As mães nos filmes: O que os 12 papéis indicados ao Oscar em Hollywood dizem a seu respeito

O papel das mães tem sido retratado em muitos filmes de Hollywood. Aparecem mães fortes, frágeis, sofredoras e vencedoras. Veja os 12 diferentes tipos de mães retratadas no cinema.

Jamshid Ghazi Askar

Apesar de quase todos os filmes não passarem no simples teste de Bechdel, a representação da maternidade na tela é amplamente diversificada. Como o Dia das Mães está próximo, aqui estão alguns dos mais memoráveis papéis da safra recente em que uma atriz tenha retratado uma mãe. Diretamente da Academia, as indicadas ao prêmio de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, em uma dúzia de performances dignas do Oscar, que mostram o instinto materno em uma ampla gama de circunstâncias.

Desde a luta de uma dona de casa por sua vida, enfrentando um tsunami desastroso, passando por uma mãe solteira que trabalha como garçonete e que está sempre preocupada sobre o que fazer com a asma de seu filho, até a paciente aprendizagem de uma viúva idosa no crepúsculo da sua vida, o fio comum desses papéis é que cada um ilustra a intermitente vontade de Hollywood em destacar as mães fortes, que transmitem mensagens de inspiração e capacitação.

Os papéis e sua relevância em relação ao tema

1. Papel de Naomi Watts como Maria Bennett em “O impossível (The impossible)”.

Relação com o Oscar: indicada como Melhor Atriz de 2013.

Relevância: Criar seus três filhos era tão importante para Maria Bennett que ela parou de trabalhar como médica a fim de estar em casa com os três meninos. Durante umas férias da família na Tailândia, no Natal de 2004, um tsunami assassino separa a família. Apesar de sofrer um ferimento fatal em sua perna, Maria luta ferozmente para manter seu filho vivo o tempo suficiente para que os dois possam encontrar o resto da família.

2. Papel de Sandra Bullock como Leigh Anne Tuohy em “Um sonho possível (The Blind Side)”.

Relação com o Oscar: Sandra Bullock levou o prêmio de Melhor Atriz de 2010.

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Relevância: Leigh Anne Tuohy é uma milionária mãe de dois filhos que dirige um negócio de sucesso como designer de interiores. Quando um enorme menino de rua se junta ao time de futebol da escola de seus filhos, Tuohy pôde ver claramente não apenas o potencial atlético do adolescente, mas também a sua necessidade de estabilidade e amor. Como resultado de seus instintos maternais, os Tuohys legalmente adotam o gentil gigante Michael Oher – que se tornará um grande astro de futebol americano.

3. Papel de Meryl Streep como Miranda Priestly em “O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada)”.

Relação com o Oscar: indicada como Melhor Atriz de 2007.

Relevância: Como editora de uma importante revista de moda, a maquiavélica rainha gelada Miranda Priestly encarna a noção de que uma mulher pode administrar uma grande empresa tão bem, ou melhor, do que qualquer homem. Dito isto, apesar de seu grande sucesso no escritório do milionário Priestly, ela não está imune à montanha-russa emocional que vem com a criação de seus próprios filhos.

4. Papel de Charlize Theron como Josey Aimes em “Terra Fria (North Country)”.

Relação com o Oscar: indicada como Melhor Atriz de 2006.

Relevância: Em 1989, Josey Aimes se torna vítima de assédio sexual enquanto trabalhava em uma mina de ferro em Minnesota. Apesar de levar o caso a uma batalha judicial – os advogados adversários tentam manchá-la em processos judiciais como promíscua por seu passado que inclui gravidez na adolescência e um casamento fracassado. Durante o julgamento, os segredos de sua gravidez vêm a tona no tribunal e o que mais parecia um julgamento moral em relação a ela do que uma ação de trabalho tem um desfecho inesperado e surpreendente. Depois do julgamento, Josey nunca mais foi vista como ninguém pelo pai. Ela ganha a causa e sua luta se torna um marco da atual lei de proteção contra assédio sexual no trabalho.

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5. Papel de Julia Roberts no papel-título em “Erin Brockovich – Uma mulher de talento (Erin Brockovich)”.

Relação com o Oscar: Julia Roberts ganhou o prêmio de Melhor Atriz de 2001.

Relevância: Erin Brockovich pode não ter uma licenciatura em Direito, mas a mãe solteira e assistente jurídica possui esperteza suficiente, além de compaixão e uma vontade de ferro para catalisar as grandes rupturas em uma ação coletiva que, eventualmente, produz uma indenização milionária (quase 400 milhões de dólares) às vítimas de uma empresa de energia que destruiu dezenas de vidas com sua poluição flagrante.

