Os efeitos de capacitação que o serviço proporciona

Estender a mão para o outro me remove da minha situação, me ajuda a encontrar minha humanidade e divindade, e traz alegria indizível que me empurra para mais um dia.

Becky Rickman

No decorrer da minha vida, descobri que durante os momentos em que estou mais deprimida e confusa, o caminho seguro e rápido para me recuperar é através do serviço. Estender a mão ao outro me remove da minha situação, me ajuda a encontrar minha humanidade e divindade, e traz alegria indizível que me empurra para mais um dia.

Houve tempos tão negros, que eu não conseguia sequer pensar em servir. Felizmente, os que me rodeavam foram sábios o suficiente para pedir-me que o fizesse. Isso é uma coisa importante a se lembrar quando vemos os outros sofrendo. Você pode servi-los melhor, ao incentivá-los a ajudarem a si próprios, ainda que brevemente, a partir de suas próprias experiências. É um ciclo maravilhoso autorrenovável, onde nós, seres humanos frágeis empurramo-nos para frente, ajudando e pedindo ajuda.

O que há de maravilhoso nisso é que você não precisa estar em total crise, ou ver alguém em crise para colocar-se em ação. Há outros momentos na vida em que esta prática pode ser benéfica: Os idosos que às vezes sentem que sua utilidade ficou perdida no tempo. Ou, os deficientes e acamados que sentem culpa por estarem sendo servidos. Ou então, a pessoa que fez realmente más escolhas no passado e foi dito a elas que são pessoas simplesmente ruins e se sentem além da redenção. Finalmente, a mulher ou a criança abusada.

É uma coisa realmente reabilitante alcançar outro ser humano. Ao pedir ajuda, você pode içar uma pessoa para fora de sua própria miséria por um tempo e fortalecê-la antes que ela retorne à sua própria condição.

Quando eu morava em Nova York e passando por um divórcio, o meu marido transferiu todo o nosso dinheiro para uma conta que ele dividia com sua avó. Eu tinha quatro filhos sob os meus cuidados, e passei muitos anos no tribunal para conseguir qualquer tipo de apoio. Era o fim de 17 anos de um casamento extremamente opressivo. Estava emocionalmente abatida e esmagada. Eu era muito insegura de mim mesma. Havia uma ordem de restrição, devido a algumas ameaças muito pesadas feitas a mim e a meus filhos. Sentia-me bastante esgotada, e muitas vezes também, inútil e culpada.

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No entanto, eu tinha um líder religioso muito sábio, que me pediu para servir aos idosos em minha congregação conduzindo-os à igreja em Toronto, uma vez por mês. Eu estudava em tempo integral, trabalhava em tempo parcial, estava tentando colocar em dia minha vida bem como a mim mesma, e ele vem e me dá essa atribuição.

Pessoas, através de seu amor e bondade, me tratavam com o máximo carinho e cuidado. Tão simpáticos quanto podiam, no estado emocional em que me encontrava, comecei a pensar que eles não me achavam capaz de lidar com qualquer coisa. No outro lado da moeda, quando meu líder me deu essa tarefa, meu primeiro pensamento foi: “Uau, ele acredita que eu posso lidar com isso. Devo estar fazendo tudo certo!” A viagem foi um destaque pessoal por muitos meses. Ele começou a me pedir sempre que eu a fizesse e acreditou em mim e minhas habilidades.

A única ressalva que eu gostaria de acrescentar a esta parte tão preciosa do conselho é que, se você está lutando sozinho, não tente assumir um compromisso muito grande. Pequenos serviços ajudarão em uma recuperação com menor estresse. Se você está tentando ajudar alguém que se encontra em uma situação difícil, sugira ou peça pequenos serviços, nada muito grande ou cansativo.

Lembre-se de que a bondade não só é mostrada quando servimos, mas ao solicitar o serviço de outros e mostrando ao doador que você acredita em suas habilidades para ajudar.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original The empowering effects of service, de Rebecca Rickman.

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Becky Rickman

Becky Lyn is an author and a 35+ year (most of the time) single mom.