Fazer a transição de um novo bebê na família e no lar

A alteração do ambiente será muito grande, e todos devem estar dispostos e cientes que tem parte e responsabilidade para que a harmonia prevaleça.

Beth Proenca Bonilha

A chegada de um novo bebê em casa é sempre um grande acontecimento, muita alegria, muito amor, porém, também, muita mudança na rotina e, principalmente, na estrutura familiar.

Mesmo que seja o primeiro bebê da casa, a família sofrerá grande impacto com sua chegada, pois é um ser que exige atenção especial. E como já dissemos em outro artigo, filho não vem com manual de instruções, com isso, a mãe fica, na maioria das vezes, na tentativa e erro para cuidar bem dele: Como saber se está com frio ou calor? Se estiver chorando será por fome ou dor? Se dormir demais preocupa, se dormir de menos, também.

Se for o primeiro filho de um casal é difícil, mas se for o segundo, terceiro, e assim por diante, as dificuldades acima citadas serão as mesmas com a diferença de que os pais e familiares terão que saber lidar com os irmãos e preparar a transição de maneira harmoniosa.

Os cuidados com a transição devem começar antes da chegada do novo bebê, durante a chegada e depois.

Durante a gestação, tanto pais como filhos devem se envolver com a ideia de um novo membro na família, acompanhar o desenvolvimento da gestação, compartilhar todos os momentos, como quando o bebê se mexe na barriga da mãe, quando se faz um exame de ultrassom, ouvir a batida do coração.

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Assim que for o momento da preparação do espaço e enxoval do novo bebê, o envolvimento de todos familiares também deve ser priorizado. A mãe deve aceitar sugestões de cores, modelo de roupa, brinquedos, móveis, boa parte do que for adquirido para o novo bebê deve ser compartilhado. Isso fará com que toda a família esteja preparando o espaço que o bebê vai ocupar, com isso, inconscientemente, estarão dando espaço para o bebê, respeitando e aceitando que a partir de sua chegada tudo será compartilhado e dividido com ele. A escolha do nome também é algo que deve ser decidido democraticamente entre a família.

O momento da chegada em casa deve ser um acontecimento especial, como um presente que todos estarão ganhando. O pai, os familiares, avós, tios, irmãos podem preparar o lugar com boas-vindas para o novo membro da família, com o cuidado de respeitar as necessidades especiais que a mãe e bebê estarão precisando, como atenção, carinho, cuidados e, especialmente, ajuda, quando for solicitada pela mãe. A alteração do ambiente será muito grande, e todos devem estar dispostos e cientes que tem parte e responsabilidade para que a harmonia prevaleça.

Em três ou quatro semanas todos começam a entender e entrar em acordo com a nova rotina da casa. Tudo começa a ficar mais fácil, as tarefas são realizadas com mais tranquilidade, até mesmo o bebê já se sente seguro e aceito contribuindo para que a transição comece a se solidificar.

O início é um período bem delicado, por isso a figura do pai é muito importante, por ser adulto e porque não passou pelo estresse que o parto provoca, ele deve ser o elo forte para manter o equilíbrio entre as necessidades da mãe, do novo bebê e dos outros filhos. Por outro lado, a mãe deve estar atenta às necessidades do pai, tomando o cuidado de não fazer muitas exigências ou esperar perfeição. Uma boa forma de ajudar e contribuir para que o pai consiga se manter como elo forte é mostrar gratidão e apoio.

Não basta esperar a chegada de dias lindos. É necessário proclamar, que foi com sua chegada que os dias ficaram lindos.

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Beth Proenca Bonilha

Graduada em Administração de Empresas com MBA em Empreendedorismo. Casada mãe de 6 filhos, avó de 2 netos. Atua profissionalmente como Analista Instrutora da Educação Empreendedora no SEBRAE - SP. Como hobby gosta de artesanato, música e leitu