Ampliando a consciência: A verdadeira autoestima

Importante distinção entre autoimagem e autoestima para a construção de uma vida feliz.

Suely Buriasco

Muito se fala na importância da autoestima, mas ainda pouco é compreendido do que realmente significa. O que se sabe basicamente é que se refere ao cuidado para consigo mesmo, visando à construção de uma vida mais feliz. No entanto, muitos ainda confundem autoestima com autoimagem fazendo grande confusão.

Autoimagem

Segundo o artigo do site Tommaso Psicoterapia da Boa Forma: “A autoimagem pode ser definida como a visão que temos de nós mesmos, o nosso ‘retrato mental’ baseado em experiências passadas, vivências, estímulos presentes e expectativas futuras. Inclui a forma, o tamanho, as proporções do nosso corpo, nossos sentimentos em relação a ele e suas partes segundo nossa avaliação“. Assim, a autoimagem é criada a partir de identificações exteriores e de nosso desejo de aprovação. Por isso nossa autoimagem se abala quando nos sentimos desaprovados pelas pessoas que nos rodeiam. Ela é o resultado do que as outras pessoas pensam de nós. O grande problema é quando isso vira um vício e a pessoa correlaciona a própria vida às convenções alheias.

Autoestima

A autoestima vai muito além das imagens, pois ela pode ser desenvolvida independente das opiniões externas. Ela representa o conceito de si mesmo para si mesmo. No livro “O caminho para a felicidade suprema” de Deepak Chopra, encontrei uma citação muito interessante: “Uma pessoa autorrealizada é alguém que não precisa de aprovação e está liberto tanto de críticas quanto de elogios, alguém que não se sente superior ou inferior a qualquer pessoa“. Entendemos a verdadeira autoestima, portanto, como o sentimento que temos em relação ao que somos. Dessa forma, quando agimos em conformidade com o que acreditamos e temos a certeza de fazer sempre o melhor que pudermos, então alcançamos uma boa autoestima e nos sentimos realizados e felizes.

Autoconhecimento

Nenhum caminho no sentido da autorrealização será possível sem que nos coloquemos inicialmente no aprendizado de nós mesmos. Nossa satisfação depende de agirmos em prol de nossa própria identidade, mas isso não tem nada a ver com egoísmo. É o autoconhecimento que nos confere meios de nos tornar autoconfiantes e seguros nas diversas situações da vida, o que não significa sozinhos, muito pelo contrário. A boa autoestima está intimamente ligada ao grau de conhecimento que temos de nós mesmos e nos conhecendo sabemos o quanto é importante vivermos em sociedade, respeitando as diversas visões de mundo e procurando nos relacionar bem com as outras pessoas.

Consciência

Ampliar a consciência é trazer nossos sentimentos e impressões para o âmbito real e, sem equívocos, observar o que é realmente importante para a nossa vida. Nesse lampejo, chegaremos à conclusão de que mágoas e ressentimentos não devem ser guardados, porque abalam a nossa própria satisfação e deterioram nossa autoestima. Entendemos também que vale muito mais a nossa própria opinião de nós mesmos e que a aprovação dos outros não pode ser o sentido das nossas vidas.

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Saber que podemos ser felizes a partir do amor que sentimos por nós mesmos e liberamos para os outros é o tônico da felicidade esperada.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.