10 doenças infantis mais comuns: Como evitar e tratar

Seu filho vai ficar doente, isso é fato. Faz parte da formação e amadurecimento da resistência orgânica. Algumas doenças são inevitáveis, outras podem ser evitadas com alguns cuidados e bons háb

Stael Ferreira Pedrosa

As doenças mais comuns da infância geralmente são as viroses, alergias e problemas respiratórios. Com seu sistema imune ainda em formação, as crianças experimentarão ou estarão sujeitas a diversas infecções.

As viroses

Mais comuns na primeira infância, pois a cada virose a criança ganha resistência orgânica e se torna imune àquele tipo de vírus. Os meios de contágio são diversos, desde alimentos contaminados até pelo ar. Mudanças climáticas que afetem a imunidade também podem facilitar a contração de vírus.

De definição difícil devido à quantidade de vírus existentes no planeta, denomina-se virose qualquer infecção por vírus que apresente sintomatologia característica tais como complicações respiratórias (resfriados, gripes, bronquiolite) e, em muitos casos, as diarréias que são também sintomas virais. Um meio de definição seria o órgão afetado. Por exemplo, o médico sabe quando se trata de hepatite porque o órgão afetado foi o fígado, causando icterícia e mal-estar.

As doenças viróticas mais comuns na infância e como evitá-las

  1. Gripe – Geralmente apresenta febre, coriza, prostração, mal-estar. Vacine a criança, hidrate-a sempre, alimente bem, se for lactente, amamente-o e evite aglomerações. Se a criança contrair gripe não deve ir à escola ou creche.

  2. Resfriado – Nem sempre apresenta febre ou apresenta febre baixa e coriza. Difícil de evitar, mas alguns cuidados devem ser tomados se alguém na família apresentar sintomas, tais como: cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, separar utensílios como talheres e copos e lavar bem as mãos. A criança não deve ir à escola ou creche.

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  3. Dengue – Dor intensa no corpo, prostração, dor de cabeça, febre (geralmente alta), dor de cabeça, dor nos olhos. Os cuidados devem ser profiláticos como combater focos do mosquito Aedes aegypti. Atendimento médico o mais rápido possível, descanso e hidratação são fundamentais.

  4. Hepatite – pele e olhos amarelados, febre, prostração, falta de apetite. Transmitida por alimentos contaminados, objetos de uso pessoal e perfuro-cortantes (seringas, por exemplo). Higiene sempre, nos alimentos, nas mãos e evitar compartilhar objetos de uso pessoal.

  5. Diarreias (disenteria). As infecções intestinais são as principais responsáveis pelas diarréias. A higiene é o principal fator de prevenção. Além disso, evitar alimentos de procedência duvidosa ou que ficaram expostos a agentes infecciosos.

A maioria das viroses do tipo grave pode ser evitada pela vacinação (caxumba, sarampo, coqueluche, difteria, etc). Mantenha a vacinação em dia. O tratamento é geralmente hidratação abundante, repouso, boa alimentação, medicamentos para dor e febre e paciência para aguardar o vírus cumprir seu ciclo e sair do organismo.

A amamentação também fornece anticorpos que ajudam a prevenir as doenças mais comuns da infância. Quando se trata de virose, não há medicação específica.

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Os problemas do trato respiratório

Fatores de risco

Cigarro, alergias, poeira, ácaro, baixa umidade do ar, pouca ingestão de líquidos podem causar ou piorar doenças do trato respiratório. Os sintomas geralmente se apresentam como chiado (sibilo), falta de ar, cansaço e aumento da frequência respiratória.

Bebês prematuros, crianças que têm asma ou problemas do coração são mais susceptíveis ao agravamento das doenças respiratórias.

Segundo a Dra. Marina Buarque de Almeida, pneumopediatra da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, “Nestes casos há indicação de tratamento preventivo. A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo fornece um medicamento que deve ser aplicado nos meses de maior circulação deste vírus, normalmente no período de outono e inverno (…) Importantíssimo é evitar a todo custo o contato das crianças com o cheiro de cigarro e caprichar no ambiente de seus quartos. É essencial que seja um local limpo, sem umidade, sem mofo, sem poeira, sem cheiros e odores que possam irritar as vias aéreas. O colchão e travesseiro devem ter capas”.

As doenças respiratórias mais comuns na infância

  1. Pneumonia: Pode ser viral ou bacteriana. Considerada uma doença grave que pode levar à morte se não for tratada. Geralmente apresenta febre, dor abdominal, dificuldade respiratória, palidez, falta de apetite e prostração.

  2. Amigdalites: São as infecções de garganta. Causa dor, febre, inchaço das amígdalas, mau hálito e falta de apetite.

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  3. Otite: Dor de ouvido

  4. Sinusite: Apresenta dor na face, catarro amarelado, tosse noturna e raramente nas crianças dor de cabeça.

  5. Asma: Doença que provoca dificuldades respiratórias. Sua crise é considerada grave e deve ter atendimento emergencial. Os sintomas são: tosse, chiado no peito, dificuldade de respirar, lacrimejamento, dor no peito.

As doenças respiratórias são em sua maioria evitadas da mesma forma: Cuidados com o ambiente. Ambiente limpo, livre de poeira, animais de pelúcia, cortinas, tapetes, cômodos bem arejados e sem fumaça de cigarro. O cigarro é um dos principais agentes irritantes do sistema respiratório. Evite contatos com pessoas gripadas e exponha a roupa de cama e colchões ao sol. Boa alimentação, sono adequado e boa hidratação são fundamentais.

Algumas das doenças acima podem ter origem bacteriana e necessitar de antibióticos. Só o médico pode determinar se haverá necessidade de medicamentos ou não, se são viróticas ou bacterianas. Tenha sempre contato com o pediatra de seu filho para tirar dúvidas.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.