Alimento Diet, light e zero: Entenda a diferença

Com belos rótulos coloridos, a informação que é relevante: diet, light ou zero. Todos sabem que é um alimento ou bebida dietéticos. Mas, qual a diferença? O que significa diet? Light? Por que zero?

Stael Ferreira Pedrosa

Atualmente, as pessoas já estão mais familiarizadas com estes termos: diet, light e zero. Mas à medida que foram surgindo, essas palavras causaram muita confusão. E ainda por cima, uma famosa marca de refrigerante cortou o açúcar completamente (zero açúcar) e classificou-se como “light”. Eu, como diabética e apaixonada pela marca do tal refrigerante, cheguei a escrever para a empresa fabricante para saber se continha açúcar ou não. Disseram que não, e hoje o refrigerante não é mais “light”, é “zero”. Felizmente, nem refrigerante eu tomo mais! Prefiro um bom chá de maçã ou morango gelado.

As diferenças e semelhanças de cada classificação:

Diet

Os alimentos e bebidas diet são isentos de açúcar, alguns tipos de proteínas (como o glúten), lactose, carboidratos e gorduras. São indicados para pessoas com problemas metabólicos como doença celíaca e diabetes. São destinados a pessoas com restrições dietéticas, e nem sempre são adequados para quem quer perder peso, pois alguns alimentos diet podem ser bastante calóricos.

Light

Um dos significados de light em inglês é “leve”. Por isso, os produtos do tipo light nem sempre são diet, pois eles são fabricados ou modificados industrialmente retirando-se no mínimo 25% das calorias ou de alguns nutrientes como carboidratos, açúcar, gorduras, colesterol e sódio (sal), em relação ao produto original. Isso significa que se você tem um alimento ou bebida tradicional e um “light”, o light tem uma redução de no mínimo 25% dos nutrientes citados acima. Sendo, portanto, mais leve. O que é contraindicado para pessoas com restrições alimentares severas, como os diabéticos ou alérgicos à lactose.

Zero

É o mais novo dos termos que indicam isenção de algum componente que tem no produto original – como o refrigerante citado antes – tem o refrigerante com açúcar e o zero, sem açúcar. Significa que a quantidade do nutriente em questão é zero. Mas, o consumidor tem que ficar atento a uma pergunta: “Zero o quê?”. O diabético só pode utilizar determinado produto se for zero açúcar. No entanto, uma pessoa que sofre de hipertensão (pressão alta) deve evitar muito açúcar e suprimir o sal (sódio), então o indicado para esse último seria o zero açúcar e zero sódio.

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Fique atento aos rótulos dos produtos

  • A inscrição diet na embalagem não é suficiente. Deve estar especificada, também, que substância foi retirada ou substituída no produto.

  • O chocolate diet não contém açúcar, mas tem maior quantidade de gordura, e claro, mais calorias do que o produto original. Portanto, chocolate diet em excesso engorda.

  • Se no rótulo de determinado produto diz: sem adição de sódio, ou na tabela a quantidade de sódio é igual a zero, isso não significa que o produto tenha menos calorias do que o original.

  • Se o produto for light, no rótulo deve conter a informação de qual produto esse é a versão light. Por exemplo, se for o suco x light, o rótulo do suco x light deve informar que é a versão light do produto x original.

Algumas verdades que o rótulo não conta

Como nem sempre o melhor para o consumo é o melhor para o lucro empresarial, algumas informações importantes são omitidas ou “camufladas” com nomes que a maioria nem conhece.

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Carboidrato ou Hidrato de Carbono, xarope de glucose, maltodextrina = açúcar, ou seja, tornam-se glicose no organismo. Se um alimento tem alto índice carbônico, ou outro desses aditivos, o diabético não deve utilizar ou utilizar moderadamente. Os alimentos derivados do leite, por exemplo, costumam ter mais carboidratos na versão diet do que na versão original.

Alguns produtos não contam no rótulo quanto de açúcar, sal ou outro “nutriente” você estará ingerindo se comer ou beber a embalagem inteira, pois a informação nutricional no rótulo traz a informação “por porção”, o que geralmente indica menos quantidade do que está na embalagem. Aí o consumidor tem que fazer conta para saber quanto de determinado produto ele está ingerindo. Por exemplo, uma latinha de refrigerante “conta” no rótulo que 200 ml de refrigerante contém 20 gramas de açúcar, mas a lata toda tem 350 ml = 35 gramas de açúcar, ou seja, quase 3 colheres de sopa de açúcar em uma única latinha.

Gordura vegetal = gordura trans. Altamente nociva ao organismo, essa gordura se comporta pior do que a saturada – não só aumenta a taxa de LDL (o colesterol ruim) como diminui em cerca de 20% o HDL (o colesterol bom).

Nesse ponto, você já deve estar pensando: “Nossa! Não há nada que se possa comer ou beber?” Lembre-se, comida é comida, produtos químicos são produtos químicos. Comida para o ser humano são os cereais, de preferência integrais, as proteínas animais, as frutas, verduras e legumes. Deu fome? Não compre uma barra de cereais, coma uma fruta. Deu sede? Beba água. A vida será mais fácil, mais simples, e claro, mais saudável.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.