Lidando sabiamente com o sentimento de culpa
? O sentimento de culpa pode levar uma pessoa ? angústia. Veja o que fazer para aprender com este sentimento e se livrar dele.
Erika Strassburger
O sentimento de culpa exerce um papel fundamental na vida das pessoas. É um sentimento inerente a cada ser humano que tem capacidade para discernir entre o certo e o errado. É um sinal de alerta que nos informa quando há algo de errado com nossa conduta.
Segundo a Wikipédia, “O sentimento de culpa é o sofrimento obtido após reavaliação de um comportamento passado tido como reprovável por si mesmo, (…)baseado na frustração causada pela distância entre o que não fomos (…) daquilo que achamos que deveríamos ter sido.” Em outras palavras, “quando se viola a consciência moral pessoal (…), surge o sentimento de culpa.”
De acordo com um site de psicologia, no sentimento de culpa, “o remorso surge como uma primeira tentativa para aliviar essa dor, podendo levar o homem à harmonia interior ou ao desespero”.
Veja o passo a passo de como canalizar o sentimento de culpa para a busca da paz de consciência:
1. Reconheça seus erros
Muitas vezes estamos irritados e com uma sensação ruim – que pode se manifestar também fisicamente, através de dores no estômago e na cabeça, tensão muscular, etc. – e nem sempre a relacionamos a algo de errado que fizemos. Não conseguimos identificar tais sinais como sentimento de culpa. Acabamos tentando aliviar os sintomas – buscando uma distração ou um remédio para a dor – sem tentar identificar sua origem. Por isso, é importante fazer uma avaliação diária de nossos atos a fim de identificar a origem de tais sinais.
2. Reconheça os sinais dos erros cometidos
Neste caso, fazemos algo errado e começamos a nos sentir culpados. Essa culpa acaba se manifestando fisicamente. Apesar da consciência do erro, não relacionamos uma coisa à outra. Ou seja, reconhecemos nossos erros, mas não nos damos conta de que tais sensações são sinais dos erros cometidos.
3. Veja o sentimento de pesar com bons olhos
Claro que não devemos nos sentir bem por termos errado. No entanto precisamos reconhecer o sentimento de culpa como a mola propulsora para a correção do erro, em lugar de nos aprofundarmos em autocomiseração.
4. Responsabilize-se por seus atos
A culpa gera a vergonha e sofrimento. Devido a isso, é comum vermos pessoas isentando-se de culpa ou projetando-a em outras pessoas, em vez de responsabilizar-se por seus erros. Tais atitudes não a livram do sentimento de culpa. Ele pode se manifestar por meio da autocrítica, da tristeza, do pessimismo, da incapacidade de desfrutar os bons momentos, da dificuldade para se relacionar, da insatisfação pessoal em várias áreas. “Assumir a responsabilidade por nossos atos faz com que acreditemos na capacidade de mudar, de agir diferente, tornando-nos mais dignos”, afirma a escritora e mediadora de conflitos Suely Buriasco.
5. Corra atrás do prejuízo
Depois de reconhecer seu erro, sentir pesar por tê-lo cometido e tomar a decisão de assumi-lo diante das pessoas que você prejudicou, é hora de tentar reverter a situação:
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Procure a pessoa que você prejudicou. Confesse seu erro e peça desculpas.
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Assuma o compromisso de corrigi-lo e aja. Por exemplo, se você mentiu sobre o caráter da pessoa, vá atrás das pessoas que ouviram a calúnia e desminta o fato. Ou se você desviou dinheiro da empresa em que trabalhava, combine a forma como vai devolver o dinheiro e cumpra o prometido. Faça a restituição sempre que possível.
6. Assuma um compromisso pessoal de evitar cometer o mesmo erro
Agora que você já sabe como é difícil ter de lidar com todo o processo para livrar-se do sentimento de culpa, fuja das ciladas. É preciso mudar o comportamento. Esforce-se para isso. Se desejar, peça ajuda das pessoas próximas ou, se necessário, de profissionais.
7. Perdoe-se e tente esquecer
Depois de todo o processo, você deverá se perdoar. “O autoperdão impõe-se como indispensável para a recuperação do equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo; é essencial para uma existência emocional tranquila. Nesse sentido é preciso buscar não reincidir no mesmo compromisso negativo, desapegando-se do remorso e criando formas positivas de comportamento, recobrando o bom humor e a alegria de viver”, afirma Suely.
“Reviver o passado só é positivo quando se trata de analisar as experiências vividas, procurando se tornar um ser humano melhor”, conclui a escritora.