Pais e filhos e os segredos desse amor

Dicas para aproximar pais e filhos de maneira a aumentar o amor entre eles.

Beth Valentim

Nascemos de pais que não escolhemos, nos sentimos protegidos, acalentados, totalmente prestigiados por termos um lar. O amor parece o maior do mundo, nada é imperfeito nos corações mínimos, sedentos de carinho, atenção, cuidados. E por anos andamos de mãos dadas com aqueles que nos parecem super-heróis. Sem defeitos, eles nos ensinam coisas inimagináveis. Conhecem as fórmulas dos problemas de matemática e as regras de português, nunca chegam atrasados para nos buscar na escola e a vida parece o céu.

Crescemos. Observamos que aqueles pais não são nossos super-heróis, eles têm defeitos. Ficamos sem entender como podem possuir defeitos, tantos erros e fragilidades. Mas eles nos amam infinitamente, do jeito deles, como lhes é possível. E nós, bem, nós cobramos, nos sentimos traídos, vivemos às turras com suas tais imperfeições e fechamos aquele coração mínimo que se tornou duro e insensível.

Por quê?

Seriam os filhos tão imbatíveis que não poderiam perdoar as falhas de quem tanto lutou por sua educação, desenvolvimento, saúde… Enfim, eles se desdobraram, e com a eficácia que foi realizada com as mãos dadas, ajudaram a atravessar vales escuros, frustrações e grandes tropeços.

Amar inclui o perdão

Filhos precisam aprender a amar com liberdade. Amar sem regras, normas. Aceitar os pais com suas manias, com seus anos de vida acumulando-se e decaindo pela própria natureza.

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Talvez você ainda seja somente filho, filha, mas vai ser pai ou mãe e sentir o mesmo quando seu próprio rebento virar a face quando mais precisar. Dizer não quando você precisava de um sim. O abraço de saudade que ficaria para trás e você vai lembrar-se de que no passado foi para aqueles que tanto te cuidaram e fizeram manobras incríveis para estar ao seu lado.

Deixar de lado o orgulho e abraçar as diferenças

Impertinência. Superioridade. Orgulho. Amor deixado de lado. Sabe? Aquilo tudo que recebeu e não se deu conta da importância vai lhe fazer falta um dia. Comece agora a sentir o verdadeiro valor das relações nas famílias, entre pais e filhos e filhos com seus pais. Os encontros, comemorações, o simples telefonema e o “eu te amo”.

Sentir amor filial, troca familiar, sim, é o sentimento nobre que envolve as emoções de gratidão e expectativas boas. Pessoas que reconhecem o que receberam vão saber oferecer. Doar. Amar.

Tomara que você seja assim, um filho, uma filha, um ente querido entre dois corações que se uniram e tentaram, mesmo não tendo acertado como você desejava, a apoiar os erros e acertos de duas vidas que foram o início de tudo e você deve ser grato eternamente por isso.

Amar incondicionalmente, não importa se seus pais tenham deslizes. Eles tentaram fazer o melhor e você deve fazer o mesmo, porque acusar é fácil, difícil mesmo é acertar, acredite.

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Beth Valentim

Beth Valentim é Consultora em comportamento, escritora e blogueira. Atende em consultório particular e trabalha com Assessoria Individualizada para executivos. Mora no Brasil mais especificamente na Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro.