Felicidade: O que é e como encontrar

Faça uma viagem pela história da filosofia e reflita sobre o significado que a vida tem por efeito ao conceituar a felicidade, além de clarear o caminho que leva a ela.

Suely Buriasco

Assisti a uma palestra de Divaldo Pereira Franco sobre a razão da existência humana e a busca pela felicidade e fiquei refletindo muito em tudo o que ele disse. Assim resolvi escrever sobre o entendimento do que ouvi.

Significado para a vida

Desde sempre, o homem tem buscado um significado para a própria existência. Ao longo dos séculos muitos foram os filósofos e pensadores que tentaram encontrar respostas a muitos enigmas, entretanto o mais perto a que chegaram foi que o significado da vida é ser feliz. E, realmente, a busca da felicidade parece intrínseca no ser humano.

A Felicidade

Foi assim que a filosofia passou a analisar o que seria essa tal felicidade e, principalmente, como chegaríamos a ela. Inúmeros foram os filósofos e muitas são as doutrinas sobre o assunto. Vejamos o que disseram alguns pensadores:

1. A felicidade está no ter

O pensamento de Epicuro era que a felicidade acontece através da satisfação dos desejos e ausência de dor física. Seria assim: se tenho algo que desejo, sou feliz. A felicidade estaria, então, condicionada ao ter para possuir o que se deseja. Entretanto, essa filosofia embora contenha pontos muito interessantes, encontrou situações que se opuseram a ela, por exemplo:

  • O sentimento de alcançar o objeto de desejo é muito bom, entretanto, é um sentimento passageiro e, com o tempo, deixa de existir.

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  • Concluí-se assim que o ter não promove a felicidade e sim o prazer. A felicidade é um sentimento, enquanto que o prazer é uma sensação.

  • A felicidade é acompanhada por vários momentos de prazer, enquanto que o prazer é apenas um momento.

2. A felicidade está em não ter

Diógenes de Sinope acreditava que a felicidade estava em não ter bens materiais; tornou-se um mendigo e pregava o desapego – uma vida ligada à natureza e longe da luxúria da civilização. No entanto, sua filosofia, por mais que se fundamentasse no fim dos valores corruptos da sociedade, não encontrou significado lógico e ele ficou conhecido como Diógenes – O Cínico.

  • Difícil ser feliz quando não se tem ao menos o básico para a subsistência de forma digna.

  • Um dos fatores conflitantes entre os seres humanos diz respeito a não possuir o que se deseja. Se ter provoca apenas o prazer; não ter só provoca tristeza e frustração.

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3. A felicidade está no ser

Muitos foram os pensadores, como Aristóteles e Platão entre outros, que atribuíram a felicidade e o significado da vida ao ser.

Foquemos na doutrina do grande Mestre Jesus Cristo que defendeu o amor como elemento fundamental para alcançar a felicidade. Jesus resumiu seus ensinamentos em: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Definindo, dessa forma, o que é e como alcançar a felicidade. Observemos:

  • O amor a Deus promove paz, esperança, aceitação e fé, dando significado para a vida.

  • O amor ao próximo promove a compreensão, a harmonia e o entendimento da falibilidade humana.

  • Ninguém pode amar a outrem sem amar, primeiramente, a si mesmo. O autoamor faz com que o ser humano reflita e espalhe o amor (caridade) que tem em si mesmo, promovendo um bem estar constante que corresponde ao que chamamos de felicidade.

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A felicidade está muito longe das buscas materiais; é uma busca interior pela qual nos dedicamos através do autoconhecimento e do esforço em sermos pessoas cada vez melhores e, por conseguinte, mais amorosas.

Ame e seja feliz; simples assim!

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.