Natal é amar a Cristo amando seus semelhantes
Pensar em maneiras práticas de vivenciarmos o verdadeiro sentido do Natal é uma forma de nos aproximarmos do Cristo.
Suely Buriasco
Natal é amar a Cristo amando seus semelhantes. Essa afirmação de Albertino Fernandes nos faz refletir sobre como vivenciar o Natal em seu verdadeiro sentido, ou seja, amando e referenciando o Cristo.
Mas palavras apenas não exprimem sentimentos; é essencial que tenhamos atitude. Pensemos em algumas maneiras práticas de demonstrar nosso amor ao Cristo:
1- Buscando o autoaperfeiçoamento
No Evangelho Segundo João 8:1-11, o Mestre exclama: “(…) nem Eu tampouco te condeno; vá e não peques mais”. Essa é uma magnífica passagem bíblica que traz profundos ensinamentos. Observemos pelo prisma de que Jesus não condena a mulher adúltera, mas solicita que ela não recaia em erro é indicativo da necessidade de nos esforçarmos para a nossa evolução espiritual. Reconhecer nossos erros e buscar não cometê-los é, pois, agir de conformidade com a vontade de Jesus.
2- Perdoando
Além da passagem bíblica citada acima; muitas outras nos fazem perceber a importância que Jesus dedicou ao perdão. Perdoar é compreender o outro em seu patamar de consciência e foi isso que Jesus demonstrou também na passagem descrita em Lucas 23:34: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que estão fazendo“. Referenciamos o Mestre quando entendemos aquele nosso familiar difícil, aquele colega arrogante, aquele semelhante falho. E, ainda, quando perdoamos a nós mesmos e nos transformamos.
3- Comprometendo-se
Sentir Jesus é estar comprometido verdadeiramente com sua Doutrina de amor, independente de qualquer denominação religiosa, ser cristão é entender que “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine“, conforme I Coríntios 6:12. Para que a escolha de seguir Jesus seja verdadeira é fundamental que seja espontânea, pois é uma compreensão interior e intransferível. Amar ao próximo é, sobretudo, respeitá-lo e, mesmo desejando-lhe o bem, deixar que ele trilhe seu próprio caminho. O compromisso do cristão é renovar-se a si mesmo, edificando-se na seara do bem e influenciando os semelhantes pelo exemplo.
4- Praticando a caridade
Muitos caem no engano de se crerem caridosos por prestar apoio material a um e a outro. A caridade material é muito importante num mundo como nosso, onde pessoas vivem à míngua; entretanto essa é a forma mais fácil e menos recompensadora de ajudar o próximo. A verdadeira caridade é a que se tira de si mesmo em benefício ao outro, não simplesmente o que sobra. Caridade é amar quem nos decepciona; é socorrer um ofensor; é perdoar incondicionalmente; é ser amparo seguro ao desertor; é, enfim, ser cristão.
Claro que muitos itens podem ser acrescidos a essa lista e espero sinceridade que cada leitor o faça e reflita profundamente aproveitando a data tão propícia. A verdade é que muito há para ser feito em favor de nossa edificação e aproximação com o Cristo, mas o caminho já foi traçado quando o próprio Cristo sintetizou todos os mandamentos em um: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos“; Mateus 22:34-40. O amor é o grande elo que nos une a Jesus e viver seus ensinamentos é, pois, a orientação segura para segui-lo.
Lembremos em I Coríntios 13:1 “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine“.