3 formas em que o divórcio afeta seu corpo

Estudos mostraram que pessoas divorciadas estão mais propensas a ter um ataque cardíaco do que as que permanecem casadas.

Sônia Penha

Se os casamentos com dificuldades já causam muitos problemas à saúde, o divórcio, então, pode trazer efeitos devastadores, emocional, mental, físico, social e até espiritual. Ele troca vários problemas por outros e muda desde situação financeira até a saúde da pessoa, e não para melhor. Sem falar seu impacto nos filhos, caso eles façam parte da vida do casal.

Vários estudos têm mostrado o quanto os problemas no casamento, incluindo o divórcio, afeta a saúde da pessoa por um longo tempo, especialmente o das mulheres. A BBC News afirmou que “uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que mulheres com casamentos problemáticos têm mais chance de desenvolver problemas de saúde que seus maridos.”

Elas têm mais facilidade do que os homens para desenvolver obesidade, hipertensão e colesterol alto, todos sintomas da “síndrome do metabolismo” que podem levar a doenças cardíacas, diabetes e derrame. Segundo cientistas da Universidade de Utah, “a diferença entre os gêneros se deve ao fato de que nas mulheres o estresse e a depressão geram alterações no metabolismo, enquanto nos homens isso não ocorre.”

James Gallagher, editor de Saúde do site BBC News, num artigo que fala que “os divorciados têm mais ataques cardíacos”, fez referência a vários estudos e pesquisas que mostram como o divórcio “pode” afetar o corpo.

  1. Uma pesquisa com 15.827 pessoas nos EUA mostrou que os divorciados são mais propensos a ter um ataque cardíaco do que os casados e que as mulheres foram as mais afetadas; o risco quase não reduziu mesmo se elas se casaram novamente.

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  2. Publicado no jornal Circulation, um estudo apontou que o estresse crônico, ligado ao divórcio, teve impacto de longo prazo sobre o corpo.

  3. A morte de alguém da família pode aumentar muito o risco de um ataque cardíaco, mas os pesquisadores da Duke University mostraram um efeito similar depois do divórcio num estudo entre 1992 e 2010, onde uma a cada três pessoas se divorciou pelo menos uma vez. As mulheres divorciadas uma vez têm 24% mais chance de ter um ataque do coração do que as casadas, e as que tiveram vários divórcios, 77% de chance. Os homens com um divórcio têm 10% de risco e com vários divórcios têm 30% de risco.

Linda George, professora pesquisadora, disse que “o risco é comparável ao da pressão arterial elevada ou se tem diabetes, então é bem alto. Quando avaliados os que casaram novamente, o risco para mulheres foi ligeiramente reduzido, enquanto os homens se recuperaram. Isso porque os homens estão mais confortáveis casados do que solteiros, e em lidar com diferentes mulheres sendo suas esposas. Já para as mulheres, o primeiro casamento é protetor e o segundo é um pouco arriscado.

Leia: A causa Nº 1 do divórcio não é o que você pensa

Mas por que isso acontece?

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O risco elevado pode não ser explicado pelas mudanças de estilo de vida, como perda de renda, acham os pesquisadores, mas a professora Linda George contou ao site da BBC News que pela análise “sabemos que o sofrimento psicológico é um estresse constante para o sistema imunológico aumentando os níveis de inflamação e estresse hormonal. As funções imunológicas são alteradas para pior e se continuar por muitos anos vai causar um impacto fisiológico. Ela também mostra que a diferença entre sexos também é vista na depressão e que para a mulher a carga psicológica é maior, “mesmo não sabendo o que está acontecendo”. Os comprimidos podem reduzir os riscos causados pela elevada pressão arterial, porém não existe solução fácil para a dor de um divórcio. Para isso os pesquisadores recomendam que os familiares e amigos próximos deem apoio.

O professor Jeremy Pearson, da British Heart Foundation, comentou: “Nós já sabíamos há algum tempo que a nossa saúde mental pode afetar nossa saúde do coração. Este estudo sugere que o divórcio pode aumentar o risco de uma pessoa de um ataque cardíaco. “

Embora os resultados para muitos ainda não sejam definitivos e mais estudos e provas se façam necessários, desvalorizar o conceito de que os casamentos são permanentes e valiosos traz consequências de longo alcance.

Alguns encaram o divórcio como uma prova de fracasso, outros como a saída de emergência para um casamento. Seja qual for a perspectiva, de uma forma ou de outra, ele afeta grande parte das famílias em muitos aspectos, inclusive a saúde do corpo.

Quer evitar os males destacados acima, entre outros? Então, atente para o fato de que para a maioria dos problemas conjugais, o remédio é o arrependimento e não o divórcio; a causa, muitas vezes, não é a incompatibilidade, e sim o egoísmo; a separação não deve ser o primeiro passo, mas sim a mudança; o divórcio não é a cura para os males, mas causa o sofrimento duradouro.

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O homem e a mulher não precisam ser perfeitos para um bom casamento, mas que se empenhem juntos na busca da perfeição. Por mais difíceis que sejam suas experiências e os resultados, busque ajuda profissional e, principalmente, busque a ajuda de Deus, pois Ele ama e abençoa os maridos e as esposas que tentam, com todo o amor, salvar e preservar o casamento e a família, inclusive dos males que prejudicam o corpo.

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Sônia Penha

Sônia Penha é esposa e mãe de duas lindas filhas. Ama sua família, gosta de ler e se informar sobre vários assuntos, gosta de fazer artesanato e atividades que envolvam a família e amigos. Possui formação em Informática e é editora para o Familia.com.br.