Como se agarrar à fé quando acontece uma catástrofe

A despeito das catástrofes e tragédias que vivemos no mundo de hoje, podemos encontrar respostas que podem fortalecer a nossa determinação, expandir a nossa fé e trazer ainda uma garantia mais profunda de que...

Carrie Maxwell Wrigley

Vivemos em um mundo e momento em que desastres devastadores ocorrem com grande intensidade e frequência alarmante. Alguns deles são desastres naturais, como furacões, terremotos ou tsunamis. Outros são catástrofes provocadas pelo homem como um violento tiroteio em uma escola ou um ataque terrorista destrutivo.

Em um mundo onde estamos intimamente expostos através da cobertura da mídia, a cada um desses eventos horríveis, por sua vez, já não somos afetados somente por desastres que nos tocam pessoalmente. Sentimos a devastação de famílias e indivíduos que vivem a milhares de quilômetros de distância. Mesmo a partir da segurança e conforto de nossas próprias casas bem abastecidas, podemos observar a destruição, termos empatia com as vítimas e compartilhar as suas perguntas através das lágrimas: “Por quê?”, “Como poderia um Deus amoroso permitir que essa coisa horrível pudesse acontecer?”, ” Onde estava Deus, quando esta terrível tragédia ocorreu? “,” Será que afinal de contas Ele existe mesmo?”

Tais questões dolorosas são tão antigas quanto a própria humanidade. Diante de circunstâncias devastadoras, tais perguntas são naturais, até mesmo inevitáveis. Temos a tendência de fazer nossas perguntas mais profundas e obscuras conforme passamos pelas mais terríveis e sombrias circunstâncias de nossas vidas. Com mais frequência do que possamos supor que não aconteça, encontramos respostas para questões que podem fortalecer a nossa determinação, expandir a nossa fé e trazer ainda uma garantia mais profunda de que não estamos sozinhos.

Muitas pessoas enfrentam esses tipos de questões no meio de circunstâncias pessoais devastadoras. A experiência destrutiva de abuso sexual na infância, a desolação ao assistir a um golpe explosivo em um casamento aparentemente bem-sucedido, a notícia de uma doença com risco de vida encontrada dentro de você ou de um ente querido, a perda de alguém amado para você ou o fim precoce de uma gravidez. Um vasto leque de eventos pessoais destruidores pode trazer à tona essas questões difíceis na medida em que enfrentamos essas circunstâncias mais dolorosas de nossas vidas pessoais.

Hoje em dia, já não são apenas as nossas próprias devastações que podem nos impactar. Diante da tragédia ou trauma de alguém mais nos sentamos vigilantes em nossos sofás da sala, oramos e choramos lado a lado com a dor de alguém. Seus traumas lançam nossas perguntas com tal ferocidade, quase tanto como se sua tragédia fosse a nossa própria que estivéssemos enfrentando. Por que razão essas grandes questões afetam a todos nós, quer nas circunstâncias melhores ou piores de nossas jornadas pessoais de vida?

Quando ocorre a tragédia, quando ocorre o trauma ou quando as circunstâncias devastadoras surgem, para nós ou para alguém – como podemos dar sentido a essas experiências, manter a nossa fé e seguir em frente com esperança em nossas vidas?

“Quando era uma garotinha, eu costumava pensar que a fé significava que se eu fosse uma pessoa boa, Deus impediria que as coisas ruins acontecessem comigo. Agora, depois de passar por esse teste, tenho uma nova definição de fé. Se eu continuar a buscá-lo, não importando o que aconteça, Ele poderá absolutamente me amparar, a despeito das situações que me forem jogadas pela vida. Essa é uma definição muito diferente de fé que tem sido capaz de me suster – mesmo através do pior dos tempos.” (Carrie Wrigley)

_Traduzido e adaptado por Ana Maria Castellano do original How to hold on to faith when disaster strikes, de Carrie Wrigley