A arte de ser grato por todas as coisas: Ensinando o espírito de gratidão à família
“Em vez de sermos gratos por coisas, devemos nos concentrar em ser gratos em nossas circunstâncias, sejam elas quais forem.”
Erika Strassburger
Ao ouvirmos uma pessoa expressando sua gratidão a Deus tendemos a imaginar quão abençoada ela deve ser ou que algo muito bom deve ter acabado de lhe acontecer. Temos uma visão extremamente limitada se acharmos que a gratidão precisa estar condicionada a bênçãos recebidas.
A gratidão torna a vida mais alegre, agradável e gloriosa. E ela precisa ser cultivada e expressa, mesmo em situações desfavoráveis. Ainda que o mundo diga que temos motivos de sobra para lamentarmos, podemos surpreendê-lo fazendo aquilo o que Cristo nos pediu, sendo gratos sempre, não importa as circunstâncias em que nos encontremos.
Alguém pode se perguntar como é possível cultivar gratidão em meio à doença, às necessidades materiais, à solidão, à perda de um ente querido, ao caos social, estando limitado a um corpo imperfeito ou deficiente, cheio de mágoa por ter sido prejudicado ou abandonado, ou em outro momento ou condição considerada trágica. A verdadeira gratidão não está relacionada ao que acontece ao redor.
Esta é a verdade: a gratidão pode ser cultivada em qualquer circunstância. É algo que, para o nosso bem aqui e no porvir, todos precisamos assimilar e ajudar nossa família a fazer o mesmo. Para isso, é importante considerar o seguinte:
1. Temos a capacidade de escolher sermos gratos ou não
Graças ao arbítrio que recebemos do Pai, podemos escolher como reagir diante de cada acontecimento da vida. “Podemos decidir limitar nossa gratidão com base nas bênçãos que achamos que nos faltam. Ou (…) podemos decidir ser gratos, não importa o que acontecer”, disse Dieter Uchtdorf, um líder religioso.
2. Gratidão é um mandamento
Através dos mandamentos podemos exercer nosso arbítrio e colher bênçãos.
3. Não há alegria e felicidade sem gratidão
A verdadeira alegria e plena felicidade advêm de se desenvolver gratidão. A não ser que deixemos a ingratidão de lado, estaremos fadados à angústia e insatisfação.
4. A amargura impede a manifestação da gratidão
Aqueles que põem de lado a jarra da amargura e erguem a taça da gratidão podem encontrar uma bebida purificadora de cura, paz e compreensão.
5. “Ser grato é um ato de fé em Deus”
Podemos ser gratos agora por aquilo que ainda não aconteceu, mas temos fé que acontecerá. Ou seja, devemos colocar nossa fé nas promessas que se cumprirão no tempo do Senhor. Muitas delas vão se cumprir somente depois dessa jornada mortal.
6. “A gratidão é um grande catalisador de todos os atributos cristãos.”
A ingratidão, por outro lado, faz com que nos afastemos do Senhor.
7. A chave é considerar a gratidão como parte de nosso estilo de vida
E isso é bem diferente de sermos gratos por coisas. É difícil desenvolver um espírito de gratidão, se nossa gratidão for somente proporcional ao número de bênçãos que podemos contar”. Não podemos ser “menos gratos nos momentos de tribulação do que nos momentos de abundância e tranquilidade.
Da mesma forma, não devemos ser gratos somente depois que nossos problemas forem resolvidos. Em vez de sermos gratos por coisas, devemos nos concentrar em ser gratos em nossas circunstâncias, sejam elas quais forem.
8. Ter perspectiva eterna ajuda-nos a desenvolvermos um espírito de gratidão
Estamos tão acostumados a lidar com “finais” aqui na mortalidade, que para praticamente tudo há um início e um fim. Mas se passarmos a observar as coisas do ponto de vista eterno, veremos que esses finais “são meras interrupções, pausas temporárias, que um dia parecerão pequenas, em comparação com a alegria eterna reservada para os fiéis”, e não o nosso destino.
Quando focamos na vida eterna, torna-se mais fácil compreender os acontecimentos da vida, aceitá-los e cultivar gratidão, mesmo quando muitos deles nos causam tristeza.
Que visão maravilhosa essa! São coisas que precisamos assimilar e não podemos deixar de transmitir à nossa família! É um consolo saber que estamos em uma jornada eterna, que não começou quando nascemos nem terminará com a morte.
Ser grato de fato não se limita a demonstrar gratidão na época da abundância, da saúde e tranquilidade, mas, em qualquer circunstância. É esse tipo de gratidão que nos elevará acima de qualquer dificuldade, do desânimo, da frustração ou do desespero. Sigamos, portanto, em frente com um coração grato pelas lapidadoras experiências que temos o privilégio de vivenciar na mortalidade. E encontraremos paz, alegria e felicidade que emanam de nossa comunhão com Deus.
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