Puberdade Precoce: 7 coisas urgentes a fazer para salvar a autoestima de suas filhas

Tudo o que você, como pai ou mãe, DEVE fazer para não deixar que sua filha, ou filho, caiam na armadilha da mídia e destruam sua autoestima que pode ser causada pela puberdade precoce.

C. A. Ayres

A puberdade normalmente ocorre dos 12 aos 15 anos. Para algumas crianças, puberdade pode começar mais cedo que o normal. Há casos antes dos 8 anos em meninas e antes dos 9 anos em meninos.

Para entender o que é a puberdade precoce, acesse este link.

Se a família não tem uma história genética de puberdade precoce, pode ser uma situação confusa, principalmente para a criança, notar as mudanças em seu corpo antes de saberem o que está acontecendo.

As pesquisas giram em torno de muitos fatores considerando o fato de obesidade, excesso de alimentos com pesticidas ou plásticos e até relações familiares terem certa influência no desenvolvimento anatômico da criança. A melhor solução é levar a criança a um médico especialista que possa diagnosticar corretamente se os sintomas são realmente provenientes da puberdade precoce, e propor, assim, o tratamento adequado.

1. Autoimagem

A criança normalmente recebe comentários de várias pessoas como amigos, professores, meios de comunicação e família. Tudo isso colabora para que ela desenvolva sua autoimagem e como ela imagina que a sociedade espera de seu comportamento.

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Como pais, não podemos controlar o que ela ouve fora do lar, mas podemos ajudá-la a entender positiva e amorosamente, diminuindo assim a ansiedade normal da puberdade que pode levar à depressão, como agir, conhecer seu corpo, ser gentil consigo mesma, e não basear-se em rótulos externos.

2. Informação e relacionamento

Algumas dicas para promover autoestima são:

  • Todas as pessoas passam pela puberdade. Algumas começam antes das outras.

  • É de extrema importância saber tomar conta e respeitar seu próprio corpo, e nós, os pais, estamos aqui para ajudar.

  • Às garotas, podemos acrescentar que muitas vezes, devido a alteração dos hormônios, ela poderá ter sentimentos confusos, e isto é normal, conforme o corpo se adapta às mudanças, ela aprenderá a controlá-los.

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No artigo A forma correta para conversar com seu filho sobre sexo, falamos sobre a idade ideal para começar a informar nossos filhos sobre sexualidade. Mas, caso ocorra antes dos 8 anos, não há problema se necessitarmos tocar no assunto antes, caso a criança se interesse e esteja fazendo algumas perguntas. O mais importante é informá-la de forma correta, verdadeira, simples, e fazê-la o mais confortável possível, para que ela sinta-se sempre à vontade para conversar com você aberta e naturalmente.

3. Como começar a conversa

O ideal é informar-se primeiramente antes de conversar com a criança, e isso pode e deve ser feito com certa urgência. Acalmar as próprias preocupações e desconforto e manter a comunicação natural e completamente aberta e verdadeira depende de você conseguir se controlar e passar naturalidade a ela.

Sobre a preocupação de embaraçá-la, procure iniciar a conversa informalmente, como por exemplo na ida a algum lugar juntos, fazendo a criança entender que tem sua completa atenção.

Você pode encontrar bons livros que sejam apropriados e claros, além de bem-humorados também sobre o assunto.

O essencial é desenvolver essa relação de confiança.

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4. Puberdade precoce em meninas

Se você tem uma filha que foi diagnosticada, talvez sua filha tenha certas reações no humor e/ou alterações físicas antes das amigas. Isso pode torná-la envergonhada de sua aparência.

É extremamente necessário prestar atenção e dar toda assistência emocional a ela. Meninas que entram na puberdade mais cedo possuem tendência à depressão, transtornos alimentares como bulimia, anorexia ou obesidade, relações tumultuadas por não estarem preparadas para lidar com a atenção que recebem.

Como mãe, especialmente, precisamos levar a sério caso notemos que nossa filha esteja passando por qualquer desses processos. Precisamos alertá-la que as mudanças que ela está vivendo são normais, e apenas começaram mais cedo. Lembre-se sempre que ela ainda é uma criança que precisa de seu amor, orientação e afirmação.

5. Puberdade precoce em meninos

Apesar de ser mais comum em meninas, e mais visível, meninos podem também desenvolver a puberdade mais cedo que o normal, o que pode contribuir para torná-lo mais agressivo e levá-lo a desenvolver sua sexualidade mais cedo. Isso pode trazer alguns transtornos como ele não se identificar com os garotos de sua idade e problemas de concentração na escola.

Assim como orientamos nossas filhas, precisamos continuar guiando nossos filhos a saberem se respeitar, e mesmo que ele comece a se parecer mais com um homem, seja carinhosa e ajude-o a comunicar suas frustrações.

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6. Puberdade precoce vista na sociedade

Quando as crianças que estão passando por isso interagem em sociedade, talvez questões lhes sejam feitas por outros, sejam crianças, adolescentes ou adultos. Meninas precisam tomar extremo cuidado com meninos mais velhos que talvez se aproximem devido ao seu corpo físico que lhe chama a atenção.

Dê atenção extra ao grupo de amigos de seu filho ou filha, pois há muitas razões para fazê-lo. Drogas e álcool são uma preocupação constante, além do desenvolvimento e prática da sexualidade, o que pode fazer a criança sentir-se pressionada ou coagida.

Lembre-se das regras e limites que devem ser balanceados com amor, conforme o artigo 5 maneiras de estabelecer limites aos filhos, e ensinados aos filhos pré ou adolescentes, independente do estágio e etapa de onde se encontra em seu desenvolvimento.

7. Como agir perante os outros

Conheci uma pessoa cuja filha iniciou a puberdade antes dos 8 anos de idade. Lembro-me de uma conversa que tivemos que ela relatou que, na escola, uma amiga de classe perguntou à filha desta amiga por que ela já usava sutiã e tinha seios. Ela simplesmente respondeu sorrindo: “Porque sou menina”, e sempre que lhe perguntavam isso, fossem jovens ou adultos, ela respondia o mesmo. Esse comportamento era o ideal. Algumas vezes outros pais e mães comparavam sua filha com outras meninas, pois ela era mais alta que as outras, e ela apenas respondia com um sorriso e naturalmente dizia, “Sim, minha filha é alta”. Para familiares, ela apenas dizia que a filha estava fazendo um tratamento médico.

Ou seja, quanto menos alarde e satisfação dermos às outras pessoas, melhor. A pressão recebida devido às perguntas e situações é suficiente, não precisamos aumentar o drama e transformar uma condição em um problema que exclua a criança do comum.

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E, além de tudo, nunca a faça ter dúvidas de seu amor como mãe ou pai. Isso faz toda a diferença. O conhecimento de que ela é parte de uma família que a ama de qualquer forma ajudará na formação de sua autoestima e autoconfiança.

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.