5 sinais de que você pode ter TDAH

Veja quais são os sinais mais evidentes do TDAH, quais as causas desse transtorno, que relação ele tem com outros distúrbios psiquiátrico e o que pode ser feito para minimizar seus sintomas.

Erika Strassburger

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome que tem como características marcantes a falta de atenção, a agitação extrema e a impulsividade.

Devido ao despreparo de alguns profissionais ou pela ganância das indústrias farmacêuticas, tem havido muitos diagnósticos equivocados desse transtorno. Uma recente pesquisa mostra que apenas 23,7% de 459 crianças brasileiras, diagnosticadas como tendo TDAH, realmente tinham o transtorno. Das 128 que tomavam medicamento, apenas 27,3 precisavam tomar.

Parece modismo diagnosticar qualquer teimosia, agitação e distração como TDAH. A falta de um diagnóstico preciso pode prejudicar o paciente. Os medicamentos para o tratamento do transtorno podem trazer sérios riscos à saúde quando usados indevidamente.

Por outro lado, segundo o site Banco de Saúde, “a falta de diagnóstico e tratamento correto acarretam grandes prejuízos à vida profissional, social, pessoal e afetiva da pessoa portadora. Sem tratamento, outros distúrbios podem associar-se ao quadro, a autoestima fica cada vez mais comprometida e a pessoa vai se isolando do mundo.”

Estima-se que 65% das crianças que apresentam o TDAH vão permanecer com o transtorno na vida adulta, embora haja uma modificação dos sintomas ao longo da vida e os sintomas variem de uma pessoa para outra.

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Quando a pessoa não é diagnosticada ainda na infância, acaba sendo bem mais difícil para os médicos diagnosticarem esse problema na vida adulta. Em virtude disso, os pacientes acabam sendo diagnosticados como tendo outros problemas.

Veja os sintomas mais expressivos do TDAH na vida adulta:

1. Falta de atenção

A dificuldade para manter o foco e concentrar-se por muito tempo são sintomas clássicos do transtorno. A pessoa distrai-se frequentemente, principalmente com estímulos visuais e auditivos. Seus pensamentos também podem distraí-lo facilmente. Devido a essa distração frequente, ela acaba:

  • Não conseguindo completar suas atividades até o fim (provas, trabalhos, tarefas cotidianas, etc).

  • Não compreendendo as regras, as instruções ou explicações dadas, por exemplo, durante uma reunião ou uma aula, relativas a compras que precisa fazer, etc.

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  • Não fazendo aquilo que foi solicitado ou cometendo muitos erros, pela dificuldade de concentrar-se durante as instruções.

  • Tendo dificuldade para memorizar.

  • Perdendo prazos.

  • Perdendo seus pertences com frequência.

  • Sendo muito desorganizado. Podendo ter dificuldade, inclusive, de se planejar a longo prazo.

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2. Agitação

Na infância e adolescência a pessoa apresenta uma inquietude fora do comum. Na vida adulta, porém, esse sintoma tende a regredir. Segundo o site Universo TDAH, a hiperatividade é “substituída por uma ‘energia nervosa’, não deixando que o indivíduo fique parado por muito tempo num mesmo lugar, ou esteja em eterna tensão. A hiperatividade mental, entretanto, continua sempre intensa.”

3. Impulsividade

A impulsividade costuma trazer sérias consequências ao portador de TDAH. Ele toma decisões precipitadas, não consegue esperar até o fim para dar sua opinião, tem dificuldade para manter um relacionamento, pois perde facilmente o interesse pelas pessoas. A sua impulsividade pode colocá-lo em perigo, já que primeiro age depois pensa. Ele pode reagir em assaltos, brigar no trânsito, daí por diante.

4. Transtornos do sono

Por volta de 75% das pessoas diagnosticadas com TDAH apresentam também o transtorno do sono. Suas queixas mais comuns são: dificuldade para dormir uma noite toda, insônia, acordam cansadas e movimentam-se muito durante o sono.

5. Inconstância

Por não conseguir se concentrar por muito tempo, ele acaba perdendo o interesse e é comum que fique em busca constante por novidades. Ele apresenta também instabilidade de humor e nas relações sexuais.

Causas do TDAH

Em geral esse transtorno é de origem genética. Quando um dos pais tem TDAH, a probabilidade dos filhos também terem é o dobro. As chances aumentam para oito vezes, caso ambos os pais tenham o transtorno.

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Outros fatores que podem estar relacionados ao TDAH são:

– Quando a mãe fumou ou ingeriu bebida alcoólica durante a gravidez.

– Quando a criança foi exposta ao chumbo entre os 12 e 36 meses de idade.

– Por traumas ou problemas neonatais.

Comorbidades

Cerca de 70% dos adultos portadores de TDAH apresentam outros distúrbios psiquiátricos associados (comorbidades), que provocam uma piora significativa no prognóstico, como: TDAH com depressão (20-30%), TDAH com Ansiedade Generalizada (20-30%), TDAH com Transtorno Alimentar (20-30 %), TDAH com Transtorno do Sono (75%), TDAH com Transtorno de Personalidade Antissocial (25%), e outros distúrbios como Fobia, TOC e Bipolaridade.

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Dos pacientes que apresentam comorbidades, 97% têm cerca de quatro comorbidades.

O lado positivo do TDAH

O indivíduo com o transtorno tem dificuldade de organizar seus pensamentos e estabelecer prioridades, pois é constantemente bombardeado com mil pensamentos e ideias criativas. Se ele aprender a canalizar sua energia criativa e colocá-la em prática, poderá ter sucesso como tiveram muitos portadores de TDAH famosos, como Albert Einstein, Leonardo Da Vinci, Thomas Edison, Walt Disney, Steven Spilberg e Mozart.

Tratamento

Os sintomas de TDAH podem ser minimizados através do uso de medicamentos e de terapia, que melhora bastante a qualidade de vida do indivíduo. No site da ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção) você encontrará mais informações sobre as formas de tratamento para o transtorno. No entanto, nenhum tratamento deve ser iniciado sem o devido diagnóstico dado por um médico especializado. 

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.