Como decidir qual dieta é a melhor
Veja quais os cuidados que você precisa tomar antes de decidir-se por uma entre tantas dietas de emagrecimento que se vê por aí.
Erika Strassburger
Quando as pessoas pensam em dieta, normalmente vem à mente a privação de alimento. Ninguém quer passar fome, mas imagina que isso seja necessário para emagrecer. As duas palavrinhas-chave para o emagrecimento não são “passar fome”, mas “reeducação alimentar”. Uma pessoa que sabe comer, comendo de tudo um pouco, consegue manter-se em forma sem grandes sacrifícios.
Há uma grande variedade de dietas no mercado – dietas da lua, das proteínas, dos sucos, das sopas, etc. – cada uma delas prometendo eliminar o excesso de peso ou as teimosas gordurinhas. Os argumentos usados pelos criadores de cada dieta são, geralmente, muito convincentes. Os médicos e nutricionistas confirmam que muitas delas realmente funcionam para perder peso, no entanto, muitas delas deixam a desejar quando o assunto é saúde.
Para emagrecer com saúde e antes de decidir qual dieta é a melhor, leve em consideração o seguinte:
1) A opinião de um especialista
A melhor coisa a fazer é consultar um endocrinologista ou nutricionista. Ele fará uma avaliação, calculará o Índice de Massa Corporal (IMC) e solicitará alguns exames para saber como estão os níveis de colesterol, açúcar no sangue, hormônios, entre outros. Ele o questionará sobre o seu estilo de vida e elaborará um cardápio adequado às suas necessidades.
2) Se a dieta proporciona uma nutrição adequada
Ao decidir-se por uma dieta, você precisa priorizar seu bem-estar e o bom funcionamento do seu organismo. Para que o organismo funcione adequadamente e você se sinta bem, é necessário que sua alimentação contenha todos os grupos alimentares da pirâmide alimentar. Alguns poucos especialistas até sugerem algumas dietas privando alimentos de um ou mais grupos alimentares. Há bastante controvérsia no meio médico a esse respeito. Se isso acontecer, procure obter uma segunda opinião.
O endocrinologista Alfredo Halpern afirma que os regimes malucos fazem a pessoa recuperar todo o peso perdido em pouco tempo. O cérebro compreende que está havendo uma escassez de nutrientes e acaba dando um sinal para que o metabolismo desacelere e o corpo faça reservas de gordura. Essa gordura é armazenada dentro das células. As células adiposas incham e se dividem, e a pessoa acaba engordando além do que perdeu no regime.
3) O propósito da dieta
A pessoa quer somente emagrecer? Quer ganhar músculos também? Quer somente desintoxicar?
A mesma dieta não servirá para vários propósitos. Por exemplo, uma pessoa que quer ganhar massa muscular precisa ingerir mais proteína e carboidratos. No caso de emagrecimento, os carboidratos precisam ser reduzidos. As dietas desintoxicantes – que tem como base verduras e frutas in natura ou em forma de sucos e sopas – devem ser feitas por um período muito curto, no máximo 3 dias consecutivos.
4) Se há algum fator psicossomático relacionado ao ganho de peso
Segundo a matéria “Compulsão alimentar é distúrbio químico nos mecanismos da fome”, publicada no site G1/Bem Estar, alguns distúrbios químicos podem influenciar nos mecanismos de saciedade. Da mesma forma, muitas pessoas que comem compulsivamente “sofrem de depressão, ansiedade e outros transtornos psíquicos (…). A compulsão também pode estar associada a um transtorno bipolar e a uma personalidade de excessos, como acontece com compras e drogas, por exemplo.”
Não há uma fórmula única para se chegar ao peso ideal. Uma coisa, porém, é certa: o emagrecimento saudável deve ser conquistado através de uma alimentação equilibrada, acompanhada de atividades físicas adequadas. É necessário, na verdade, uma reeducação alimentar, uma mudança no estilo de vida. Sem esta mudança não será possível manter o peso e uma boa qualidade de vida.