da família

Muitas vezes pode ser difícil conciliar os horários de todos os membros da família. Nesses casos, a dica é sempre tentar reunir o máximo de familiares que for possível.

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Em alguns lares, a tarefa de reunir a família durante a semana pode realmente ser impossível, mas não desanime, aproveite o final de semana. Em muitas casas, a única resposta possível é que a família apenas se reúna uma vez na semana para partilhar uma refeição (no almoço de domingo, por exemplo). Se sua casa for assim, converse com sua família e proponha que este se torne um momento sagrado, uma verdadeira tradição. Você ficará surpreso com a quantidade de vezes que seus filhos, já adultos, viajarão grandes distâncias para almoçar com você nessa mesma data.

Nenhum esforço será em vão.

Um líder religioso chamado James E. Faust, disse: “Um dos principais problemas das famílias, hoje em dia, é que passamos cada vez menos tempo juntos. (…) O tempo que passa­mos juntos é precioso: precisamos desse tempo para conversar, para ouvir, para encorajar e para mostrar como fazer coisas”.

Que possamos aproveitar bem todas as oportunidades de fazê-lo.

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Pedro Santos

Pedro Santos é estudante de direito pela Universidade P. Mackenzie e Practitioner em Programação Neurolinguística.