Outros sinais de câncer de colo de útero que as mulheres precisam ficar atentas

Além dos sintomas já descritos anteriormente, existem outros sinais de câncer que as mulheres devem ficar atentas.

Stael Ferreira Pedrosa

Carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma. Os nomes são complicados, mas o significado é bem conhecido: ambos se referem ao mesmo mal, o câncer de colo de útero, sendo a maioria deles os carcinomas de células escamosas. No artigo anterior, foram destacados os principais sintomas de câncer de colo de útero e são eles:

  1. Corrimento incomum

  2. Verrugas

  3. Dor ou sangramento

  4. Anemia

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  5. Problemas urinários

  6. Dor contínua nas pernas, quadris ou costas

  7. Perda de peso

Leia: 7 sinais de câncer de colo do útero que as mulheres precisam observar

Além destes, existem sintomas relacionados ao sangue e às secreções que também devem ser observados. Consulte seu ginecologista se seu período menstrual apresentar um sangramento incomum ou diferenciado, tais como:

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  • Sangramento vaginal anormal, ou seja, fora do período menstrual

  • Sangramento menstrual mais longo que o habitual – geralmente se ultrapassar os 7 dias

  • Secreção vaginal incomum – corrimento escuro ou com sangue.

  • Sangramento após a menopausa – especialmente na menopausa tardia (após os 50 anos)

  • Sangramento após a relação sexual

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Lembrando que o câncer do colo do útero apresentará estes sintomas (sangramento e dor durante as relações sexuais) em fase já adiantada e que tem 100% de possibilidade de cura quando diagnosticado precocemente, por isso a importância da prevenção.

HPV e câncer de colo de útero

É muito comum as pessoas confundirem HPV com o câncer cervical. O vírus HPV (papilomavírus) é sexualmente transmissível (raramente pode ser contraído pelo beijo na boca) e embora seja a principal causa e esteja presente em 94% dos casos de câncer de colo de útero, este é um vírus e não o câncer em si. Existem mais de 100 tipos de papilomavírus e nem todos causam câncer.

Prevenção

1. Papanicolau e HPV

Este exame detecta a presença de lesões pré-cancerosas antes que elas se transformem em tumores malignos pela retirada de uma amostra das células do colo do útero através do esfregaço cérvico-vaginal, onde uma espátula é introduzida pelo canal vaginal com a ajuda do espéculo e raspa o colo para retirar material que será examinado. É indolor e no máximo pode causar um desconforto devido ao espéculo. Após o exame, a paciente deve retornar ao ambulatório ou posto de saúde para o resultado e instruções. É importante apresentá-lo ao médico.

Se o resultado for negativo para células neoplásicas e processos inflamatórios é classificado como Papanicolau classe I e o exame deve ser repetido de ano em ano.

Se o resultado mostrar um processo inflamatório, como um corrimento, por exemplo, será classe II e o médico indicará o tratamento para a inflamação, se necessário e o exame deverá também ser repetido de ano em ano.

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Se houver alguma atipia (alteração) nas células (escamosa ou glandular) o médico indicará uma colposcopia (exame do colo com lente de aumento) e se necessário, biópsia (retirada de amostra de tecido) que definirá a conduta médica e tratamento. Em mulheres que já passaram da menopausa, deve-se investigar o endométrio que é o tecido que reveste o útero.

A partir daí as classes III, IV e V são consideradas células alteradas com presença de lesão intraepitelial de baixo e alto grau e suspeita de câncer.

2. Vacinação

As vacinas bivalente e quadrivalente foram desenvolvidas para combater os tipos mais presentes de HPV no câncer de colo. Porém a vacinação não substitui a necessidade de realizar o Papanicolau anual.

Sua ação é no sentido de estimular a produção de anticorpos para cada tipo de HPV. A duração da imunidade é desconhecida, pois é um medicamento relativamente novo, porém pesquisas asseguram 5 anos de imunidade.

3. Sexo seguro

Um dos motivos da transmissão do vírus é a multiplicidade de parceiros. Embora seja útil na prevenção, os preservativos não garantem 100% de eficácia. Tampouco as vacinas protegem totalmente contra todos os tipos de HPV. Portanto, sem querer ditar comportamentos, mas observando os resultados, a melhor maneira de se prevenir é tendo uma vida sexual saudável e segura. Guardar-se sexualmente até o casamento e manter-se fiel aos cônjuges ainda é a melhor maneira de evitar todo tipo de DST.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.