6 dicas educativas para lidar com uma criança que afirma ter um amigo imaginário

Algumas orientações acerca do papel do amigo imaginário para a criança e como lidar com essa situação.

Suely Buriasco

Amigos imaginários são mais comuns do que se pode imaginar e nada há de errado nisso, pelo contrário, especialistas afirmam que eles ajudam a criança a desenvolver sua personalidade. Segundo a matéria: “(…)os pais podem respirar aliviados, pois todos os estudos sobre esse fenômeno chegam ao mesmo resultado: não há motivo para preocupações!“. A mesma matéria esclarece que esse fenômeno costuma acontecer em crianças entre os 3 e 7 anos.

Caso você esteja vivendo essa situação e seu filho esteja assustando você ao conversar, brincar e relatar fatos com um amigo que não existe, calma, você só precisa aprender a lidar com isso. Algumas orientações podem ser muito úteis:

1- O pediatra Ricardo Halpern explica no site que: “O amigo imaginário é um interlocutor que diz se o que ela está fazendo e pensando é certo ou errado, como um conselheiro”.

2- O amigo imaginário pode representar também uma forma de seu filho testar os seus limites, nesse caso ele vai sempre imputar a culpa das coisas erradas que faça ao “amigo”. O ideal é conversar com seu filho, esclarecendo os prejuízos ocorridos ou os riscos possíveis sem recriminá-lo, isso vai remover as intenções dele.

3- Crianças utilizam da imaginação para aprender a elaborar e compreender sentimentos como o medo, a frustração, a angústia, a raiva e a preocupação. Normalmente é uma reação a alguma mudança de hábito que gera estresse e ansiedade. Pode ser o nascimento de um irmão, a separação dos pais, a perda de alguém querido, a mudança de escola ou de casa, entre outros motivos.

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4- É importante agir naturalmente e não repreender seu filho por isso; lembre-se que ele não está mentindo, o amigo imaginário é uma criação dele. Você pode até fazer de conta que entra na fantasia, mas sem reforçar, conforme orienta a diretora pedagógica Maria Edna Scorcia em matéria sobre o tema: “Dar força a isso ou ignorá-la e criticá-la completamente pode ser prejudicial, já que o amigo imaginário é uma expressão da criança“.

5- Quando seu filho estiver conversando e brincando com seu amigo imaginário é interessante observar as suas palavras, gestos e atitudes, isso pode ser importante para você avaliar os pensamentos e as necessidades de seu filho.

6- O momento de dar adeus ao “amigo” deve chegar naturalmente e partir da própria criança; acontece quando seu filho percebe que o tal amigo não faz mais sentido “… porque já encontrou outros caminhos para lidar com a realidade. O que antes vinha do pensamento é transformado em sentimentos reais, próprios da maturidade emocional e cognitiva”, esclarece a psicóloga Luciene no site.

Em relação ao assunto a psicóloga Marta Andersen conclui no artigo: “Assim, se o seu filho tem um amigo imaginário, aceite-o em vez de tentar combater a sua existência na vida da criança. Ao conversar com o seu filho acerca do amigo imaginário pode aceder aos interesses, preocupações, desejos e receios do seu filho“.

Entretanto é preciso observar sempre a criança e ao notar que as fantasias persistem ou tomam alguma direção indesejada durante um determinado período, o recomendado é procurar ajuda especializada, como psicólogos.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.