6. Papel de Helen Hunt como Carol Connelly em “Melhor é Impossível (As Good as it Gets)”.

Relação com o Oscar: ganhou o prêmio de Melhor Atriz de 1998.

Relevância: Carol Connelly é uma mãe solteira cuja vida gira em torno do tratamento médico e cuidados com seu filho gravemente asmático.

7. Papel: Frances McDormand como Marge Gunderson em “Fargo (Fargo)”.

Relação com o Oscar: ganhou o prêmio de Melhor Atriz de 1997.

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Relevância: Tecnicamente, Marge Gunderson ainda não é uma mãe durante o desenrolar da trama. Mas Gunderson é a chefe de polícia inteligente e engraçada de uma pequena cidade de Minnesota, que está grávida de sete meses, quando resolve uma série de assassinatos quixotescos e terríveis. Em outras palavras, a gravidez de Gunderson não a impede de trazer justiça aos bandidos.

8. Papel de Jessica Tandy como Daisy Werthan em “Conduzindo Miss Daisy (Driving Miss Daisy)”.

Relação com o Oscar: ganhou o prêmio de Melhor Atriz de 1990.

Relevância: Quando não consegue mais dirigir, a viúva Daisy Werthan, de 72 anos de idade é forçada a contratar um motorista. Seu filho contrata um motorista afrodescendente, o que é significativo, porque o filme é ambientado em Atlanta, em 1948 – um tempo e lugar onde o racismo predominava. Apesar da hostilidade inicial de Miss Daisy com o motorista (interpretado por Morgan Freeman), gradativamente se rompem as barreiras sociais, culturais e raciais que existem entre eles, crescendo entre os dois uma amizade que atravessaria duas décadas.

9. Papel de Dianne Wiest como Helen Buckman em “O tiro que não saiu pela culatra (Parenthood)”.

Relação com o Oscar: Indicada como Melhor Atriz Coadjuvante de 1990.

Relevância: Helen Buckman é divorciada e completamente estressada com o comportamento rebelde de seus dois filhos adolescentes. Mas, ao optar por se concentrar nos aspectos positivos de sua família, ela começa a mostrar amor incondicional por seus filhos. Quando Buckman faz essa mudança de paradigma, a vida não se torna magicamente perfeita de um dia para o outro – mas a felicidade de cada membro da família aumenta substancialmente como resultado.

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10. Papel de Anne Ramsey como a Sra. Lift em “Jogue a Mamãe do Trem (Throw Momma From the Train)”.

Relação com o Oscar: indicada como Melhor Atriz Coadjuvante de 1988.

Relevância: Ao contrário das outras entradas nesta lista, esse item não está incluindo o papel que a levou a uma indicação ao Oscar, mas a coragem na vida real demonstrada pela atriz. Durante os anos de 1970, Ramsey ganhou notoriedade aparecendo em séries de TV como “Little House on the Prairie” e “Young and the Restless.” No entanto, em 1984 uma cirurgia para retirada de um câncer na garganta removeu parte de sua língua e deixou-a com a fala arrastada. O câncer ceifou a sua vida em 1988, mas no período entre a cirurgia e sua morte, nem câncer, nem problemas de fala puderam impedi-la de realizar os dois papéis pelos quais é lembrada até hoje: Ma Fratelli, em “Goonies” de 1985, e sra Lift, em “Jogue a Mamãe do Trem” ao lado de Danny DeVito e Billy Crystal pelo qual foi indicada ao Oscar.

11. Papel de Sissy Spacek como Loretta Lynn em “A Filha do Mineiro (Coal Miner’s Daughter)”.

Relação com o Oscar: ganhou o prêmio de Melhor Atriz de 1981.

Relevância: Baseado na autobiografia de Loretta Lynn, “A Filha do Mineiro” é a história de uma mulher temente a Deus que, apesar de estar casada aos 15 anos e ser avó aos 29, sai da pobreza para se tornar um ícone da música country.

12. Papel de Talia Shire como Adrianna “Adrian” Pennino em “Rocky“.

Relação com o Oscar: indicada como Melhor Atriz de 1977.

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Relevância: Adrian Pennino não é uma mãe propriamente dita no original “Rocky”, mas ela ainda entra nesta lista porque, em cada uma das cinco adições posteriores à franquia “Rocky”, Adrian é de fato uma mãe em pleno direito. E a cada passo do caminho, Adrian oferece apoio incondicional ao marido boxeador, bem como a voz sensata da razão para contrabalançar seu irmão cronicamente bêbado, Paulie.

Tradução e adaptação de Stael Metzger do original Movie Mons: What 12 Oscar-nominated roles say about Hollywood.

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Jamshid Ghazi Askar

Jamshid Ghazi Askar é formado pela BYU's Faculdade J. Reuben Clark Law School e membro do Utah State Bar.