Ame-se para ser verdadeiramente pleno

8 dicas para modificar a forma de ser e ter mais amor a si mesmo, deixando de ser compassivo e se livrando da ignorância.

Fernanda Ferrari Trida

Todos querem a felicidade e procuram evitar o sofrimento, certo? Só que não há um livrinho de receitas, que possamos comprar na banca de jornal mais próxima, que nos diga como alcançar essa tal felicidade e como superar nossos problemas.

Façamos um exercício: Rapidamente, responda o que traria felicidade para você neste momento? Dinheiro? Ele tem sua utilidade, mas é limitada. Poderes e posses? Claro que existem coisas boas, mas também são limitadas. Louros e fama? Por um tempo pode parecer revigorante, mas são igualmente limitados. Juventude, beleza e saúde? Não há como cessar o ciclo natural da vida.

Todos esses fatores são capazes de nos trazer apenas uma felicidade efêmera e vazia, que nos deixam sós e tristes quando se vão. A verdadeira felicidade, em seu sentido mais amplo e belo, está ligada aoamor. Não falo do amor que os outros são capazes de ter por nós. Falo aqui do amor que devemos ser capazes de ter por nós mesmos todos os dias. Tudo aquilo que falei no parágrafo anterior, todas aquelas perguntas, que são objetivos de tantas pessoas, só serão alcançados quando os seres humanos compreenderem que amar a si mesmo provoca uma transformação tão imensa que o pouco se torna muito e o pequeno vira grande.

Para isso, o primeiro passo é modificar a forma de se ver. Vamos lá?

1. Tenha em mente que a opinião dos outros sobre você não é tão importante quanto a sua própria.

2. Olhe-se no espelho. Se você achar que há algo que não gosta, mude. Não espere que alguém o diga para só então tomar uma atitude. Você deve acreditar em você.

3. Amar-se não significa se tornar egocêntrico. Amar-se não significa se tornar egoísta. Amar-se é acreditar em si mesmo.

4. Saiba que o seu valor é grande, maior do que você imagina.

5. Se você acha que uma ou mais pessoas não acreditam em seu potencial, pare para analisar se isso é realmente verdade ou se elas têm problemas com o potencial delas.

6. Cada um tem seus próprios problemas, suas próprias frustrações. Há dias bons e dias ruins para todos. Muitas vezes, palavras ásperas não são voltadas diretamente a você, mas a qualquer um que ousa ajudar.

7. Amar-se também envolve olhar o próximo com compaixão, ver além de sua raiva, de sua tristeza, de sua máscara de alegria, de sua saudação melancólica. Muitas vezes, conviver diariamente com alguém que achamos que não gosta de nós é necessário para ambos, pois alguém precisa se compadecer do outro.

8. Não deixar os problemas tomarem vulto maior do que têm, atrapalhando o cotidiano, é um modo de tranquilizar a mente e focar em si. As interferências externas são uma distração incapacitante que vem para nos iludir quanto a nós mesmos. No fim do dia, a única imagem que vemos no espelho é de alguém que não atingiu seus objetivos e que não merece o que quer. Será que essa pessoa se ama?

A plenitude não pode ser alcançada de um dia para o outro. Nós, infelizmente, não fomos doutrinados para nos amarmos e sim para amarmos o outro em primeiro lugar. Muitos confundem isso com felicidade suprema, ou seja, acham que quando forem amados por alguém serão, enfim, plenos e satisfeitos. Por isso, desmoronam caso o relacionamento não dá certo. Sempre gosto de afirmar que nenhuma relação, seja um namoro, casamento, amizade ou mesmo maternidade ou paternidade, deve ser compreendida como preenchimento de um vazio. Ela precisa ser entendida como uma soma. Você, que já era uma pessoa segura, boa e feliz – todos ainda temos muito a aprender e a agregar para chegarmos à plenitude – se uniu a outro que também tem essas qualidades e, juntos, agregam. Usar o outro como uma muleta para a própria felicidade é trilhar o caminho errado. Pedir sua ajuda é seguir pela trilha certa.

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Fernanda Ferrari Trida

Fernanda Trida é jornalista, médica veterinária, dona de casa, esposa, mãe de Marcela, com três anos, e de João, com um ano de idade.