Como estabelecer um relacionamento pessoal com Deus
É espantoso imaginar que, apesar de nossos pecados e imperfeições, temos a honra e o privilégio de poder firmar um relacionamento estreito com um ser tão glorioso e perfeito quanto nosso Pai Celestial.
Erika Strassburger
Para muitos Deus é um ser inatingível, que comanda a nossa vida a distância e dita nossos caminhos. Mas Ele é muito maior do que isso! Ele é extremamente acessível. Está mais perto do que podemos imaginar. Ele nos vê, escuta-nos, e cuida de nós. Ele nos deu o livre-arbítrio para aprendermos a fazer boas escolhas. Ele permite que erremos, mas deseja que amadureçamos e, dia após dia, aprendamos com nossos erros e busquemos a perfeição.
“A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus.” (Pitágoras). Como um Pai amoroso e zeloso, Deus quer o melhor para seus filhos. Ele quer ver o nosso progresso nesta vida e na eternidade. Ele quer, acima de tudo, a nossa felicidade. E está disposto a nos ajudar nessa busca. Para obtermos essa tão necessária ajuda, precisamos estabelecer um relacionamento pessoal com Ele, onde uma comunicação bilateral flua e produza grandes resultados.
Vejamos quais coisas nos aproximam mais do Pai Celestial, e promovem uma relação genuína com Ele, exatamente como deve ser, de Pai para filho:
1. Diálogo eficiente
Assim como o sucesso de qualquer relacionamento (pais e filhos, marido e mulher, chefe e subordinado, entre outros) depende de um diálogo eficiente, nosso relacionamento com Deus será firmado e fortalecido quando fizermos um bom uso das “ferramentas” de comunicação celestial, que são:
A oração
É uma conversa reverente com o Pai Celestial. Através da oração podemos expressar nossos desejos, agradecer pelas bênçãos, confessar nossos erros ou pedir a Sua ajuda. Deus espera que mantenhamos uma comunicação constante com Ele através da oração. “Há pensamentos que são orações,” (Victor Hugo) desde que sejam reverentemente dirigidos ao Pai. Hinos sacros também podem ser orações.
As escrituras sagradas
Dirigimo-nos ao Pai por meio da oração. Ele usa as palavras de seus profetas, contidas nas escrituras, para responder-nos. Quando lemos as escrituras diariamente, em espírito de oração, buscando orientação e conforto, tendo féque receberemos uma resposta, podemos encontrar o que tanto buscamos.
Outros canais de revelação
Além das escrituras, o Senhor dá-nos revelações através de pensamentos inspiradores, sonhos e, em raros casos, visões e visitas de anjos. Precisamos aprender a identificar as manifestações divinas, por mais simples que pareçam. Sempre que tivermos dúvidas se aquilo que sonhamos, pensamos ou vimos veio ou não de Deus, precisamos orar pedindo discernimento.
2. Obediência
Quando colocou-nos nesta terra, nosso Pai Celeste não nos deixou sem orientação. Para o nosso bem-estar físico, emocional e espiritual, Ele estipulou leis para nos ajudar a ter uma vida mais segura e feliz.
A nossa obediência a Deus é uma expressão do nosso amor, respeito e confiança. “A obediência oferece a Deus aquilo que o homem tem de mais precioso e apreciado: a sua vontade”, disse Padre Léon Dehon. Assim como esperamos que nossos filhos tenham boa vontade para conosco, sendo-nos obedientes – e alegramo-nos cada vez que demonstram obediência e humildade – nosso Pai Celeste deseja que obedeçamos aos Seus mandamentos. Ele ama todos os Seus filhos, mas alegra-se mais com aqueles que O ouvem e seguem Seus ensinamentos.
Além das leis universais conhecidas como mandamentos, podemos receber orientação individual por meio de revelação pessoal, como já foi explicado. Se o Senhor nos revelou a Sua vontade, é porque Ele confia na nossa capacidade de Lhe obedecer.
3. Arrependimento constante
Em razão da nossa natureza imperfeita somos muito suscetíveis ao erro. Deus não se regozija no pecado, entretanto é misericordioso e quer nos perdoar. Com este propósito Ele providenciou um meio de obtermos o perdão – o arrependimento. Ele espera que não nos contentemos com nossas imperfeições e busquemos o nosso aperfeiçoamento. Através do arrependimento sincero e constante podemos ir consertando os erros que cometemos e eliminando-os de nossas vidas.
“Deus fez do arrependimento a virtude dos mortais.” (Voltaire). O arrependimento torna-nos mais puros e sensíveis espiritualmente, ou seja, mais aptos a receber manifestação divina.
4. Reverência
O Pai Celeste deseja que sejamos íntimos Dele assim como somos íntimos de nossos pais terrenos. Embora não o vejamos, isso é possível através de experiências espirituais. O fato de o amarmos e sentirmo-nos íntimos Dele não nos dá o direito de usar de irreverência para com as coisas sagradas. Precisamos demonstrar reverência pelo Senhor, tratando com respeito tudo o que se relaciona à deidade, inclusive nomes ou títulos. “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”
Êxodo 20:7. É um mandamento tão válido hoje como foi na época do profeta Moisés.
Usar um linguajar puro, livre de palavrões e expressões ofensivas também é uma forma de demonstrar reverência ao Senhor.
5. Serviço voluntário e abnegado
Como foi dito, estamos nesta terra para aprender, progredir e buscar a felicidade, tanto aqui quanto na eternidade. Deus está disposto a ajudar cada um de Seus filhos nessa jornada. Contudo, Ele precisa de voluntários por meio dos quais Ele vai abençoá-los. Quando nos colocamos à Sua disposição para assumir esse papel, estamos contribuindo para que os Seus desígnios sejam realizados.
O serviço ao próximo nos aproxima de Deus de forma surpreendente. Podemos sentir o Seu imenso amor pelos seus filhos quando os servimos, e por nós mesmos, quando fazemos o que Ele pede. “Não devemos contentar-nos em falar do amor para com o próximo, mas praticá-lo.” (Albert Schweitzer)._Quando estamos em sintonia com o Senhor, Ele faz-nos saber, através dos canais de revelação já expostos, quando e quem devemos ajudar.
Através de uma comunicação mais eficiente com o Senhor, do arrependimento diário, da obediência aos mandamentos, da reverência pelas coisas sagradas e do serviço voluntário podemos experimentar grandes experiência espirituais. Quanto mais bem fizermos nesta vida, mais próximos do Senhor nos sentiremos, e mais fortes estaremos para lutar as batalhas da vida e vencê-las.