Como lidar com o câncer durante a gravidez

Muitas dúvidas podem ocorrer na descoberta de uma gravidez com a existência de um câncer no corpo. Hoje em dia já é possível prosseguir com a gestação e tratamento para combater o câncer.

Fernanda Ferraz

O câncer pode existir antes da descoberta da gravidez ou surgir após a descoberta da mesma.

De qualquer forma, hoje em dia, com o avanço da medicina e a competência de bons médicos, é possível levar a gravidez adiante e manter o bebê e a mãe o mais seguros possível.

É completamente compreensível a questão do medo e insegurança numa situação assim, mas costumo dizer que tudo em nossa vida tem propósito e tempo para acontecer.

Qual o tipo de câncer que menos prejudica a gravidez?

O melanoma, pois o tratamento não é tão agressivo. O mais complicado é o câncer de colo do útero e o da mama porque necessitam de tratamento intensivo, mas ainda assim é possível ter seu bebê.

Tratamento

O acompanhamento com o médico torna-se ainda mais necessário se houver algum tipo de câncer. O tratamento com a quimioterapia deve ser feita, em alguns casos, para não comprometer o crescimento ou multiplicação do tumor. Algumas outras drogas podem ser adicionadas ao tratamento, sem prejudicar o bebê.

Segundo este site, na barriga da mãe, o bebê recebe proteção da placenta e de alguns órgãos, como fígado e rins, que possibilitam a depuração das drogas, plugadas no corpo. Ainda assim, a última sessão de quimioterapia, tem que ocorrer entre quatro e seis semanas antes do nascimento do bebê, para que o organismo do feto passe por uma desintoxicação de qualquer resíduo quimioterápico.

Chefe do departamento de ginecologia do Hospital do Câncer, o ginecologista e obstetra Wagner Gonçalves, conta que um dos primeiros relatos na literatura mundial de tratamento quimioterápico na vigência da gravidez aconteceu há quase dez anos no Brasil. Um médico de Ribeirão Preto provou ser possível utilizar certas drogas no pré-natal, afirma.

“No passado, achava-se que era preciso sacrificar o nenê para ter sucesso no tratamento do câncer, mas isso não é mais verdade. Essa visão de que a quimioterapia é proibida na gravidez caiu por terra”, diz. “Hoje, a maior parte dos cânceres é tratada no pré-natal, e muitos deles com quimioterapia.”

Pode haver sequelas na criança?

O tratamento pode sim trazer sequelas no futuro, há casos de pessoas que desenvolveram algum tipo de problema na fase adulta, com 20 ou 25 anos.

Mudanças

É bem provável que com as doses de quimioterapia, ocorra a perda de cabelos, mas o mais importante é saber que seu filho estará bem.

A força da mãe

Médicos comprovam que a força e determinação da mãe, influenciam positivamente o bebê e o tratamento, por isso manter a mente positiva só tem a contribuir.

Não será fácil

Não será fácil, mas tudo vai dar certo. Ter fé é necessário, cada caso é diferente, mas alguns deles vão exigir uma paciência e confiança ainda maiores, pois muitas vezes equilibrar a gravidez com o tratamento irá trazer um turbilhão de reações como, dores de cabeça constante, mal-estar, ou até febre que pode acompanhar toda a gravidez.

Diagnóstico

O relevante é sempre fazer um checkup completo, exames de ultrassom das mamas e da pélvis, citologias (esses exames básicos), que podem dar maiores informações sobre a saúde da mulher.

Referências:

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,decidi-manter-a-gravidez-apesar-do-cancer-de-mama-,894140,0.htm
Câncer nem sempre impede a gestação – Saúde da Mulher – iG

Fernanda Ferraz

Graduada em RH, acredito que nossa vida têm verdadeiro propósito, sou SUD, sei que toda dor e aflição é uma fonte de virtude e força espiritual, que nos molda e purifica.