O amor como a fundação da maternidade eficaz

As mães são constantemente bombardeadas por contraditórios conselhos de "experts"sobre tudo, desde como colocar as crianças para dormir, até orientá-las através de emoções.? <img src="http://beacon.deseretconnect.com/beacon.gif?

Jenet Erickson

Certa vez ouvi uma mãe muito comprometida dizer que ela estava fazendo uma poupança para cobrir o custo de um aconselhamento psicológico para seus filhos, pois tinha a certeza de que precisavam devido às suas falhas como mãe. Quando ela disse isso, um riso nervoso se espalhou entre o grupo de mães presentes – como se todas tivessem aceitado a realidade de que os desafios do futuro de seus filhos seriam sua culpa por suas imperfeições como mães.

Não é difícil perceber por que as mães se sentem assim. As mães são constantemente bombardeadas com contraditórios conselhos de “experts” sobre tudo, desde como conseguir que as crianças durmam e comam de maneira correta, como orientá-las através da emoção enquanto as corrige. Em uma cultura de “maternidade intensiva” que enfatiza a fragilidade emocional das crianças, é tentador resvalar-se para a culpa e pensar que os desafios das crianças poderiam ser evitados se nós, como mães, tivéssemos apenas seguido as recomendadas “melhores práticas”.

Mas focando apenas em como implementar perfeitamente todas as melhores práticas, os especialistas da maternidade podem cegar-nos para a verdadeira fonte de influência sem paralelo da maternidade – o poder de seu amor.

Após duas décadas de cuidadosa investigação de múltiplos fatores no desenvolvimento da criança, o Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano concluiu que a sensibilidade materna – expressa em respostas e interações amorosas – é o indicador mais forte e mais consistente do desenvolvimento de uma criança, mesmo quando a mãe não é capaz de estar com seu filho na maior parte do dia.

Como se concluiu, a influência significativa das mães não é alcançada nem perfeitamente orquestrada através do aumento de atividades com as crianças, mas em muitos pequenos atos de carinho e receptividade. Quando nada mais é necessário ser feito, é através das centenas de mudanças de fraldas, banhos, limpezas do nariz, conversas tarde da noite, passeios de carro, refeições e perguntas sobre seus sentimentos e relacionamentos, que seu amor se torna uma poderosa fonte de influência.

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Estudiosos têm consistentemente confirmado essa realidade. Um século atrás, um devotado estudioso, John Bowlby, descobriu que o vínculo criado através das inúmeras interações de carinho entre mãe e filho é a base fundamental para o desenvolvimento sócio-emocional. As observações do neurologista Alan Schore sobre o desenvolvimento do cérebro mostram que, mesmo sem saber, as mães têm uma capacidade única para proporcionar os melhores “bits” de interação amorosa que permitem à criança compreender as emoções e os relacionamentos. A pesquisadora e feminista Sara Ruddick identifica o “amor solícito” de uma mãe como o núcleo de uma relação eficaz entre pais e filhos. Através do “olhar de paciente amor” as mães desenvolvem um conhecimento especial de seus filhos – um conhecimento que lhes dá uma visão única sobre quais são verdadeiramente as “melhores práticas” para cada criança.

Todos temos testemunhado o poder desse amor maternal – o amor que permite que a mãe de uma criança com um problema no coração possa mantê-la segura e calma durante toda uma noite, embora seus braços tremam pelo fardo. O amor é o que permite uma mãe conversar e ouvir as batalhas sociais de um adolescente por longas horas, noite após noite. É o amor que permite que uma mãe estude corajosamente maneiras de ajudar uma criança com autismo, em seguida, continuar esperançosamente através de anos de esforços implementá-las. É o amor que permite que uma mãe lute contra seus vícios para superá-los em prol de uma vida melhor para seu filho. O amor é o que leva uma mãe a orar de joelhos por um filho já crescido que ela sabe, em seu coração, que está travando suas lutas talvez em algum lugar longe, e assim por diante.

A renomada estudiosa Jean Elshtain descreveu a morte do filho de sua prima de 18 anos de idade. Nascido anencefálico, ele nunca conseguia falar, alimentar-se ou sentar-se sem ajuda. Com relação ao seu cérebro, os médicos haviam consistentemente dito a seus pais que não havia “nada lá”. Ele olhava para o mundo sem fazer distinções aparentes até que sua mãe aparecia. E, em seguida, “seu rosto se iluminava – é, tornava-se radiante”. Ele a conhecia e a amava. Como ela descreveu, “o amor, carinho e devoção desta mãe o manteve por 18 anos. E quando ele morreu, seus pais, irmãos, avós, tias, tios, primos e sua comunidade lamentaram sua perda.”

O Dia das Mães não é para agradecer pela “perfeita maternidade”. Esse é um dia para expressar gratidão pelo amor – o amor que se “fez carne” em milhões de atos altruístas começando com o nascimento em si, e por permitir que uma alma possa experimentar o seu senso de valor e capacidade. É uma expressão de gratidão pela generosidade que recebemos quando éramos totalmente dependentes. Na verdade, é uma celebração do autossacrifício, do poder do amor que une toda a família humana – o amor das mães.

Traduzido e adaptado por Stael Metzger do original Love as the foundation of effective mothering, de Jenet Erickson.

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Jenet Erickson

Jenet jacob Erickson ensina no Departamento "Family Life''na Universidade Brigham Young. Suas opiniões não refletem necessariamente as refletidas pela universidade BYU.